"Existia na igreja de Corinto a doutrina de batizar-se pelos mortos?
(Foto: GoogleImages)
"Paulo não estava apoiando esta doutrina errada" |
Como entender I Coríntios 15:29?
"Sempre houve os que deram ao batismo nas águas valor sacramental, valor que transmite graça ao que recebe o ato. Há igrejas que julgam ser o batismo indispensável à salvação, e, por isso, batizam até crianças.
Nos dias de Paulo," houve os que levaram esse assunto a tal ponto que julgaram necessário batizar pessoas vivas em lugar de outras que haviam morrido sem terem oportunidade de receber o batismo. Podendo significar que um amigo cristão seria batizado por efeito simbólico em favor de um neo-convertido que havia morrido, seja por meio do martírio ou no leito de morte, não dando tempo para o batismo. A expressão também poderia se referir a lavagens dos mortos antes do sepultamento, que era um costume judaico padrão.
A passagem em questão também é muito controversa, de significado incerto, sendo a única referência no Novo Testamento a tal prática, sendo assim, exige muito cuidado na análise para que não se forme um falso ensino sobre este tipo de batismo. Como não há outras referências sobre o tema, não há sustentação doutrinária para a prática que não tem nenhuma fundamentação bíblica, sem falar no fato de existirem umas 40 interpretações diferentes. Em momento algum, Paulo afirma praticar ou aceitar tal batismo para os mortos, prática esta muito comum hoje entre os mórmons.
O texto está indeterminado: "Que farão os que se batizam", parecendo que tal doutrina existia na igreja local. Tratava-se de um ensinamento estranho, chegado acidentalmente ao conhecimento da igreja. Paulo, é claro, não estava apoiando essa doutrina errada, nem podia apoiá-la, pois não encontra base no Novo Testamento.
Bibliografias consultadas:
KEENER, Craig S. Comentário
Bíblico Atos. Novo Testamento: 1ª ed. Belo Horizonte: Editora Atos, 2004.
STERN, David H. Comentário
Judaico do Novo Testamento: 2ª Ed.
Belo Horizonte: Editora Atos, 2008.
A Bíblia Responde. 2ª Ed. Rio
de Janeiro: CPAD, 1983
Bíblia de Estudo Vida Nova.
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