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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Quem foi João (John) Wesley, o tição tirado do fogo?

Tocha tirada do fogo
(1703-1791)


O Céu à meia noite, era iluminado pelo reflexo sombrio das chamas que devoravam vorazmente a casa do pastor Samuel Wesley . Na rua, ouviam-se os gritos: "Fogo! Fogo!" Contudo, a família do pastor continuava a dormir tranquilamente, até que os escombros ardentes caíram sobre a cama de uma filha, Hetty. A menina acordou sobressaltada e correu para o quarto do pai. Sem poder salvar coisa alguma das chamas, a família foi obrigada a sair casa a fora, vestindo apenas as roupas de dormir, numa temperatura gélida.

"Não é este um tição tirado do fogo?"
A ama, ao ser despertada pelo alarme, arrebatou a criança menor, Carlos, do berço. Chamou os outros meninos, insistindo que a seguissem, desceu a escada; porém, João, que então contava cinco anos e meio, ficou dormindo. Três vezes a mãe, Susana Wesley, que se achava doente, tentou, debalde, subir a escada. Duas vezes o pai tentou, em vão, passar pelo meio das chamas, correndo. Sentindo o perigo, ajuntou a família no jardim, onde todos caíram de joelhos e suplicaram a favor da criança presa pelo fogo.

Enquanto a família orava, João acordou e, depois de tentar descer pela escada, subiu numa mala que estava em frente a uma janela, onde um vizinho o viu em pé. O vizinho chamou outras pessoas e conceberam o plano de um deles subir nos ombros de um primeiro enquanto um terceiro subia nos ombros do segundo, e alcançaram a criança. Dessa maneira, João foi salvo da casa em chamas, apenas instantes antes de o teto cair com grande fragor. O menino foi levado, pelos intrépidos homens que o salvaram, para os braços do pai. "Cheguem, amigos!", clamou Samuel Wesley, ao receber o filhinho, "ajoelhemo-nos e agradecemos a Deus! Ele me restituiu todos os meus filhos; deixem a casa arder; os meus recursos são suficientes."

Quinze minutos depois, casa, livros, documentos e mobiliários, não existiam mais. Anos depois, em certa publicação, apareceu o retrato de João Wesley e embaixo a representação de uma casa ardendo, com as palavras: "Não é este um tição tirado do fogo?" (Zacarias 3.2). Encontra-se nos escritos de Wesley, a seguinte referência interessante, desse histórico sinistro: "Em 9 de fevereiro de 1750, durante um culto de vigília, cerca das onze horas da noite, lembrei-me de que era esse o dia e a hora, havia quarenta anos, em que me tiraram das chamas. Aproveitei-me do ensejo para relatar louvores e as ações de graças subiram às alturas e grande foi o regozijo perante o Senhor". Tanto o povo, como João Wesley, já sabiam naquele tempo porque o Senhor o poupara do incêndio.

"Aos 80 anos, apesar de seu físico franzino, considerava
coisa insignificante andar de pé uma légua e meia, 
para pregar"
O historiador Lecky, nomeia o Grande Avivamento como sendo a influência que salvou a Inglaterra de uma revolução, igual à que, na mesma época, deixou a França em ruínas. Dos quatro vultos que se destacaram no Grande Avivamento, João Wesley era o maior. Jônatas Edwards, que nasceu no mesmo ano de Wesley, faleceu trinta e três anos antes dele; Jorge Whitefield, nascido onze anos depois de Wesley, faleceu vinte anos antes dele; e Carlos Wesley continuou o seu itinerário efetivo somente dezoito anos, enquanto João continuou durante meio século.

Mas a biografia deste célebre pregador, para ser completa, deve incluir a história de sua mãe, Susana. De fato, é como certo biógrafo escreveu: "Não se pode traçar a história do Grande Avivamento do século passado (1700), na Inglaterra, sem dar uma grande parte da herança merecida à mãe de João e Carlos Wesley; isso não somente por causa da instrução que inculcou profundamente aos filhos, mas por causa da direção que deu ao avivamento."

A mãe de Susana era filha de um pregador. Esforçada na obra de Deus, casou-se com o eminente ministro, Samuel Annesley. Dos vinte e cinco filhos deste enlace, Susana era a vigésima quarta. Durante a vida, à noite, orando e meditando sobre as Escrituras. Pelo que ela escreveu certo dia, vê-se como se dedicava à oração: "Que Deus seja louvado por todos os dias em que nos comportamos bem. Mas estou ainda descontente, porque não desfruto muito de Deus; sei que me conservo demasiadamente longe dele; anseio ter a alma mais intimamente ligada a Ele pela fé e amor".

João era o décimo-quinto filho dos dezenove filhos de Samuel e Susana Wesley. O que vamos transcrever, escrito pela mãe de João, mostra como ela era fiel em "ordenar a seus filhos e a sua casa depois" dela (Gên. 18.19): "Para formar a mente da criança, a primeira coisa é vencer-lhe a vontade. A obra de instruir o intelecto leva tempo e deve ser gradual, conforme a capacidade da criança. Mas o subjugar-lhe a vontade deve ser feito de uma vez, e quanto mais cedo tanto melhor... Depois, pode-se governar a criança pela razão e piedade tempo de a criança poder, também exercer o raciocínio." 

Acerca de Samuel e Susana Wesley e seus filhos, o célebre comentador da Bíblia, Adão (Adam) Clark, escreveu: "nunca li nem ouvi falar duma família; não conheço e nem existe outra, desde os dias de Abraão e Sara, de José e Maria de Nazaré, à qual a raça humana deve tanto." Susana Wesley acreditava que "aquele que poupa a vara, aborrece a seu filho" (Provérbios 13.24), e não consentia que seus filhos chorassem em voz alta. Assim, apesar de a casa estar repleta de crianças, nunca havia tempos tristonhos nem balbúrdia no lar do pastor. Um filho jamais ganhou coisa alguma chorando, na casa de Susana Wesley.

"Cursou em Oxford, tornando-se proficiente no latim, grego, hebraico
e francês. Mas seu interesse principal não era esse"
Susana marcava o quinto aniversário de cada filho como o dia em que deviam aprender o alfabeto; e todos, a não ser dois, cumpriram a tarefa no tempo marcado. No dia seguinte, a criança que completava cinco anos e aprendia o alfabeto, começava o estudo da leitura, iniciando-o com o primeiro versículo da Bíblia. "Os meninos no lar de Samuel Wesley aprenderam o valor que há em observar fielmente os cultos. Não há em outras histórias fatos tão profundos e atraentes como o que consta acerca dos filhos de Samuel e Susana Wesley, pois antes de saberem ajoelhar-se ou falar, eram instruídos a dar graças pelo alimento, por meio de acenos apropriados.

Logo que aprendiam a falar, repetiam a Oração Dominical de manhã e à noite; e eram ensinados, também, a acrescentar outros pedidos, conforme  designado a cada filho, para conversar sobre as 'dúvidas e dificuldades'. Na lista aparecem os nomes de João, para quarta-feira, e o de Carlos, para o sábado. E para os filhos, o dia de cada um tornou-se precioso e memorável... É comovente ler o que João Wesley, vinte anos depois de sair da casa paterna disse à sua mãe: "Em muitas coisas a senhora tem intercedido por mim e tem prevalecido. Quem sabe se agora também, na intercessão para que eu renuncie inteiramente o mundo, terá bom êxito?...Sem dúvida será tão eficaz para corrigir o meu coração, como era então para formar o meu caráter."

Depois do espetacular salvamento de João do incêndio, sua mãe, profundamente convencida de que Deus tinha grandes planos para seu filho, resolveu firmemente criá-lo para servir e ser útil na obra de Cristo.

Susana escreveu estas palavras nas suas meditações particulares: "Senhor, esforçar-me-ei mais definitivamente em prol tão misericordiosamente. Procurarei transmitir-lhe fielmente ao coração os princípios da tua religião e virtude. Senhor, dá-me a graça necessária para fazer isso sincera e sabiamente, e abençoa os meus esforços com grande êxito!" Ela era tão fiel, em cumprir sua resolução, que João foi admitido a participar da Ceia do Senhor, com a idade de oito anos.

Nunca se omitia o culto doméstico do programa do dia, no lar de Samuel Wesley. Fosse qual fosse a ocupação dos membros da família, ou dos criados, todos se reuniam para adorar a Deus. Na ausência do marido, Susana, com o coração aceso pelo fogo dos céus, dirigia os cultos. Conta-se que, certa vez, quando ele prolongou a ausência mais do que de costume, trinta e quarenta pessoas assistiram aos cultos no lar dos Wesley e a fome pela Palavra de Deus aumentou, a ponto de a casa ficar repleta das pessoas da vizinhança que assistiam aos cultos.

A família do pastor Samuel Wesley vivia rodeada de pobreza, mas pela influência do Duque de Buckinghan, conseguiram um lugar para João na Charterhouse, em Londres. Assim, o menino, antes de completar onze anos, deixou a atmosfera fragrante de oração ardente, para enfrentar as porfias de uma escola pública. Contudo, não cedeu ao ambiente de pecado de que estava rodeado. Conservava, também, as suas forças físicas, obedecendo fielmente o conselho de seu pai, que corresse três vezes, de madrugada, em redor do grande jardim da Charterhouse. Tomou como  regra da sua vida, dali em diante, manter o vigor do corpo. Aos 80 anos, apesar de seu físico franzino, considerava coisa insignificante andar de pé uma légua e meia, para pregar.

