Como já sabemos, a Bíblia afirma e assume sua inerrância em todo o seu conteúdo. Mas é importante reconhecer que a inerrância da Bíblia está inseparavelmente relacionada tanto com a doutrina da revelação, como à própria natureza de Deus. Por quê?
Em primeiro lugar, porque a revelação de Deus teve lugar mediante uma forma concreta, que se denomina "inspiração verbal, plenária". Isso quer dizer que a inspiração divina da Bíblia refere-se às suas próprias palavras (Mat. 4:4; Rom. 3:2) e se estende a cada parte das Escrituras. Por isso é que a Bíblia diz o seguinte: "Toda Escritura é inspirada por Deus..." (II Tim. 3:16).
Em segundo lugar, a Bíblia revela que a natureza de Deus é santa; portanto, Ele não pode mentir (Tito 1:2). Sendo q inspiração divina algo que se estende a cada palavra da Bíblia, a Bíblia em sua totalidade deve ser considerada livre de erros. Em outras palavras, se Deus é incapaz de inspirar o erro, tudo que é inspirado é inerrante.
Finalmente, a Bíblia também revela que Deus é Onipotente, Todo-Poderoso. Isto significa que Ele foi capaz de proteger de todo erro o processo de inspiração, apesar de que a revelação tenha sido dada através de homens falíveis. Sob a luz do que já foi dito, devemos concluir que qualquer coisa que Deus falar é inerrante; e pelo fato de que cada palavra da Bíblia é a palavra do próprio Deus. concluímos que ela não contém erros.
Assim, a fim de estabelecer apenas a Bíblia como a única fonte de autoridade divina é necessário provar que: (a) a Bíblia reivindica ser a inerrante Palavra de Deus; (b) essa reivindicação é justificada; e (c) qualquer coisa que contradiga o que a Bíblia ensina não pode ter, logicamente, autoridade divina.
A Bíblia reivindica ser a inerrante Palavra de Deus?
1. O Antigo Testamento
Ou o Antigo Testamento é a Palavra de Deus, ou se trata de uma fraude, pelo fato de que afirma repetidamente sua autoridade divina (por exemplo, Is. 40:8). A frase que diz: "Assim diz o Senhor", ou expressões similares são utilizadas cerca de 2.800 vezes (Jer. 1:2; Êxodo 34:27; Deut. 18:18; I Reis 22:14; Is. 8:19-20; Jer. 36:28; Amós 1). A inspiração (isto é, a inerrância) é explicitamente afirmada em quase 70% do Antigo Testamento, ou seja, em 26 dos 39 livros. É Deus nos dando a garantia da veracidade de sua Palavra para que não fiquemos confundidos.
Além disso, as afirmações do Novo Testamento no tocante à inspiração plenária e verbal do Antigo Testamento proporcionam provas adicionais. Vemos que o Novo Testamento "afirma a autoridade e/ou autenticidade de mais de 90% dos livros do Antigo Testamento". "Por exemplo, no livro de Hebreus a frase "Deus falou" ou frases equivalentes aparecem inúmeras vezes exatamente antes de citar livros específicos do Antigo Testamento, tais como os Salmos (Heb. 1:6-12; 4:7), Jeremias (8:8-12), Ageu (12:26), Deuteronômio (13:5) e outros. Particularmente relevantes são as Palavras pronunciadas por Cristo que, como Deus encarnado, fala de maneira infalível (Mat. 24:35; João 5:46; 7:16; 8:14-16; 12:48-50; 14:6; Filipenses 2:1-8; Tito 2:13; II Ped. 1:20-21; João 1:14). Em João 17:17 Jesus disse: "A tua Palavra é a Verdade"; e em Mateus 4:4 Ele afirma: "Não só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que procede da boca de Deus". Em ambos os casos, Jesus só poderia estar se referindo às Escrituras dos judeus - nosso Antigo Testamento protestante (conforme Lucas 24:27). O próprio Jesus, portanto, afirmou que 100% do Antigo Testamento é inspirado e inerrante."
2. O Novo Testamento
O próprio Jesus indicou em mais de uma ocasião que viria uma nova revelação de Deus. Por exemplo, Ele prometeu aos discípulos que o Espírito Santo lhes ensinaria todas as coisas e os lembraria de tudo o que Jesus havia ensinado (João 14:26), referindo-se aos Evangelhos (conforme Mat. 24:25). Ele também prometeu que o Espírito Santo os guiaria a toda verdade (João 16:12-15), referindo-se obviamente ao Novo Testamento. De modo que não é surpreendente que:
Todos os escritos Neotestamentários reivindicam que os seus escritos tem autoridade divina...O efeito cumulativo desse auto-testemunho constitui uma esmagadora confirmação de que os escritos Neotestamentários reivindicam a inspiração.
