"Não há nada nas inspiradas Escrituras que dê suporte
à doutrina de orar pelos mortos."
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Muitos tem opiniões pessoais sobre o assunto, mas quando o assunto é de cunho espiritual, nós devemos recorrer a única fonte confiável, que é a Palavra de Deus. Opiniões pessoais e extra-bíblicas não encontram alicerces sólidos para responder tal pergunta e podem ser muito perigosas.
Primeiro, o único versículo que dá algum suporte a orações pelos mortos vem de II Macabeus, livro apócrito do século II a.C., que a Igreja Católica Romana acrescentou à Bíblia no ano 1546 a.D., em resposta à Reforma, que condenava tais práticas.
Segundo, a doutrina de orações pelos mortos está ligada à doutrina não-bíblica do purgatório. As orações têm o propósito de libertar as pessoas mortas desse local. Porém não há base alguma para a crença no purgatório. (Para saber mais, clique aqui)
Terceiro, em parte alguma de todos os livros inspirados da Bíblia pode-se encontrar um único caso de um santo ter orado para que algum morto fosse salvo. É certo que com toda a paixão com que muitos santos desejaram que seus queridos fossem salvos (cf. Rm 9:1-3), seria de se esperar que houvesse pelo menos um caso de alguém ter orado pelos mortos e obtido a aprovação de Deus. Mas não vemos em uma única passagem inspirada a oração pelos mortos.
Quarto, a Bíblia deixa bem claro, e de forma categórica, que a morte é o final e que não há esperança depois dela. O livro de Hebreus declara: "aos homens está ordenado morrerem uma só vez e, depois disto, o juízo" (Hb 9:27). Jesus falou, a respeito dos que o rejeitaram, que morrerão em seus pecados (Jo 8:21, 24), o que implica pecado.
Quinto, Jesus nos deu o exemplo em João 11, ao chorar pelos mortos e orar pelos vivos. Aproximando-se do túmulo do seu amigo Lázaro, "Jesus chorou" (v. 35). Depois ele orou pela "multidão presente, para que creiam que tu me enviaste" (v. 42).
Sexto, os mortos em Cristo fazem menção dos vivos e ímpios que os assassinaram (cf. Ap 6:10), mas não há exemplo em toda a inspirada Palavra de Deus de vivos orando por mortos. Os santos martirizados, na glória, são descritos como pedindo por vingança sobre os ímpios (Ap 6:9).
Mas a Bíblia não deixa nem mesmo o menor vislumbre de esperança para quem quer que morra em seus pecados. O sofrimento para aqueles que morrerem em seus pecados será um sofrimento eterno e consciente, pois lá haverá choro e ranger de dentes (Mat. 8:12; 22:13; 24:51; 25:30). Leia também a história do rico que morreu e foi para o inferno, lá tinha plena consciência de seu tormento (Luc. 16:22-28).
Bibliografia:
GEISLER, Norman; HOWE, Thomas. Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e "Contradições" da Bíblia. 1ª Ed. São Paulo: Mundo Cristão, 1999.
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