"Em Moorfield, os inimigos do Evangelho acabaram com o
culto, destruindo a mesa em João subira para pregar e
o insultaram e maltrataram"
Conta-se um exemplo da influência que João exercia sobre seus colegas de Charterhouse. Certo dia o porteiro sentiu falta dos meninos no terraço de recreio e foi achá-los em uma das salas, congregados em redor de João. Este contava-lhes histórias instrutivas, as quais atraíam mais do que o recreio. Acerca deste tempo, João Wesley escreveu: "Eu participava de várias coisas que reconhecia como sendo pecado, embora não fossem escandalosas aos olhos do mundo. Contudo, continuei a ler as Escrituras e a orar de manhã e à noite. Baseava a minha salvação sobre os seguintes pontos:1) Não me considerava tão perverso como o próximo. 2) Conservava a inclinação de ser religioso. 3) Lia a Bíblia, assistia aos cultos e fazia oração".

Depois de estudar seis anos na Charterhouse, Wesley cursou em Oxford, tornando-se proficiente no latim, grego, hebraico e francês. Mas seu interesse principal não era o intelecto. Sobre esse assunto ele escreveu: "Comecei a reconhecer que a religião verdadeira tem a sua fonte no coração...reservei duas horas, todos os dias, para ficar sozinho com Deus. Participava da Ceia do Senhor de oito em oito dias. Guardei-me de todo o pecado, quer de palavras, quer de atos. Assim, na base das boas obras que praticava, eu me considerava um bom crente".

João se esforçava para levantar-se todos os dias às quatro horas. Por meio de anotações que escrevia diariamente de tudo que fazia durante o dia, conseguia dar conta de seu tempo para não desperdiçar um momento.

Continuou a observar esse costume até quase o último dia da sua vida. Certo dia, quando ainda jovem, assistiu a um enterro em companhia de um moço, e conseguiu levá-lo a Cristo, ganhando, assim, a primeira alma para seu Salvador. Alguns meses depois, com a idade de 24 anos, e depois de um período de oração, foi separado para o diaconato.

Enquanto estudava em Oxford, ajuntava-se ali um pequeno grupo dos estudantes para orar, estudar as Escrituras juntos diariamente, jejuar às quartas e sextas-feiras, visitar os doentes e encarcerados e confortar os criminosos na hora da execução. Todas as manhãs e todas as noites cada um passava uma hora orando sozinho em oculto. Nas orações paravam de vez em quando para observarem se oravam com o devido fervor.

Sempre oravam ao entrar e ao sair dos cultos na igreja. Três dos membros desse grupo, mais tarde tornaram-se famosos entre os crentes: 1) João Wesley, que talvez tenha feito mais que qualquer outro para aprofundar a vida espiritual, não somente de então, mas também de nosso tempo; 2) Carlos Wesley, que chegou a ser um dos mais espirituais e famosos escritores de hinos evangélicos; e 3) Jorge Whitefield, que se tornou o comovente pregador ao ar livre.

Naquele tempo, sentia-se a influência de João Wesley em muitas partes das Américas, e hoje ainda é sentida. Contudo, passou menos que dois anos neste continente, e isto durante o período da sua vida, quando se achava perturbado por causa de dúvidas. Aceitou a chamada para pregar o Evangelho aos silvícolas na colônia de Geórgia, desejoso de ganhar sua salvação por meio de boas obras. Pensou que vaidade e ostentação mundana não se encontrariam nas matas da América.

Como era característico em sua vida, a bordo do navio em viagem à América do Norte, observava, com outros de seu grupo, um programa para não desperdiçar um momento durante o dia; levantava-se às 4 horas e deitava-se depois das vinte e uma. As primeiras três horas do dia eram dedicadas à oração e estudo das Escrituras. Depois de cumprir tudo que estava indicado no programa do dia, o cansaço era tanto que, não obstante o bramido do mar e o balanço do navio, dormiam sem perturbação, deitados sobre um cobertor estendido no convés.

Na Geórgia, a população inteira afluía à igreja para ouvir a sua pregação. A influência de seus sermões foi tal que, depois de dez dias, uma sala de baile ficou quase inteiramente abandonada, enquanto a igreja se enchia de pessoas que oravam e eram salvas. Whitefield, que desembarcou na Geórgia alguns meses depois de Wesley voltar à Inglaterra, assim descreveu o que viu: "O êxito de João Wesley na América é indizível. Seu nome é precioso entre o povo, onde lançou os alicerces que nem os homens nem os demônios podem abalar. Oh! que eu possa segui-lo como ele seguiu a Cristo!" Contudo, a Wesley faltava uma coisa muito importante, conforme se vê pelos acontecimentos que o levaram a sair da Geórgia, como ele mesmo escreveu: "Faz dois anos e quase quatro meses que deixei a minha terra natal para pregar Cristo aos índios da Geórgia; entretanto, o que cheguei eu a saber? Ora, vim a saber o que eu menos esperava: fui à América para converter outros, mas nunca fora realmente convertido a Deus."

Depois de voltar à Inglaterra, João Wesley começou a servir a Deus com a fé de um filho e não mais com a fé de um simples servo. Acerca desse assunto, eis o que ele escreveu: "Não reconhecia que esta fé era dada instantaneamente, que o homem podia sair das trevas para a luz imediatamente, do pecado e da miséria para a justiça e gozo do Espírito Santo. Examinei de novo as Escrituras sobre este ponto, especialmente Atos dos Apóstolos. Fiquei grandemente surpreendido ao ver quase que somente
conversões instantâneas; quase nenhuma tão demorada como a de Saulo de Tarso"
.

Desde então começou a sentir mais e mais fome e sede de justiça, a justiça de Deus pela fé.

Fracassara na sua primeira tentativa de pregar o Evangelho na América, porque, apesar de seu zelo e bondade de caráter, o cristianismo que possuía era uma coisa que recebera por instrução. Mas a segunda etapa de seu ministério destacou-se por um êxito fenomenal. E porque o fogo de Deus ardia na sua alma, chegara a ter contato direto com Deus por uma experiência pessoal. Relatamos aqui, com suas próprias palavras, a sua experiência na qual o Espírito testificou ao seu espírito que era filho de Deus.

Essa experiência transformou completamente a sua vida. "Eram quase cinco horas, hoje, quando abri o Novo Testamento e encontrei estas palavras: 'Ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas para que por elas fiqueis participantes da natureza divina" (2 Pedro 1:4). Antes de sair, abri mais uma vez o Novo Testamento para ler estas outras palavras: 'Não estás longe do reino de Deus...' (Marcos 12:34).

À noite, senti-me impelido a assistir em Aldersgate... Senti o coração abrasado; confiei em Cristo, somente em Cristo, para a salvação: foi-me dada a certeza de que Ele levara os meus pecados e de que me salvara da lei do pecado e da morte. Comecei a orar com todas as minhas forças... e testifiquei a todos os presentes do que sentia no coração. "Depois dessa experiência em Aldersgate, Wesley aspirava a bênçãos ainda maiores do Senhor, conforme ele mesmo escreveu: "Eu suplicava a Deus que cumprisse todas as suas promessas na minha alma. O Senhor honrou este anelo, em parte, não muito depois, enquanto eu orava com Carlos, Whitefield e cerca de sessenta outros crentes em Fetter Lane". São de João Wesley também estas palavras: "Cerca das três horas da madrugada, enquanto perseverávamos em oração (Romanos 12:12), o poder de Deus nos sobreveio de tal maneira, que bradamos impulsionados de grande gozo e muitos caíram ao chão. A seguir, ao passar um pouco o temor e a surpresa que sentimos na presença da majestade divina, rompemos em uma só voz: 'Louvamos-te, ó Deus, aceitamos-te como Senhor'".

Essa unção do Espírito Santo dilatou grandemente os horizontes espirituais de Wesley; o seu ministério tornou-se excepcionalmente frutuoso e ele trabalhou ininterruptamente durante 53 anos, com o coração abrasado pelo amor divino. Um pastor prega, em média, cem vezes por ano, mas João Wesley pregou cerca de 780 vezes por ano, durante 54 anos. Esse homenzinho, com a altura de apenas um metro e sessenta e seis centímetros e pesando menos de sessenta quilos, dirigia-se a grandes multidões e sob as maiores provações.

Quando as igrejas lhe fecharam as portas, levantou-se para pregar ao ar livre. Apesar de enfrentar a apatia espiritual quase geral nos crentes, a par de uma onda de devassidão e crimes no país inteiro, multidões de 5 mil a 20 mil afluíam para ouvir seus sermões. Tornou-se comum, nesses cultos, os pecadores acharem-se tão angustiados, que gritavam e gemiam.

Se célebres materialistas, tais como Voltaire e Tomaz Paine, gritaram de convicção ao se encontrarem com Deus no leito de morte, não é de admirar que centenas de pecadores gemessem, gritassem e caíssem ao chão, como mortos, quando o Espírito Santo os levava a sentir a presença de Deus.

Multidões de perdidos, assim, tornavam-se novas criaturas em Cristo Jesus, nos cultos de João Wesley. Muitas vezes os ouvintes eram levados às alturas de amor, gozo e admiração; recebiam também visões da perfeição divina e das excelências de Cristo, até ficarem algumas horas como mortos. (Ver Apocalipse 1:17.)

Como todos que invadem o território de Satanás, os irmãos Carlos e João Wesley, tinham de sofrer terríveis perseguições. Em Moorfield os inimigos do Evangelho acabaram com o culto, destruindo a mesa em que João subira para pregar e o insultaram e maltrataram.

Em Sheffield, a casa foi demolida sobre a cabeça dos crentes. Em Wednesbury, destruíram as casas, roupas e móveis dos crentes, deixando-os desabrigados, expostos à neve e ao temporal. Diversas vezes João Wesley foi apedrejado e arrastado como morto, na rua. Certa vez foi espancado na boca, no rosto e na cabeça até ficar coberto de sangue.