Realmente o fato de que os escritores Neotestamentários assumiram que seus escritos eram tão válidos como os do Antigo Testamento diz muito. Estes escritores eram judeus ortodoxos que criam que Palavra de Deus até aquele momento se limitava ao cânon do Antigo Testamento. Adicionar algo às Escrituras existentes era um terrível atrevimento, a não ser que a inspiração fosse inequívoca. Entretanto, o seu conhecimento da inspiração não é tão surpreendente. O próprio fato do advento do Messias profetizado desde a antiguidade e da Nova Aliança (como em Isaías, Jeremias, Ezequiel, etc.), junto com a encarnação e a propiciação feitas pelo próprio Deus (João 1:14; Filipenses 2:1-9), exigiam a existência de escritos divinos correspondentes para explicar e expor estes eventos, como ocorreu na atividade de Deus na aliança Antiga (por exemplo, Gálatas 3:8; comp. também João 16:12-15). Deus não tinha melhores candidatos para trazer essa revelação que os apóstolos de seu próprio Filho, ou aqueles a quem eles aprovaram para fazê-lo. E talvez para dar ainda mais credibilidade, o antigo cético e perseguidor da Igreja, o grande apóstolo Paulo, foi comissionado por Deus para escrever a substancial quarta parte de toda a nova revelação.
Poder-se-ia acreditar que Jesus cria que o Espírito Santo, o "Espírito da Verdade", que inspirou o Novo Testamento (João 16:13-15) haveria de deturpar Suas próprias Palavras ou inspirar algum erro? Pois certo que não.
Como o Deus encarnado poderia ensinar a infalibilidade do Antigo Testamento divinamente inspirado e não saber que a mesma condição deveria cumprir-se no caso do Novo Testamento, também divinamente inspirado? Talvez um dos motivos por que Jesus nunca escreveu nada é porque sabia que não era necessário: o Espírito Santo haveria de inspirar a Palavra inerrante. De que outra forma Ele poderia ensinar (ou poderíamos razoavelmente crer) o seguinte: "Minhas palavras não passarão" (Mat. 24:35)?
Apesar disso, seria correto chamar escrituras errantes de "sagradas"? Como pode ser divina a inspiração que deixa margem para a verdade e o erro? Ela não seria simplesmente humana e, como qualquer outro livro, a Bíblia não deveria ser tratada como outro livro qualquer? Se respondermos que não, apelando para seu conteúdo teológico único, como podemos saber que esse conteúdo é verdadeiro?
Se a Palavra de Deus é eterna, como terá falhas? O que Deus quis dizer quando chamou a Sua Palavra de "santa" (Sal. 105:42), "perfeita" (Sal. 19:), "verdadeira" (Jo. 17:17), "reta" (Sal. 33:4), "boa (Prov. 4:2), "digna de toda confiança" (I Tim. 4:9) e "pura" (Prov. 30:5)?
Sobre esta questão da inerrância, o grande expositor Charles Spurgeon afirmou o seguinte: "Este é o livro que não está manchado por erro algum, mas que é genuinamente puro. Por quê? Porque Deus o escreveu. Ah! Acuse Deus de erro, por favor! Diga a Ele que o seu livro não é o que deve ser..."
A Bíblia está dividida em duas partes: o Antigo e o Novo Testamento.
O Antigo Testamento. É a primeira parte da Bíblia, que começa com Gênesis e termina com Malaquias e que trata da Antiga Aliança. A palavra "Testamento", quando é usada para indicar as duas divisões da Bíblia, quer dizer "aliança". O AT é a revelação de Deus para o povo de Israel, apontando para a vinda do Messias, que haveria de ocorrer na plenitude dos tempos (). O AT compõe-se de 39 livros, assim classificados: Pentateuco (cinco livros), livros históricos (doze livros), livros poéticos (cinco livros) e livros proféticos (dezessete livros).
