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sábado, 8 de junho de 2013

Jesus, o verdadeiro Messias

E, descendo ele do monte, seguiu-o uma grande multidão.
E, eis que veio um leproso, e o adorou, dizendo: Senhor, se quiseres, podes tornar-me limpo.
E Jesus, estendendo a mão, tocou-o, dizendo: Quero; sê limpo. E logo ficou purificado da lepra.
Disse-lhe então Jesus: Olha, não o digas a alguém, mas vai, mostra-te ao sacerdote, e apresenta a oferta que Moisés determinou, para lhes servir de testemunho. 
(Mateus 8:1-4)


Apesar do texto que narra a purificação do leproso ser uma passagem relativamente curta, vemos nessa passagem grandes provas da missão do Rei dos reis, o Messias, aquele que haveria de vir para libertar o seu povo e trazer redenção para aqueles que quisessem depositar a sua fé n'Ele. Uma multidão veio seguindo Jesus e no meio de todo aquele tumulto, um leproso apareceu, prostrou-se (Luc. 5:12 - passagem paralela) e o adorou (Mat. 8:2) rogando ao Mestre dizendo: "Senhor, se quiseres, podes tornar-me limpo". Jesus sentiu tão grande compaixão daquele homem, que em outro lugar, diz a Bíblia, estava "coberto com a lepra" (Luc. 5:12), que o purificou. A Lepra era uma doença de pele nada atraente para a qual a Bíblia prescrevia quarentena, isolando assim o portador da doença do resto da sociedade em questão (Lev. 13:45,46). Quem era portador da doença sofria não apenas com a doença mas também com isolamento total.

O próprio nome da doença tinha o significado de "desonra, vergonha, desgraça" e assim era a vida de quem sofria daquele mal que naquela época não havia como ser resolvido por meios humanos, o doente vivia em total desprezo por parte de quem não tinha a doença. A lepra que separava o homem da comunidade local, era tida como um símbolo do pecado, o qual também separa o homem de Deus (Is. 59:2). O leproso não podia ser tocado, porque era considerado impuro, quem o tocasse seria considerado impuro também, sem falar que em casos de contatos mais prolongados corria-se o risco de contaminação pela doença. Mas no caso do leproso do texto, foi Jesus quem o tocou e purificou (v. 3) porque era o Messias. O leproso antes de ser purificado mostrou algumas atitudes que foram decisivas para chamar atenção de Jesus:

1. Adorou a Cristo (v. 2)
2. Teve uma atitude de humildade e fé (v. 2)
3. Por último clamou (v. 2)

Jesus, por sua vez, estendeu a mão, tocou o leproso e disse: "Quero; sê limpo". Sempre que lemos no A.T. que Deus realizou algum ato de livramento para o seu povo, vemos Ele com a mão forte e braço estendido (Êx. 6:13; 13:3, 14; Deut. 26:8; Deut. 4:34; 5:15) para trazer tanto a libertação como a manifestação dos seus sinais e prodígios, e aqui vemos Jesus estendendo a sua mão e realizando o sinal de purificar o leproso. O Senhor sempre terá o desejo de nos ver limpos e libertos do pecado, assim como Ele quis limpar o leproso (v.3). E limpar um leproso era um dos sinais que, segundo a tradição judaica, seria um dos principais sinais que somente o verdadeiro Messias poderia realizar[1], sendo isso uma espécie de credencial messiânica, eis aqui uma das razões pelas quais o judeus sempre pediam um sinal para Cristo (Mat. 16:1-4), eles queriam testificar se Ele realmente era o Messias.

Além desse sinal, o Messias também precisava expulsar um demônio que fizesse de alguém surdo, mudo e cego (Mat. 12:22-23), porque ao contrário de um possuído por uma legião de demônios (Marc. 5:1-20), não se podia falar com tal possesso surdo, mudo e cego[1]. Quando João Batista, do cárcere, ouviu falar dos feitos de Jesus, logo mandou dois de seus discípulos falar com Jesus a respeito daqueles sinais, perguntando: "És tu aquele que havia de vir, ou esperamos outro?. E Jesus  respondendo, disse-lhes: Ide, e anunciai a João as coisas que ouvis e vedes: Os cegos vêem, e os coxos andam; os leprosos são limpos, e os surdos ouvem; os mortos são ressuscitados, e aos pobres é anunciado o evangelho.(Mat. 11:2-5). Ou seja, eis aí os sinais do verdadeiro Messias.

A redenção proporcionada pelo Messias

As leis referentes à purificação do leproso estão descritas em Levítico 14:2-32, e lá vemos um tipo da redenção de Cristo para purificar o pecador e restaurá-lo para entrar em comunhão com Deus na congregação dos que O amam. Como dissemos anteriormente, a lepra tipifica o pecado, algo que somente o Messias[2] pode purificar. O sacerdote matava o cordeiro no Lugar Santo e pegava do seu sangue e colocava na "ponta da orelha direita, no polegar da sua mão direita e no polegar do pé direito" e ainda derramava o azeite na mão esquerda daquele que havia de ser purificado, aspergia o óleo sete vezes perante o Senhor, tomava daquele azeite e o colocava sobre o sangue que estava na ponta da orelha direita, e dos polegares da mão e do pé direitos do purificado. Jesus é o nosso Eterno Sumo Sacerdote e por meio d'Ele temos eterna redenção de nossos pecados, assim como o leproso foi limpo da lepra, Jesus nos limpa de todo o pecado (Heb. 9:12; 4:14-15; 8:1; 3:1; 5:5; 6:20; 7:26).