Mas a perseguição da parte da igreja decadente era a sua maior cruz. Foram denunciados como "falsos profetas", "paroleiros", "impostores arrogantes", "homens destros na astúcia espiritual", "fanáticos", etc. Ao voltar para visitar Epworth, onde nascera e se criara, João assistiu, no domingo, ao culto da manhã e ao culto da tarde, na igreja onde seu pai fora fiel pastor durante muitos anos, mas não lhe foi concedida a oportunidade de falar ao povo. Às dezoito horas, João, em pé, sobre o monumento, que marcava o lugar em que enterraram seu pai, ao lado da igreja, pregou ao maior auditório jamais visto em Epworth - e Deus salvou muitas almas.

- Qual a causa de tão grande oposição? Entre os crentes da igreja dormente , alegava-se que eram as suas pregações sobre a justificação pela fé, e a santificação. Os descrentes não gostavam dele porque "levou o povo a se levantar para cantar hinos às cinco da madrugada. "João Wesley não somente pregava mais que os outros pregadores, mas os excedia como pastor, exortando e confortando os crentes, e visitando de casa em casa.

"Durante mais de 86 anos não experimentei qualquer debilidade de
velhice; os olhos nunca escureceram, nem perdi o meu vigor"
Nas suas viagens, andava tanto a cavalo, como a pé, ora em dias ensolarados, ora sob chuvas, ora em temporais de neve. Durante os 54 anos do seu ministério, andou, em média, mais de 7 mil quilômetros por ano, para alcançar os pontos de pregação. Esse homenzinho que andava 7 mil quilômetros por ano, ainda tinha tempo para a vida literária. Leu não menos de 1.200 tomos, a maior parte enquanto andava a cavalo. Escreveu uma gramática hebraica, outra de latim, e ainda outras de francês e inglês. Serviu durante muitos anos como redator dum jornal de 56 páginas. O dicionário completo que compilou da língua inglesa era muito popular, e seu comentário sobre o Novo Testamento ainda tem grande circulação. Revisou e republicou uma biblioteca de cinqüenta volumes, reduzindo-a para trinta volumes.

O livro que escreveu sobre a filosofia natural teve grande aceitação entre o ministério. Compilou uma obra de quatro volumes sobre a história da Igreja. Escreveu e publicou um livro sobre a história de Roma e outro sobre a da Inglaterra.

Preparou e publicou três volumes sobre medicina e seis sobre música para os cultos. Depois da sua experiência em Fetter Lane, ele e seu irmão Carlos, escreveram e publicaram 54 hinários. Diz-se que ao todo escreveu mais que 230 livros.

Esse homem de físico franzino, ao completar 88 anos, escreveu: "Durante mais de 86 anos não experimentei qualquer debilidade de velhice; os olhos nunca escureceram, nem perdi o meu vigor". Com a idade de 70 anos, pregou a um auditório de 30 mil pessoas, ao ar livre, e foi ouvido por todos. Aos 86 anos fez uma viagem à Irlanda, na qual, além de pregar seis vezes ao ar livre, pregou cem vezes em sessenta cidades.

Certo ouvinte assim se referiu a Wesley: "Seu espírito era tão vivo como aos 53 anos, quando o encontrei pela primeira vez". Atribuiu a sua saúde às seguintes regras: 1) Ao exercício constante e ar fresco. 2) Ao fato de nunca, mesmo doente ou com saúde, em terra ou no mar, haver perdido uma noite de sono desde o seu nascimento. 3) À habilidade de dormir, de dia ou de noite, ao sentir-se cansado. 4) Ao fato de observar a regra por mais que sessenta anos de se levantar às 4 horas da manhã. 5) Ao costume de sempre orar às 5 da manhã, durante mais que cinqüenta anos. 6) Ao fato de quase nunca sofrer de dor, desânimo ou cuidado durante a vida inteira.

Não nos devemos esquecer da fonte desse vigor que João Wesley manifestava.

Passava duas horas diariamente em oração, e muitas vezes mais. Iniciava o dia às quatro horas. Certo crente que o conhecia intimamente, assim escreveu acerca dele: "Considerava a oração a coisa mais importante da sua vida e eu o tenho visto sair do quarto com a serenidade de alma visível no rosto até quase brilhar".

A qualquer história da vida de João Wesley faltará o ponto principal, se não se fizer menção dos cultos de vigília que se realizavam uma vez por mês entre os crentes. Esses cultos se iniciavam às 20 horas e continuavam até depois da meia-noite - ou até cair o Espírito Santo sobre eles. Baseavam tais cultos sobre as referências no Novo Testamento, de noites inteiras passadas em oração. Foi assim que alguém se referiu ao sucesso: "Explica-se o poder de Wesley pelo fato de ele ser 'homo unius libri', isto é, um homem de um livro, e esse Livro é a Bíblia".

Pouco antes da sua morte, escreveu: "Hoje passamos o dia em jejum e oração para que Deus alargasse a sua obra. Só encerramos depois de uma noite de vigília, na qual o coração de muitos irmãos foi grandemente confortado".

No seu diário, João Wesley escreveu, entre outras coisas, sobre oração e jejum, o seguinte: "Enquanto cursava em Oxford... jejuávamos às quartas e às sextas-feiras, como faziam os crentes primitivos em todos os lugares. Escreveu Epifânio (310-403): 'Quem não sabe que o jejum das quartas e das sextas-feiras é observado pelos crentes do mundo inteiro?'"

Wesley continuou: "Não sei porque eles guardavam esses dois dias, mas é boa a regra; se lhes servia, também me serve. Contudo, não quero dar a entender que o único tempo de jejuar seja esses dois dias da semana, porque muitas vezes é necessário jejuar mais do que dois dias. É necessário permanecer sozinho e na presença de Deus, enquanto jejuamos e oramos, para que Deus possa mostrar-nos a sua vontade e dar-nos direção. Nos dias de jejum devemos afastar-nos, o mais possível, de todo serviço, de fazer visitas e das diversões, apesar dessas coisas serem lícitas em outras ocasiões".

Seu gozo em pregar ao ar livre não diminuiu na velhice: Em 7 de outubro de 1790, pregou pela última vez fora de casa, sobre o texto: "O reino de Deus está próximo, arrependei-vos, e crede no Evangelho".

 "A palavra manifestou-se com grande poder e as lágrimas do povo corriam em torrentes". Um por um, seus fiéis companheiros de luta, inclusive sua esposa, foram chamados para o descanso, mas João Wesley continuava a trabalhar.

"Placa em homenagem a John Wesley no Reino Unido"
Com a idade de 85 anos, seu irmão, Carlos, foi chamado pelo Senhor e João sentou-se perante a multidão, cobrindo o rosto com as mãos, para esconder as lágrimas que lhe corriam pelas faces. Seu irmão a quem amava tanto durante tão longo tempo, partira e ele, agora, tinha de trabalhar sozinho. Em 2 de março de 1791, com a idade de quase 88 anos, completou a sua carreira terrestre. Durante toda a noite anterior, não cessaram em seus lábios o louvor e a adoração, pronunciando estas palavras: "As nuvens distilam a gordura". Sua alma saltou de alegria com a antecipação das glórias do lar eterno e exclamou: "O melhor de tudo é que Deus está conosco". Então, levantando a mão, como se fosse o sinal da vitória, novamente repetiu: "O melhor de tudo é que Deus está conosco".

Às 10 horas da manhã, enquanto os crentes rodeavam o leito, em oração, ele disse: "Adeus!", e assim passou para a presença do Senhor.

Um crente que assistiu à sua morte, assim relatou o ato: "A presença divina pairava sobre todos nós; não existem palavras para descrever o que vimos no seu semblante! Quanto mais o fitávamos, tanto mais víamos parte dos indizíveis céus".

Calcula-se que dez mil pessoas em desfile passaram diante do ataúde para ver o rosto que ainda retinha um sorriso celestial. Por causa das grandes massas que afluíram para honrá-lo, foi necessário enterrá-lo às cinco horas da manhã.

João Wesley nasceu e criou-se em um lar onde não havia abundância de pão. Com a venda dos livros da sua autoria ganhou uma fortuna, com a qual contribuía para a causa de Cristo; ao falecer, deixou no mundo "duas colheres, uma chaleira de prata, um casaco velho" e dezenas de milhares de almas, salvas em épocas de grande decadência espiritual.

A tocha em Epworth foi arrebatada do fogo, em Aldersgate e Fetter Lane começou a arder intensamente, e continua a iluminar milhões de almas no mundo inteiro.

Fonte:
BOYER, Orlando S. Heróis da Fé: 15ª Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1999

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Hebraico era a língua falada por Adão e Eva?

Como o idioma que Jesus falava ressuscitou depois de ser considerado extinto

Hebraico era a língua falada por Adão e Eva?
A língua do povo judeu e também do Estado de Israel moderno, o hebraico é chamado de “Língua Santa” desde os tempos antigos. De acordo com algumas tradições judaicas, o hebraico era a língua da Criação e a única língua falada antes da dispersão causada após a Torre de Babel. Nos tempos medievais, pensava-se que as crianças que cresceram sem nenhuma influência linguística, automaticamente falariam hebraico.

Era a língua dos antigos judeus, inclusive falada por Jesus e seus discípulos, mas após a queda de Jerusalém para os romanos em 70 d.C., o uso do hebraico como língua cotidiana chegou ao fim, embora continuasse sendo utilizada para fins literários e religiosos.

sábado, 27 de outubro de 2012

Como poderia Faraó estar livre, se Deus endureceu o coração dele?

ROMANOS 9:17

Deus disse a Faraó: "Para isto mesmo te levantei, para mostrar em ti o meu poder e para que o meu nome seja anunciado por toda a terra" (Rm 9:17). Em cumprimento disso, está escrito que Deus endureceu o coração de Faraó (Êx 4:21; cf. Êx 7:3). Mas se Deus levantou Faraó e ainda endureceu o coração dele para realizar os seus propósitos divinos, então Faraó não está isento de responsabilidade em relação às ações que praticou?