O Novo Testamento. A segunda parte da Bíblia, que começa com o Evangelho de Mateus e termina com o Apocalipse. Trata da Nova Aliança. A palavra "Testamento", quando é usada para indicar as duas divisões da Bíblia, quer dizer "aliança". O NT é a revelação de Deus para o bem de todos os povos. Jesus Cristo, o Messias e Salvador, veio na plenitude dos tempos, e com Ele teve início a Igreja, fundada sobre o alicerce do Testemunho dos apóstolos. O NT compõe-se de 27 livros, assim classificados: livros históricos (cinco livros), epístolas de Paulo (treze livros), epístolas gerais (oito livros) e Apocalipse.
"Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas." (Apocalipse 2:7)
Fontes:
Os Fatos Sobre o Catolicismo Romano - John Ankerberg e John Weldon
Dicionário da Bíblia de Almeida, 2ª ed.
Em primeiro lugar, porque a revelação de Deus teve lugar mediante uma forma concreta, que se denomina "inspiração verbal, plenária". Isso quer dizer que a inspiração divina da Bíblia refere-se às suas próprias palavras (Mat. 4:4; Rom. 3:2) e se estende a cada parte das Escrituras. Por isso é que a Bíblia diz o seguinte: "Toda Escritura é inspirada por Deus..." (II Tim. 3:16).
Em segundo lugar, a Bíblia revela que a natureza de Deus é santa; portanto, Ele não pode mentir (Tito 1:2). Sendo q inspiração divina algo que se estende a cada palavra da Bíblia, a Bíblia em sua totalidade deve ser considerada livre de erros. Em outras palavras, se Deus é incapaz de inspirar o erro, tudo que é inspirado é inerrante.
Finalmente, a Bíblia também revela que Deus é Onipotente, Todo-Poderoso. Isto significa que Ele foi capaz de proteger de todo erro o processo de inspiração, apesar de que a revelação tenha sido dada através de homens falíveis. Sob a luz do que já foi dito, devemos concluir que qualquer coisa que Deus falar é inerrante; e pelo fato de que cada palavra da Bíblia é a palavra do próprio Deus. concluímos que ela não contém erros.
Assim, a fim de estabelecer apenas a Bíblia como a única fonte de autoridade divina é necessário provar que: (a) a Bíblia reivindica ser a inerrante Palavra de Deus; (b) essa reivindicação é justificada; e (c) qualquer coisa que contradiga o que a Bíblia ensina não pode ter, logicamente, autoridade divina.
A Bíblia reivindica ser a inerrante Palavra de Deus?
1. O Antigo Testamento
Ou o Antigo Testamento é a Palavra de Deus, ou se trata de uma fraude, pelo fato de que afirma repetidamente sua autoridade divina (por exemplo, Is. 40:8). A frase que diz: "Assim diz o Senhor", ou expressões similares são utilizadas cerca de 2.800 vezes (Jer. 1:2; Êxodo 34:27; Deut. 18:18; I Reis 22:14; Is. 8:19-20; Jer. 36:28; Amós 1). A inspiração (isto é, a inerrância) é explicitamente afirmada em quase 70% do Antigo Testamento, ou seja, em 26 dos 39 livros. É Deus nos dando a garantia da veracidade de sua Palavra para que não fiquemos confundidos.
Além disso, as afirmações do Novo Testamento no tocante à inspiração plenária e verbal do Antigo Testamento proporcionam provas adicionais. Vemos que o Novo Testamento "afirma a autoridade e/ou autenticidade de mais de 90% dos livros do Antigo Testamento". "Por exemplo, no livro de Hebreus a frase "Deus falou" ou frases equivalentes aparecem inúmeras vezes exatamente antes de citar livros específicos do Antigo Testamento, tais como os Salmos (Heb. 1:6-12; 4:7), Jeremias (8:8-12), Ageu (12:26), Deuteronômio (13:5) e outros. Particularmente relevantes são as Palavras pronunciadas por Cristo que, como Deus encarnado, fala de maneira infalível (Mat. 24:35; João 5:46; 7:16; 8:14-16; 12:48-50; 14:6; Filipenses 2:1-8; Tito 2:13; II Ped. 1:20-21; João 1:14). Em João 17:17 Jesus disse: "A tua Palavra é a Verdade"; e em Mateus 4:4 Ele afirma: "Não só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que procede da boca de Deus". Em ambos os casos, Jesus só poderia estar se referindo às Escrituras dos judeus - nosso Antigo Testamento protestante (conforme Lucas 24:27). O próprio Jesus, portanto, afirmou que 100% do Antigo Testamento é inspirado e inerrante."