O sangue na ponta da orelha direita fala do aprendizado de ouvir a voz de Deus e aprender a sua Palavra, ouvir a Deus somente e nenhuma outra fonte secundária, pois agora os seus ouvidos não estão mais fechados, mas abertos para ouvir a Deus e a sua Palavra (Jo. 6:45).

O sangue sobre o dedo polegar direito fala de purificação das obras mortas (Heb. 9:14), nos mostra que de agora em diante o purificado pelo sangue do cordeiro deverá aprender a praticar o que é reto aos olhos do Senhor e servi-Lo, as más obras do passado foram lavadas e agora o dever é fazer o que o Senhor aprova.

O sangue sobre o dedo polegar do pé direito fala de purificação dos caminhos tortuosos nos quais o homem andou no passado, agora deverá andar em caminhos de justiça e na verdade e deixar todos os caminhos de morte (Prov. 16:25).

O azeite sobre o sangue

Lembremos que o azeite é colocado em cima do sangue. Somente podemos ter o azeite, que é o símbolo do Espírito Santo, após sermos lavados pelo sangue do Cordeiro, e Jesus é o Cordeiro de Deus que tira o nosso pecado com o seu sangue (Heb. 9:12; At. 20:28) para colocar o seu Espírito em nós para que possamos andar em uma novidade de vida ao seu lado. Não existe nenhum pecado tão forte que não haja na Graça de Cristo o poder para perdoá-lo. O leproso não somente foi purificado por Cristo, o Messias, como também foi-lhe devolvido o direito de entrar no Templo para adorar, algo impensável para um leproso naquela época por ser tomado por impuro. Nas Escrituras, os leprosos quando tem algum encontro com Cristo, a não ser no caso do leproso samaritano de Lucas 17:15, não aparecem como sendo curados, mas purificados ou limpos, ou seja, podiam não somente ter o direito de estar em um convívio em sociedade, mas também tinham o direito de tornar a ser cerimonialmente puros e adorar no Templo.

Não conte a ninguém, mas vai, mostra-te ao sacerdote

Logo no início de seu ministério, Jesus não fez publicidade do fato de que Ele era o Messias, porque em Israel havia uma expectativa de que o Messias iria libertar Israel de Roma e governar em glória, e não um Messias que morreria a morte de um criminoso (Mat. 27:38). Se fosse identificado como o Messias as multidões teriam tentado fazer dele rei na mesma hora, como vemos eles tentando logo depois (Jo. 6:15). Se tal investida fosse bem-sucedida com o Rei dos reis governando em glória, ele não teria cumprido a profecia de Isaías 53 do Messias sofredor que morreria por causa da transgressão do seu povo[3]. Jesus mandou que o homem o qual havia purificado cumprir o que a Lei determinava depois da purificação, mandando assim um recado para os religiosos de que Ele, o Messias, veio para fazer a sua obra, obra esta que apenas o Messias verdadeiro poderia fazer e os líderes bem sabiam que purificar um leproso só podia ser obra do tão esperado Messias.

Referências:
[1]STERN, David H. Comentário Judaico do Novo Testamento: 2ª Ed. Belo Horizonte: Editora Atos, 2008. p.60.
[2] [Do heb. Massiah; gr. Christos] Ungido. Título único e intransferível atribuído a Jesus Cristo, o Salvador e redentor da humanidade. Enviado à Terra para redimir Israel e executar o Plano de salvação. Jesus de Nazaré, como o Ungido de Deus, apresentou e exerceu os três ofícios do A.T.: profeta, sacerdote e rei. Somente o Messias poderia exercer tais credenciais (Mat. 16:16).
[3]STERN, David H. Comentário Judaico do Novo Testamento: 2ª Ed. Belo Horizonte: Editora Atos, 2008. p.60.
DAVIDSON, F. O Novo Comentário da Bíblia. 3ª Ed. São Paulo: Ed. Vida Nova, 1990.
KEENER, Craig S. Comentário Bíblico Atos. Novo Testamento: 1ª ed. Belo Horizonte: Editora Atos, 2004.
VINE, W.F.; UNGER, Merril F.; JR, William White. Dicionário Vine: O Significado Exegético e Expositivo das Palavras do Antigo Testamento e do Novo Testamento. 1ª Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2002.
HENRY, Matthew. Comentário Bíblico do Antigo e Novo Testamento. 4ª Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.
ANDRADE, Claudionor C. Dicionário Teológico: Um Suplemento Biográfico dos Grandes Teólogos e Pensadores. 9ª Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2000.

Um comentário:

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