Primeiro, Deus em sua onisciência sabia de antemão exatamente como o Faraó iria agir, e ele usou isso para realizar os seus propósitos. Deus prescreveu os meios da ação livre, porém teimosa, de Faraó, bem como o fim da libertação de Israel. Em Êxodo 3:19, Deus disse a Moisés: "Eu sei, porém, que o rei do Egito não vos deixará ir se não for obrigado por mão forte". Faraó rejeitou o pedido de Moisés e somente depois de dez pragas foi que finalmente ele deixou o povo ir.

Segundo, é importante notar que Faraó primeiramente endureceu o seu próprio coração. No início, quando Moisés aproximou-se de Faraó com vistas à libertação dos israelitas (Êx 5:1), Faraó respondeu: "Quem é o Senhor para que lhe ouça eu a voz e deixe ir a Israel? Não conheço o Senhor, nem tampouco deixarei ir a Israel" (Êx 5:2). Deus endureceu o coração de Faraó (Êx. 9:12,35; 10:27; 11:10), mas não até que Faraó tivesse se endurecido várias vezes (Êx. 7:22; 8:15, 32). Em outras palavras, Deus elevou uma pessoa particular para lutar contra Ele; mas aquela pessoa também fez a sua própria escolha que Deus pré-concebia, antes que o punisse com um coração duro continuamente (conf. Rom. 1:24-25; II Tes. 2:10-12). O A.T. afirma as duas coisas, a soberania de Deus (p.ex., Deut. 29:4) e a responsabilidade humana (p.ex. Deut., 5:29), assumindo que Deus é o soberano bastante para assegurar ambos (embora a escolha humana não pudesse anular a Palavra de Deus; conf. p.ex. I Reis 22:26-30,34-35).

Faraó endureceu o seu próprio coração em primeiro lugar, pois lemos isso repetidas vezes (Êx. 8:32; 9:7,34-35), e somente mais tarde foi que Deus o endureceu definitivamente (Êx. 9:12; 10:1). Além disso, o sentido em que Deus endureceu o coração de Faraó é semelhante ao modo pelo qual o sol endurece o barro ou derrete a cera. Se Faraó tivesse sido receptivo às advertências de Deus, o seu coração não teria sido endurecido por Deus. Mas quando Deus dava alívio de cada praga, Faraó tomava vantagem da situação. "Vendo, porém, Faraó que havia alívio, continuou de coração endurecido, e não os [a Moisés e Arão] ouviu, como o Senhor tinha dito" (Êx 8:15).

A passagem que Paulo cita (em Romanos 9:17) é Êxodo 9:16, a qual, no contexto, refere-se à praga das úlceras, a sexta praga. Mas Faraó endurecera o seu coração antes de Deus afirmar o que afirmou. Somente porque Deus levantou Faraó, isso não quer dizer que Faraó não seja responsável por suas ações.

Terceiro
, Deus usa a injustiça dos homens para mostrar a sua glória. Deus ainda considera Faraó responsável, mas no processo do endurecimento do seu coração o Senhor usou Faraó para manifestar a sua grandeza e glória. Esta passagem é muito forte e que facilmente faz com que um indivíduo venha a questionar a justiça maior do Universo que é Deus, tipo: "Se Deus me faz endurecer, porque Ele me culpa por ser duro"? Faraó teve o seu coração endurecido quando rejeitou a mensagem de Moisés, e aqui nesta passagem vemos também a história se repetindo com a nação de Israel rejeitando o Messias empedernindo seus corações. Outro detalhe interessante é que a teimosia de Israel e a dureza de Faraó, servem aos propósitos misericordiosos de Deus, trazendo livramento para outros, como foi o caso da nação de Israel se libertando da escravidão no Egito.

Deus às vezes faz uso de atos maus para obter bons resultados. A história de José é um bom exemplo disso. José foi vendido por seus irmãos, e mais tarde tornou-se o governante do Egito. Lá ele salvou muitas vidas durante o tempo de fome. Quando mais tarde ele se revelou aos seus irmãos e os perdoou, ele disse: "Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim; porém Deus o tornou em bem, para fazer, como vedes agora, que se conserve muita gente em vida " (Gn 50:20). Deus pode usar atos perversos para manifestar a sua glória.

Bibliografia:
GEISLER, Norman; HOWE, Thomas. Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e "Contradições" da Bíblia. 1ª Ed. São Paulo: Mundo Cristão, 1999.
STERN, David H. Comentário Judaico do Novo Testamento: Ed. Belo Horizonte: Editora Atos, 2008.
KEENER, Craig S. Comentário Bíblico Atos. Novo Testamento: 1ª ed. Belo Horizonte: Editora Atos, 2004.
Fotos: GoogleImages

“666″ em cena de novela da Rede Globo?

Redes sociais promovem debate sobre mensagem subliminar

“666″ em cena de novela da Rede Globo?
A instrução de Apocalipse 13:18 anuncia “Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, porque é número de homem; e seu número é seiscentos e sessenta e seis.” Desde que foi escrito pelo apóstolo João, há cerca de 2000 anos atrás, o número 666 é envolvido em debates dentro e fora da igreja.

As redes sociais sempre foram espaços onde cada um pode dar sua opinião e, por vezes, algumas delas se tornam famosas. Desde o dia 10 de outubro tem circulado no Facebook uma imagem que mostra uma cena da novela Gabriela, da rede Globo.

Uma atriz que interpreta uma das prostitutas da trama aparece com um penteado “diferente”. Os chamados “pega rapaz” eram comuns na década de 1920 e basicamente era fios curvados de que ficavam sobre a testa das mulheres.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Libertação de “demônio gay” volta a gerar polêmica

Diversos sites começaram a debater novamente o assunto

Libertação de “demônio gay” volta a gerar
polêmica
Não é só no Brasil que pastores e ativistas gays travam uma batalha pública na defesa de suas opiniões. Algum tempo atrás a rede CNN mostrou o vídeo de um culto realizado na igreja Manifested Glory, em Bridgeport, Estado de Connecticut, onde um jovem era liberto de um “espírito de homossexualidade”.

Os pastores do Manifested Glory pregam que todos os homossexuais são possuídos por demônios e que podem ser exorcizados. No vídeo polêmico eles aparecem orando por um garoto de 16 anos, que cai e se contorce incontrolavelmente no chão da igreja. Podem ser ouvidas claramente as ordens: “Você, demônio homossexual, levante-se e saia daqui! Demônio, saia agora! Demônio do sexo gay… sua cobra… sai!”.

Até que, em um determinado momento, o jovem homossexual vomita em um lenço. Muitos aplausos e gritos dos fieis são ouvidos. Veja o vídeo:


Na época, o vídeo provocou indignação entre grupos de defesa dos direitos LGBT e durante meses reavivaram as discussões sobre os direitos dos gays.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Nill ex-Dominó é pastor evangélico? Veja antes e depois

O cantor Nill, que fez parte do grupo Dominó nos anos 80 “foi morto através de um evento chamado batismo do Espírito Santo”, e hoje é pastor evangélico, informa ele em seu blog.

O cantor, que ficou conhecido através do grupo com os hits “Ela não gosta de Mim”, “Companheiro”, “”P” da Vida” entre outros, atualmente é pastor consagrado pela Primeira Igreja Batista de Araucária.

(Foto: Reprodução)
Pastor Nill, ex-integrante do grupo Dominó.
Depois de fazer apresentações como Dominó para um público de até 110 mil pessoas, ele agora viaja pelo Brasil e exterior para pregar o Evangelho, juntamente com seus irmãos Bruno e Lidiane.

“Chuva de sangue” cai sobre o norte da Europa

Fenômeno é antigo, mas continua assustando população

“Chuva de sangue” cai sobre o norte da Europa
Vários países escandinavos testemunharam esta semana um fenômeno meteorológico raro conhecido como “chuva de sangue”. Também chamado de “chuva vermelha”, esse tipo de precipitação atmosférica já foi vista em outra parte do mundo, quase sempre causando pânico entre os moradores dos locais atingidos.

Foi observado pela primeira vez na narrativa da Ilíada, de Homero, no século 8 a. C. Há menções também em textos do século 12, do escritor Geoffrey de Monmouth, que popularizou a lenda do Rei Arthur. Até o século 17 acreditava-se que as gotas vermelhas de chuva eram sangue de verdade e, portanto, um mau presságio. Para alguns trata-se de um sinal apocalíptico.

Jesus veio realmente num corpo humano de carne, ou apenas em sua semelhança?

ROMANOS 8:3: "Porquanto o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne..."

Paulo afirma que Jesus veio "em semelhança de carne pecaminosa", mas não declara que ele é feito de carne humana, ainda que a Bíblia cite repetidamente o fato de Jesus ter sido encarnado em carne humana, ou seja, de ser verdadeiramente humano, não apenas semelhante a um humano. A diferença aqui é que Cristo se tornou semelhante à carne, com uma natureza semelhante à nossa, porém sem pecar. O texto não nega que o Cristo veio em carne. Embora Jesus tenha sido um ser humano e tido uma natureza verdadeiramente humana, sua carne ou natureza não era igual à dos outros humanos no sentido de que ela não tinha pecados, pois Ele de fato nunca pecou.

Jesus se deparou com tentações assim como aquelas que enfrentamos, mas as venceu pelo poder do Espírito Santo sem nunca pecar (Mat. 4:1-11).

Jesus não foi apenas semelhante aos homens - ele foi um homem. Ele não veio só em semelhança à carne humana, mas veio com um corpo de carne realmente humana. Nesse ponto as Escrituras são claras. João declarou: "E o Verbo [Cristo] se fez carne e habitou entre nós" (Jo 1:14).

Posteriormente ele advertiu que todo aquele que não confessa "que Jesus Cristo veio em carne" não é de Deus (1 Jo 4:2-3; cí 2 Jo 7). De igual forma, Paulo insistiu que "Deus se manifestou em carne" (1 Tm 3:16, SBTB).

Noutra parte, nesse mesmo livro, Paulo usa a expressão "semelhança" no sentido de "ser realmente como", não como apenas tendo a "aparência de ser como" (Rm 1:23; 5:14; 6:5). Assim, bem pode ser que Paulo não estivesse fazendo diferenciação entre "semelhança" e "tal como". Ou, quando Paulo afirmou (em Romanos 8:3) que Jesus veio "em semelhança de carne", talvez ele não estivesse se referindo à carne humana como tal, mas à "carne humana pecaminosa".

Jesus tinha verdadeiramente carne humana, mas sua carne era apenas semelhante à carne humana pecaminosa, porque ele não tinha pecado (Hb 4:15; 1 Pe 3:18; 1 Jo 3:3). De qualquer modo, em Filipenses 2, Paulo fala de Cristo ter-se tornado "em semelhança de homens", com o sentido de que ele era um ser humano (v. 7). Assim, mesmo sem o adjetivo "pecaminosa" (colocado após "carne" em 8:3), Paulo fala da "semelhança" aos homens como sendo o mesmo que "ser humano".

Bibliografia:
GEISLER, Norman; HOWE, Thomas. Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e "Contradições" da Bíblia: 1ª Ed. São Paulo: Mundo Cristão, 1999.
KEENER, Craig S. Comentário Bíblico Atos. Novo Testamento: 1ª ed. Belo Horizonte: Editora Atos, 2004.
STERN, David H. Comentário Judaico do Novo Testamento: Ed. Belo Horizonte: Editora Atos, 2008.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Os Grandes Reinos do Mundo


É uma experiência fantástica! Todos os presentes ficam em pé à medida que a melodia triunfante do “Coro de Aleluia” invade o auditório:
Aleluia! Aleluia! Aleluia!
Pois o Senhor onipotente reina...
O reino deste mundo
Se tornou o reino do Senhor e do Seu Cristo...
E Ele reinará para sempre...
Rei dos reis! E Grande Senhor!
Aleluia!
O clímax do Messias de Georg Friedrich Händel, extraído do último livro da Bíblia, descreve o evento mais significativo nas profecias: a revelação de Jesus Cristo. O apóstolo João escreveu as palavras, e elas ampliam uma profecia do Livro de Daniel, o qual apresenta o esboço da progressão da história humana, que culmina no mesmo glorioso evento.

No ano 605 a.C., Nabucodonosor invadiu Jerusalém. Tendo recebido a notícia que seu pai, Nabopolasar, havia morrido, ele voltou à Babilônia para assumir o trono, levando consigo utensílios saqueados do Templo e também um seleto grupo de jovens judeus cativos. Daniel estava entre eles. Esta foi a primeira deportação. A última terminou em 586 a.C., com a destruição de Jerusalém e do Templo que o rei Salomão havia construído.

Na Babilônia, Daniel serviu a Deus com toda a dedicação. Ele demonstrava uma sabedoria tamanha que conquistou um lugar de proeminência que durou o tempo do reinado de vários reis, prolongando-se além da época do Império Babilônico. Não nos surpreende que Deus tenha confiado a ele a sinopse da história do mundo, uma vez que ele era “muito amado por Deus” (Dn 9.23; Dn 10.11,19).

Logo depois de chegar à Babilônia, Daniel interpretou o sonho problemático de Nabucodonosor a respeito de uma grande imagem com a cabeça de ouro, peito e braços de prata, abdômen e coxas de bronze, pernas de ferro e pés de ferro e de barro (Dn 2.21-35). Enquanto o rei a observava, uma pedra esmagou os pés da imagem, fazendo aquele colosso se despedaçar no chão.

Daniel explicou que a cabeça de ouro representava a Babilônia. Depois se seguiram três impérios gentílicos sucessivamente inferiores, que finalmente foram transformados em pó e espalhados pelo vento.


Os Três Primeiros Animais

Aproximadamente 50 anos mais tarde, Daniel teve um sonho que se assemelhava ao sonho de Nabucodonosor. De dentro de um mar turbulento e agitado emergiram quatro animais correspondendo aos quatro reinos do sonho de Nabucodonosor. Os dois sonhos enfatizam os mesmos impérios mundiais. Vistos de uma perspectiva humana, escreveu o estudioso da Bíblia John Walvoord, parecem “gloriosos e impositivos”; mas, do ponto de vista divino, as características dominantes são “a imoralidade, a brutalidade e a depravação”.[1]

Leão

O primeiro animal era como um leão, tinha asas de águia, e é quase que universalmente reconhecido como a Babilônia (Dn 7.4; cf. Jr 49.19-22). Enquanto Daniel olhava, as asas foram arrancadas, limitando seu potencial para futuras conquistas (Dn 7.4).[2] Ele foi “levantado da terra e posto em dois pés, como homem; e lhe foi dada mente de homem” (v.4). Muitos creem que isso se refere ao tempo em que Deus julgou Nabucodonosor por seu orgulho, fazendo-o ficar como um animal durante sete anos. Ele emergiu com uma nova atitude diante de Deus (Dn 4.36).

Urso

Movendo-se com dificuldade pela praia atrás do leão com asas, estava uma criatura“semelhante a um urso, o qual se levantou sobre um de seus lados; na boca, entre os dentes, trazia três costelas” (Dn 7.5). O urso lento e desajeitado com um apetite voraz representa acuradamente o Império Medo-Persa. Grande e poderoso, ele conquistava através da “força dos números, por meio de uma capacidade elástica de absorver as causalidades”.[3] O urso levantado sobre um de seus lados parece indicar a crescente dominação da Pérsia, que finalmente absorveu os medos.[4]

As costelas entre os dentes do urso representam três reinos que ele devorou; são provavelmente o reino da Lídia, que caiu sob o poder de Ciro em 546 a.C.; o Império Caldeu anexado em 539 a.C.; e o Império Egípcio dominado sob o poder de Cambises em 525 a.C.[5] Ao urso foi dito: “Levanta-te, devora muita carne” (Dn 7.5).

Em outra das visões de Daniel, o império é retratado como um carneiro com um chifre mais alto do que o outro, que “dava marradas para o ocidente, e para o norte e para o sul; e nenhum dos animais lhe podia resistir” (Dn 8.4).

Leopardo

A próxima criatura que surgiu da arrebentação era “semelhante a um leopardo, e tinha nas costas quatro asas de ave; tinha também este animal quatro cabeças, e foi-lhe dado domínio” (Dn 7.6). A velocidade do leopardo, acelerada por quatro asas, caracterizava com precisão os exércitos da Grécia comandados por Alexandre o Grande, que conquistou o mundo em aproximadamente uma década. A história mostra que logo após sua morte, em 323 a.C., o Império Grego foi dividido em quatro partes, entre Antípater (que foi sucedido por Cassandro), Lisímaco, Seleuco e Ptolomeu.[6]

Na visão subseqüente, o Império Grego é representado por um bode com um grande chifre que é quebrado e substituído por quatro chifres notáveis (Dn 8.5,8,21). Depois, de um dos quatro chifres, surgiu um pequeno chifre, historicamente personificado por Antíoco IV, que governou a Síria de 175 a 164 a.C. (v.9). Buscando helenizar Israel, ele baniu o judaísmo, sacrificou um porco no altar do Templo, e erigiu uma estátua de Zeus nos átrios do templo. Essa estátua tinha a aparência do próprio Antíoco. O Templo foi mais tarde retomado e novamente dedicado a Deus, como Daniel profetizou (v.14).

A Besta Terrível

O último animal que emergiu do mar era “terrível, espantoso, e sobremodo forte, o qual tinha grandes dentes de ferro; ele devorava e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; ... e tinha dez chifres” (Dn 7.7). Sem possuir nenhum equivalente no mundo animal, esse monstro simboliza “um poder mundial singularmente voraz, cruel e também vingativo”.[7]

Segundo Walvoord: “O Império Romano foi sem escrúpulos e implacável na destruição de civilizações e povos, matando cativos aos milhares ou vendendo-os como escravos às centenas de milhares”.[8]

Nada na história até hoje equivale à descrição: “Os dez chifres correspondem a dez reis que se levantarão daquele mesmo reino” (v.24). Como os artelhos no sonho de Nabucodonosor, os dez chifres indicam uma futura coalizão de governadores que existirão contemporaneamente.

Enquanto Daniel olhava, ele viu “que, entre eles subiu outro chifre pequeno, diante do qual três dos primeiros chifres foram arrancados; e eis que neste chifre havia olhos, como os de homem, e uma boca que falava com insolência” (v.8). Não devendo ser confundido com o “pequeno chifre” associado ao Império Grego, o chifre de Daniel 7.8 emerge depois de haver deposto três governadores e representa o ditador mundial final (cf. Dn 7.24-25; Dn 11.36-45; 2 Ts 2.3-8; Ap 13.1-8).[9] Sob sua liderança, o Império Romano ressurge refletindo seu caráter enganoso, blasfemo e implacável.

Exigindo que o mundo o adore e destruindo todos os que se recusam a se sujeitar, esse líder mundial final é o Anticristo. Ele concentrará sua hostilidade contra o povo judeu, resultando em “grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais” (Mt 24.21).
Uma moeda de bronze, cunhada após a destruição
 de Jerusalém ocorrida em 70 d.C. Na frente/cara
 vê-se um retrato do imperador romano Vespasiano;
 no verso/coroa, vê-se a inscrição latina “Judea
 Capta”, que significa “A Judéia está vencida”.

Alarmado, Daniel ficou olhando até que viu“que o animal foi morto, e o seu corpo desfeito e entregue para ser queimado” (Dn 7.11), fazendo um paralelo com a revelação do apóstolo João na qual “a besta foi aprisionada (...) [e ela, juntamente com o falso profeta,] foram lançados vivos dentro do lago de fogo que arde com enxofre” (Ap 19.20).

O Anticristo será o primeiro habitante do Lago de Fogo, e sua destruição põe fim à dominação gentílica do mundo.

O Messias, representado pela pedra que “foi cortada sem auxílio de mãos” no sonho de Nabucodonosor, então estabelecerá Seu reino, como descrito por Daniel: “Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha com as nuvens do céu um como o Filho do Homem, e dirigiu-se ao Ancião de Dias, e o fizeram chegar até ele. Foi-lhe dado domínio, e glória, e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído” (Dn 7.13-14).

Naquele momento, “o reino do mundo [se tornará] de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos” (Ap 11.15). Aleluia! (Charles E. McCracken - Israel My Gloryhttp://www.chamada.com.br)

Notas:

  1. John Walvoord, Daniel: The Key to Prophetic Revelation [A Chave Para a Revelação Profética] (Chicago: Moody Press, 1971), 151.
  2. Albert Barnes, Notes on the Old Testament [Notas Sobre o Antigo Testamento], “Daniel” (Grand Rapids, MI: Baker Book House, 1980), 47.
  3. Will Durant, Our Oriental Heritage [Nossa Herança Oriental] (New York: Simon and Shuster, 1954), 360.
  4. Walvoord, 156.
  5. Frank E. Gabelein, Ed., Expositors Bible Commentary [Comentário Bíblico de Expositores] (Grand Rapids: Zondervan, 1985), 7:86.
  6. Ibid.
  7. H. C. Leupold, citado em Walvoord, 161.
  8. Ibid.
  9. H. A. Ironside, Lectures on Daniel the Prophet [Palestras Sobre Daniel o Profeta] (Neptune, NJ: Loizeaux Brothers, 1982), 133.
Charles E. McCracken é diretor de The Friends of Israel para o Canadá, em Brampton, Ontário.

“Nunca fiz pacto com o diabo”, afirma Mara Maravilha

Cantora afirma que agora sua "pós-graduação é em Deus"

“Nunca fiz pacto com o diabo”, afirma Mara 
Maravilha
Mara Maravilha está lançando a Bíblia Ministerial e aproveitou para contar ao jornal Diário de São Paulo, sobre sua conversão religiosa. “A principal mudança é o nosso interior. Acontece no nosso coração, nos nossos conceitos. Eu sou uma milionária porque tenho essa riqueza que ninguém pode me roubar. Eu mudei alguns hábitos e abri mão da ganância”, afirma.

Questionada sobre suas experiências espirituais anteriores, afirmou: “Eu nunca fiz pacto com o Diabo, nunca mexi com essas coisas. E, agora, minha pós-graduação é em Deus”. Ela nega qualquer envolvimento com práticas de bruxaria.

Também comentou que se arrepende de ter posado nua. “Não tenho constrangimento de ter pedido perdão. Eu me arrependo do nu, não faria de novo. A gente tem de se arrepender do que a gente faz. Mas vejo que era para ser uma maldição e virou uma bênção”, disse Mara, referindo-se ao ensaio para a revista masculina “Playboy” em fevereiro de 1990, quando ainda tinha um programa infantil no SBT.

Suposto ativista do Anonymous declara guerra à Malafaia

O grupo de hackers condena o pastor e diz que vai mostrar qual é a sua verdade religião

Suposto ativista do Anonymous declara guerra à
Malafaia
Em um vídeo postado na internet o grupo Anonymous declara guerra ao pastor Silas Malafaia e aos pastores da teologia da prosperidade, dizendo que eles desmascarariam esses pastores.

O grupo se apresenta como “legião que divulga a verdade”, mas não dizem como será essa guerra com o pastor. “Vamos mostrar qual é a sua verdadeira religião. Nos aguarde estamos chegando”, diz o vídeo.

A “ameaça” foi postada no Youtube de uma conta com nome de TVLOUVORTvl no dia 3 de outubro, tendo algumas imagens de pregações do pastor Silas Malafaia, incluindo uma em que o líder religioso chama outro pastor de palhaço por ele não concordar com essa teologia da prosperidade.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Prêmio Dardos

Este prêmio foi dado ao www.oucaapalavradosenhor.com pelo nosso parceiro e blogueiro Léo Almeida em reconhecimento pelo nosso trabalho. Léo é um dos autores do blog "Rocha Ferida". Gostaríamos de agradecer ao Léo pelo incentivo e a todos os nossos leitores que durante todo esse tempo juntos, nos dão estímulos para melhorarmos e continuarmos o nosso trabalho para glorificar o nome de Jesus Cristo. Grande abraço a todos.
Seu amigo e irmão, Luiz Rafael.

Este prêmio tem bastante prestígio entre os blogueiros, pois reconhece o trabalho diário desenvolvido por todos os blogueiros que dispensam grande parte de seu tempo para informar e também abençoar vidas, como é o caso do Ouça a Palavra do Senhor. O nosso maior esforço é o de edificar vidas através da Palavra do nosso Grande Deus e Salvador Jesus Cristo (Tito 2:13).

Existem algumas regras para o recebimento deste prêmio:

  1. Exibir a imagem do selo no blog;
  2. Colocar o link no seu blog do blog que enviu o prêmio para você;
  3. Escolher outros blogs para receber o prêmio Dardos;
  4. Avisar os escolhidos.
Grande abraço, e espero que você também seja um escolhido. Graça e paz a todos.

A Deidade do Senhor Jesus Cristo

“Tu és o Cristo, o Filho do Deus Vivo”
Um dos assuntos mais discutidos e comentados na Bíblia está ligado ao fato de Jesus Cristo ser apresentado como Deus. Para muitos, negar esta verdade é algo muito simples, pois como um homem poderia ser Deus? Porém esta afirmativa é algo que está presente nas Escrituras Sagradas desde o A.T., em diversas passagens, que por sua vez revelaram a vida do Senhor Jesus, seu extraordinário caráter, seu sofrimento, sua divindade e diversos outros fatos relacionados à sua vida.

É certo que sabemos que existem inúmeros pensamentos acerca da Pessoa de Cristo que não estão de acordo com a Bíblia, e que não passam de ensinos de mentes rebeldes à Palavra de Deus que querem criar um ‘cristo’ diferente, contradizendo assim o que a Bíblia nos apresenta sobre o Senhor e Salvador Eterno, Jesus Cristo. Desde a época de Jesus, as dúvidas permeavam a mente das pessoas. Foi assim com os contemporâneos de Jesus, e ainda hoje isso acontece, cada um quer dar a sua própria opinião a respeito do assunto. As opiniões sobre Jesus eram as mais diversas, alguns quando o viam comendo o chamavam de glutão (Mat. 11:19); outros afirmavam piamente que o Mestre enganava o povo (Jo. 7:12).

Superstições e falsos pensamentos estavam arraigados nas mentes até mesmo de seus patrícios, que ao ver Jesus em determinadas situações mudavam o que pensavam sobre Ele. Sobre quem Ele era, alguns diziam ser: João o Batista; outros, Elias; e outros, Jeremias, ou um dos profetas (Mat. 16:14). Mas ninguém, exceto aqueles que estavam próximos a Ele, como eram seus discípulos, sabiam quem de fato era Jesus (Mat. 16:15-16). Assim, somente aqueles que dão créditos para a Palavra de Deus, podem afirmar: “Senhor meu e Deus meu!” (Jo. 20:28).

Quando o próprio Senhor Jesus pergunta sobre quem Ele seria, Pedro responde com magnificência: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus Vivo” (Mat. 16:16). Com a aprovação de Cristo, recebeu a resposta: “Feliz é você, Simão, filho de Jonas! Porque isto não lhe foi revelado por carne ou sangue, mas por meu Pai que está nos céus” (Mat. 16:17 NVI). O fato disso ficar em suspenso na mente das pessoas e haver vários pensamentos diferentes a respeito da Pessoa de Cristo, é o fato de buscarem as respostas em si mesmos ou fora da revelação de Deus. A revelação da Pessoa de Cristo não vem por meio de canais humanos ou naturais, é produto da revelação divina (Mat. 16:17).

João Batista disse de Jesus: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (João 1:29); Paulo, o apóstolo, disse que Jesus é aquele no qual tudo subsiste (Col. 1:17); em Hebreus Jesus nos é apresentado como o “Sumo-Sacerdote...Santo, sem culpa, sem mácula, separados dos pecadores e feito mais alto do que os céus...” (Heb. 7:26). Acerca do Senhor Jesus, Deus, o Pai disse: “Este é o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mat. 3:17). Em Apocalipse 19:16 Ele é o “Rei dos reis e Senhor dos senhores”.

E você, quem diz ser Jesus?

"Quando se cumprem em Cristo, não há espaço 
para ambiguidades"
É fato que existem muitas pessoas que não aceitam a divindade de Jesus, muitos críticos da Palavra de Deus afirmam que os cristãos usurpam o Antigo Testamento, tentando vincular as profecias aos feitos registrados no Novo Testamento. A afirmação de tais críticos é que os profetas e aqueles que viveram nos tempos dos escritos do Antigo Testamento sequer sabiam que os mesmos se referiam a Jesus Cristo. Em defesa desse assunto, Norman Geisler e Frank Turek, dois grandes apologistas cristãos falam com muita propriedade:


“Pode ser verdade que certas profecias messiânicas do AT tenham se
tornado claras apenas à luz da vida de Cristo. Mas isso não significa
que tais profecias sejam menos impressionantes. Veja da seguinte
maneira: se não podemos fazer as peças de um quebra-cabeça terem
sentido sem a tampa da caixa, por acaso isso significa que ninguém
criou o quebra-cabeça? Não. Isso significa que não existe um projeto
no quebra-cabeça? Não. De fato, assim que se vê a tampa da caixa,
rapidamente percebe-se não apenas de que maneira os pedaços se
encaixam, mas quanto projeto foi requerido para planejar as peças
dessa maneira. Do mesmo modo, a vida de Jesus serve como a tampa
da caixa para muitas peças do quebra-cabeça profético encontrado
por todo o AT (…). Alguns já resumiram essa questão da seguinte
maneira: no AT, Cristo está oculto; no NT ele é revelado. Embora
muitas profecias sejam claras de antemão, algumas só podem ser
vistas à luz da vida de Cristo. Aquelas que se tornam claras depois de
Cristo não deixam de ser um produto do projeto sobrenatural como
o são aquelas que já estavam claras antes de Cristo.”
As profecias do Antigo Testamento não podem ser confundidas com os vaticínios dos médiuns a adivinhos, estas sempre são ambíguas; quanto ao seu cumprimento, as profecias do A.T. são bastante claras, perfeitas. Quando se cumprem em Cristo, não há espaço para ambiguidades:

"Ao contrário das predições dos adivinhos, as profecias bíblicas são específicas, e dão muitas vezes o nome da tribo, cidade e época da vinda de Cristo. Nenhuma dessas predições bíblicas pôde cair por terra. As profecias a respeito de Cristo foram escritas centenas de anos antes d'Ele nascer, por si mesmos, os profetas não poderiam ter em mente as tendências da época em que se cumpririam. Caso fossem predições ao acaso, feitas pela habilidade humana jamais poderiam ter se cumprido com tanta precisão como se cumpriram em Cristo. Por exemplo:
  • Quando nasceria (Dan. 9:24-27);
  • O nome da cidade onde nasceria (Miq. 5:2);
  • Como nasceria e seu nome ( Is. 7:14);
  • A forma de morte que teria de enfrentar. Neste Salmo, por exemplo, vemos toda a agonia de Jesus na cruz ( Sal. 22; Is. 53). E em Isaías o sofrimento do Mestre;
  • Relato de seus milagres exatamente como os realizou ( Is. 35:5-6);
  • Relato da rebeldia dos povos contra o Senhor e seu Cristo (Sal. 2);
  • Relato de sua ressurreição dentre os mortos (Sal. 16).
De forma extraordinária e precisa tudo isso se cumpriu em Cristo Jesus, contrariando a afirmativa de que Ele teria manipulado os acontecimentos a seu favor. Só para citar, se Ele tivesse intenção de manipular os fatos, como teria condições de manipular a reação das pessoas diante de sua crucificação (Sal. 22), ou a forma de morte a qual deveria de sofrer? Existem, é claro, várias outros acontecimentos a favor única e exclusivamente da soberania de Deus ao fazer tudo o que disse se cumprir, pois Este, não pode, de maneira nenhuma, mentir (Tito 1:2). Todas as evidências apontam para Jesus como o cumprimento divinamente determinado das profecias messiânicas. De fato, Jesus era o homem de Deus, confirmado pelos sinais de Deus (At. 2:22).

Vejamos algumas profecias do A.T. que se cumprem em Cristo no N.T.:
  • Salmo 22:1 com Mateus 27:46 - O clamor extremo de Cristo;
  • Salmo 22:7-8 com Mateus 27:29, 41-44; Marcos 15:24; Lucas 23:34; João 19:24 - Momento em que os soldados lançam sortes sobre as vestes de Jesus;
  • Salmo 34:20 com João 19:31-36 - Os ossos do Messias não são quebrados como os dos outros dois malfeitores;
  • Salmo 41:9 com João 13:18 - O Messias é traído por um amigo;
  • Salmo 69:21 com João 19:29 - A sede do Messias;
  • Isaías 7:14 com Mateus 1:18-23; Lucas 1:26-35 - O nascimento virginal do Salvador;
  • Isaías 9:1-2 com Mateus 4:13-16; Marcos 1:14-15; Lc 4:14,15 - O ministério começa na Galileia;
  • Isaías 9:7 com João 1:1 e 18 - O Messias é Deus;
  • Isaías 53:9 com Mateus 27:57-60 - Jesus é sepultado no sepulcro de um homem rico, etc...Há ainda diversas passagens no A.T. que apontam para Cristo, por enquanto, nos bastam estas.
E o Verbo se fez Carne

"A encarnação de Deus na Pessoa de Jesus Cristo é, 
sem dúvidas, um dos grandes mistérios da doutrina cristã"
A encarnação de Deus na Pessoa de Jesus Cristo é, sem dúvida, um dos grandes mistérios da doutrina cristã, quando o Deus infinito e eterno assumiu a forma finita e limitada, ao voluntariamente revestir-se de carne para nascer e crescer entre os homens, para com isso constituir-se em propiciação por nossos pecados, e de justificação eterna para nossas almas. Deus encarnou-se em Cristo para que no seu próprio corpo, pudesse levar na cruz as penalidades que eu e você estávamos sujeitos. Tudo bem que muitas pessoas não conseguem crer neste fato tão real e importante ao mesmo tempo para nossas vidas, pois é algo que satanás tentará levar as pessoas a nunca acreditarem, simplesmente pelo fato de que a salvação do homem depende de sua fé incondicional neste Jesus que é o Verdadeiro Deus e a vida eterna (I Jo. 5:20). E quando o homem não suporta que em Cristo Jesus está a salvação para a raça humana, este andará por caminhos tortuosos perdendo assim a sua alma, eternamente.

Jesus nasceu em uma estrebaria simples, foi rejeitado pelos religiosos de sua época, foi vestido de um manto de vergonha no ato de sua crucificação para que pudéssemos ser vestidos com o linho fino e resplandecente de sua justiça. Na cruz Ele foi desamparado, para nos colocar sob os constantes afetos do Pai. Ele entregou sua vida na cruz para nos dar o direito de participarmos da verdadeira vida na presença de Deus, e vida sem fim. Na primeira parte de João 1:1a, lemos: "No princípio era o Verbo". Ele já existia antes até mesmo de Gênesis 1:1, o Verbo já estava com o Pai. "Todos as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele, nada do que foi feito se fez" (Jo. 1:3). Desta forma, Ele não pode ser uma criatura, porque nada há no universo que não tenha vindo d'Ele. Antes da criação e do tempo começar, Ele já existia (Jo. 8:58). Isso diz respeito a eternidade de Jesus.

A sua preexistência: Ele existe desde os séculos eternos

"Preexistência se refere ao período 
da existência de Cristo anterior ao seu
nascimento físico em Belém"
O termo preexistência se refere ao período da existência de Cristo anterior ao seu nascimento físico em Belém da Judeia. Poucos ainda hoje pensam no aspecto da realidade da existência de Cristo antes de seu nascimento virginal por meio de Maria (Miriam no original). Por meio das Sagradas Escrituras, entendemos que Cristo nasceu em Belém da Judeia há mais de dois mil anos atrás, e também podemos ler que Cristo já existia eternamente antes de vir de seu nascimento físico, isto é de certo modo, bastante claro na Bíblia.

Ele já existia antes da criação do mundo

Em sua oração sacerdotal, no Evangelho de João, Jesus Cristo faz menção de sua preexistência ao falar com o Pai: "E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse." (João 17:5). Ainda no decorrer desta oração, Jesus disse: "porque tu me amaste antes da fundação do mundo." (João 17:24b). Em suas próprias palavras, Jesus fala de sua preexistência dirigindo sua fala para os fariseus, dizendo: "Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou" (João 8:58). Discurso parecido com aquele que Deus usou para falar com Moisés em Êxodo 3:14 ao se revelar como o "Eu Sou o Que Sou". Os judeus entenderam com perfeitação a comparação que Jesus fez com o Deus do A.T., por isso pegaram em pedras para matá-Lo (Jo. 8:59).

O Alfa e o Omega

Ao trazer sua revelação para o apóstolo João, no livro de Apocalipse, com voz poderosa Ele se apresenta dessa forma: "Eu sou o Alfa e o Omega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso. (Apoc. 1:8). Estas duas letras, como muita gente já sabe, são letras do alfabeto grego, Alfa a primeira, correspondente ao nosso "A"; Omega a última, correspondente ao nosso "Z". Cristo é eterno no sentido pleno da palavra.

Os ensinos que os apóstolos deixaram para a posteridade, deixam bem claro sobre quem Cristo é, seus escritos nos ensinam que Ele é verdadeiramente o Deus Salvador. Os discípulos de Cristo viveram em local e época em que aceitar as Palavras de um homem que afirmou ser Deus dentro do contexto da cultura e concepção de quem é Deus para os judeus, seria impossível aceitar suas palavras se Ele não fosse quem Ele disse ser. A maioria dos seguidores contemporâneos de Jesus, eram judeus, profundamente arraigados em suas raízes religiosas com convicções monoteístas plenas, e nem por isso deixaram de reconhecer o Senhor como o Deus encarnado. O apóstolo Paulo, que teve uma profunda formação rabínica, pois foi instruído por um dos mais influentes rabinos de seu tempo, o sábio Gamaliel (At. 22:3; At. 5:34), seria talvez um dos menos prováveis a atribuir divindade a Jesus, ou adorar alguém nascido na pequena cidade de Nazaré e chamá-lo de Senhor. Mas o que foi que ele fez? Reconheceu Jesus como Deus. Em sua epístola a Tito, o apóstolo chama Jesus de "...nosso Grande Deus e Salvador Jesus Cristo". Vejamos também outras afirmações apostólicas sobre Jesus:
  • Primeiro e o Último (Apoc. 1:17; 2:8; 22:13);
  • A verdadeira Luz (Jo. 1:19);
  • Supremo Pastor (I Ped. 5:4);
  • Redentor (Apoc. 5:9);
  • Perdoador de Pecados (At. 5:31; Col. 3:13);
  • Juiz de vivos e mortos (II Tim. 4:1).
Estes títulos estão todos ligados à Deus no A.T. Por isso, podemos afirmar que uma simples pessoa ou um mestre qualquer jamais receberia os mesmos atributos divinos que podemos ver o próprio Deus recebendo no A.T.

Os discípulos do Mestre Eterno atribuíram vários outros atributos a Ele, tais como:
  • Poder para perdoar pecados (At. 5:31; 13:38);
  • Criador (Jo. 1:2; Col. 1:16);
  • Sustentador de todas as coisas (Col. 1:17);
  • Relacionaram o Nome de Jesus ao Deus Pai para orações e ações (At. 7:59; I Cor. 5:4; Gal. 1:3; Ef. 1:2; Mat. 28:19; II Cor. 13:14);
  • Chamaram Jesus de Deus (Jo. 20:28);
  • Paulo afirmou que em Cristo habita toda a plenitude da divindade (Col. 2:9); e o chamou de Grande Deus e Salvador (Tito 2:13);
  • Foi chamado de Deus antes de sua encarnação (Fil. 2:5-8);
  • O apóstolo João o chamou de Deus no relato do Verbo que se fez carne (Jo. 1:1);
  • Deus e Senhor (Judas 4);
  • Onipotência (Mat. 28:18), “É me dado todo o poder no céu e na terra”. Todo poder pertence a Deus. Jesus tem todo poder.
Nestes termos, fica bastante claro que os discípulos entenderam as palavras de Jesus, e anunciaram a sua divindade sem hesitar. Estas passagens bíblicas são algumas amostras claras quanto a Pessoa de Jesus no tocante ao que nos ensina o N.T. sobre a sua divindade. Os chamados pais da igreja, também fizeram apologia à divindade de Cristo. Irineu de Lião disse:
“Disse [João], portanto, corretamente: ‘No Princípio era o Logos
[Verbo]‘, de fato estava no Logos, e ‘o Logos estava com Deus’,
assim como estava o Princípio, e o Logos era Deus, por
conseqüência, porque o que nasceu de Deus é Deus”.
Infelizmente, mesmo diante de tão grande nuvem de testemunhos da Palavra de Deus, muitas seitas ainda negam a divindade do Salvador.

Sua Natureza Eterna


"Ele não teve início, tão pouco terá fim"
Quando fazemos menção da natureza eterna de Cristo, abordamos um tema muito complexo e difícil de aceitar a não ser que seja pela fé naquilo que nos revela a Palavra de Deus. Por isso, para que possamos entender mais a fundo sobre a natureza eterna do Senhor Jesus, precisamos além de ler a Bíblia, buscar a direção de Deus através do seu Maravilhoso Espírito para que possamos entender com mais clareza sobre o tema. Sendo o Salvador um ser Eterno, Ele não teve início, tão pouco terá fim, por que é Eterno no sentido pleno da palavra. Sendo Ele Eterno, perguntas tais como: "Quando Cristo começou a existir, ou como Ele se originou", não devem ser nossa preocupação. Ele é Eterno e devemos aceitar a explicação da Bíblia, por ser esta a bendita Palavra de Deus. O que interessa para o crente em Cristo é o que a Bíblia ensina sobre sua preexistência, não o que se pensa ou o que se diga d'Ele fora dos parâmetros bíblicos. Os achismos humanos não encontram lugar para um tema tão extraordinário como é a Pessoa de Cristo.

As afirmações do Salvador acerca de si mesmo

Em muitos casos, as declarações do Senhor Jesus estão ligados à referências do A.T. que falam sobre Deus. Um homem comum jamais poderia ter tais atributos.

Marcos 2:5-12

“E Jesus, vendo a fé deles, disse ao paralítico: filho, perdoados estão os teus pecados” (v. 5). Jesus pôde perdoar os pecados daquele homem. Quem mais perdoa pecados senão Deus? E os escribas ali presentes sabiam disso (v.7). Nesta passagem, Jesus não só perdoou os pecados do homem, mas também o curou e ainda repreendeu os escribas (vs. 8-12).

Para o estudioso Donald A. Carson, doutor em N.T., uma das grandes evidências da divindade de Cristo é o perdão de pecados:

“De todas as coisas que Ele fez, a que mais me surpreende é o perdão de pecados (…). Se você faz alguma coisa contra mim, tenho o direito de perdoá-lo. Todavia, se você faz algo contra mim e aí vem uma pessoa e diz ‘eu lhe perdôo’, que ousadia é essa? A única pessoa capaz de pronunciar genuinamente essas palavras é Jesus, porque o pecado, mesmo se cometido contra outras pessoas, é, antes de tudo e principalmente, um desafio a Deus e às suas leis (…). Aparece então Jesus e diz aos pecadores: ‘os seus pecados estão perdoados’. Os judeus imediatamente viram nisso uma blasfêmia. Eles reagiram dizendo: ‘quem pode perdoar pecados, a não ser somente Deus?’”

O doutor Carson se exprimiu esplendidamente em sua afirmação. Ao perdoar pecados, Jesus exerceu autoridade divina.

Marcos 14:61-64

“Mas ele calou-se, e nada respondeu. O sumo sacerdote lhe tornou a perguntar, e disse-lhe: És tu o Cristo, Filho do Deus Bendito? E Jesus disse-lhe: Eu o sou, e vereis o Filho do Homem assentado à direita do poder de Deus, e vindo sobre as nuvens do céu. E o sumo sacerdote, rasgando as suas vestes, disse: Para que necessitamos de mais testemunhas? Vós ouvistes a blasfêmia, que vos parece? E todos o consideraram culpado de morte.” Jesus chama a si mesmo de "Filho do Homem" em muitas passagens do N.T. (Mt 8.20; 9.6; 12.40; 13.41; Lc 18.8; 19.10; 21.36). Segundo João Weronka, autor do livro "Apologia da Divindade de Cristo" p.22, a narrativa de Marcos 14:61-64 tem em si uma afirmação muito sólida. Quando faz essa referência de si mesmo com o título de "Filho do Homem", vemos uma citação que se encontra no livro do profeta Daniel, capítulo 7. Os versículos 13 e 14 dizem: “Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um como o Filho do Homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram chegar até ele. E foi lhe dado o domínio, e a honra, e o reino, para que todos os povos, nações e línguas o servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino tal que não será destruído.” Esta referência profética trata de Deus, como está muito claro no texto (Ipsis litteris).

Caifás e seus assistentes entenderam muito bem o que Jesus disse a eles com a resposta direta “eu sou”. Jesus afirmou ser o 'Filho do Homem', em referência à Daniel 7, e isso gerou em Caifás e nos seus tamanho escândalo que o mesmo rasgou suas vestes e acusou Jesus de blasfêmia. Aqueles homens entenderam que Jesus afirmou ser Deus (Apologia da Divindade de Cristo, p. 22. Ipsis litteris).

Tal afirmação de Jesus diante do Sinédrio, reivindicando ser Deus e digno de adoração (e todos sabem que apenas Deus é digno de adoração), resultou em definitivo no sacrifício da cruz, pois daquele momento em diante iniciou-se o sofrimento de Jesus, seus flagelos, escárnio e finalmente a morte na cruz  (Apologia da Divindade de Cristo, p. 22. ipsis litteris).

Jesus, sabendo o que suas palavras causariam poderia ter voltado atrás, mas não o fez, por que Ele sabia quem de fato era (e sempre será), o Verbo que se fez carne.

João 10.30-38

“Eu e o Pai somos um” (v. 30). Após pronunciar estas palavras, Jesus quase foi apedrejado pelos judeus, que o acusaram de blasfêmia (v.33), pois isso é igual a dizer "...te fazes Deus a ti mesmo". (João 10:33).

Somente no Evangelho de João existem várias bases sólidas suficientes para comprovar a divindade de Cristo, mesmo assim, apresentamos muitas outras passagens que comprovam que o Verbo que se fez carne é o "nosso Grande Deus e Salvador" (Tito 2:13). É claro que, o que apresentamos é apenas um lampejo diante de tudo o que nos é apresentado nas Escrituras a respeito da divindade de Cristo, mas por hora bastam as provas apresentadas, as quais cremos ser suficientes para que possamos entender um pouco mais sobre esta Pessoa tão Maravilhosa que é o Senhor Jesus o qual "... padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito" (I Ped. 3:18). 

"Pois dele, por ele e para ele são todas as coisas. A ele seja a glória para sempre! Amém." (Rom. 11:36). Qual é o seu Jesus, o Deus e Salvador eterno, ou um mestre iluminado?

WERONKA, João Rodrigo. Apologia da Divindade de Cristo. 1ª Ed. São José dos Pinhais: NAPEC, 2011.
ROYER, Gary L. Cristologia: O Verbo Eterno e Divino se fez carne. 2ª Ed. São Paulo: EETAD, 1993.
SOARES, Esequias. Cristologia: A Doutrina de Jesus Cristo. 1ª Ed. São Paulo: Hagnos, 2008.
KASCHEL, Werner; ZIMMER, Rudi. Dicionário da Bíblia de Almeida: 2ª Ed. São Paulo: SBB, 1999.

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