2. O Novo Testamento
O próprio Jesus indicou em mais de uma ocasião que viria uma nova revelação de Deus. Por exemplo, Ele prometeu aos discípulos que o Espírito Santo lhes ensinaria todas as coisas e os lembraria de tudo o que Jesus havia ensinado (João 14:26), referindo-se aos Evangelhos (conforme Mat. 24:25). Ele também prometeu que o Espírito Santo os guiaria a toda verdade (João 16:12-15), referindo-se obviamente ao Novo Testamento. De modo que não é surpreendente que:
Todos os escritos Neotestamentários reivindicam que os seus escritos tem autoridade divina...O efeito cumulativo desse auto-testemunho constitui uma esmagadora confirmação de que os escritos Neotestamentários reivindicam a inspiração.
Realmente o fato de que os escritores Neotestamentários assumiram que seus escritos eram tão válidos como os do Antigo Testamento diz muito. Estes escritores eram judeus ortodoxos que criam que Palavra de Deus até aquele momento se limitava ao cânon do Antigo Testamento. Adicionar algo às Escrituras existentes era um terrível atrevimento, a não ser que a inspiração fosse inequívoca. Entretanto, o seu conhecimento da inspiração não é tão surpreendente. O próprio fato do advento do Messias profetizado desde a antiguidade e da Nova Aliança (como em Isaías, Jeremias, Ezequiel, etc.), junto com a encarnação e a propiciação feitas pelo próprio Deus (João 1:14; Filipenses 2:1-9), exigiam a existência de escritos divinos correspondentes para explicar e expor estes eventos, como ocorreu na atividade de Deus na aliança Antiga (por exemplo, Gálatas 3:8; comp. também João 16:12-15). Deus não tinha melhores candidatos para trazer essa revelação que os apóstolos de seu próprio Filho, ou aqueles a quem eles aprovaram para fazê-lo. E talvez para dar ainda mais credibilidade, o antigo cético e perseguidor da Igreja, o grande apóstolo Paulo, foi comissionado por Deus para escrever a substancial quarta parte de toda a nova revelação.
Poder-se-ia acreditar que Jesus cria que o Espírito Santo, o "Espírito da Verdade", que inspirou o Novo Testamento (João 16:13-15) haveria de deturpar Suas próprias Palavras ou inspirar algum erro? Pois certo que não.
Como o Deus encarnado poderia ensinar a infalibilidade do Antigo Testamento divinamente inspirado e não saber que a mesma condição deveria cumprir-se no caso do Novo Testamento, também divinamente inspirado? Talvez um dos motivos por que Jesus nunca escreveu nada é porque sabia que não era necessário: o Espírito Santo haveria de inspirar a Palavra inerrante. De que outra forma Ele poderia ensinar (ou poderíamos razoavelmente crer) o seguinte: "Minhas palavras não passarão" (Mat. 24:35)?
Os céus e a terra passarão |
Se a Palavra de Deus é eterna, como terá falhas? O que Deus quis dizer quando chamou a Sua Palavra de "santa" (Sal. 105:42), "perfeita" (Sal. 19:), "verdadeira" (Jo. 17:17), "reta" (Sal. 33:4), "boa (Prov. 4:2), "digna de toda confiança" (I Tim. 4:9) e "pura" (Prov. 30:5)?
Sobre esta questão da inerrância, o grande expositor Charles Spurgeon afirmou o seguinte: "Este é o livro que não está manchado por erro algum, mas que é genuinamente puro. Por quê? Porque Deus o escreveu. Ah! Acuse Deus de erro, por favor! Diga a Ele que o seu livro não é o que deve ser..."
A Bíblia está dividida em duas partes: o Antigo e o Novo Testamento.
O Antigo Testamento. É a primeira parte da Bíblia, que começa com Gênesis e termina com Malaquias e que trata da Antiga Aliança. A palavra "Testamento", quando é usada para indicar as duas divisões da Bíblia, quer dizer "aliança". O AT é a revelação de Deus para o povo de Israel, apontando para a vinda do Messias, que haveria de ocorrer na plenitude dos tempos (). O AT compõe-se de 39 livros, assim classificados: Pentateuco (cinco livros), livros históricos (doze livros), livros poéticos (cinco livros) e livros proféticos (dezessete livros).
O Novo Testamento. A segunda parte da Bíblia, que começa com o Evangelho de Mateus e termina com o Apocalipse. Trata da Nova Aliança. A palavra "Testamento", quando é usada para indicar as duas divisões da Bíblia, quer dizer "aliança". O NT é a revelação de Deus para o bem de todos os povos. Jesus Cristo, o Messias e Salvador, veio na plenitude dos tempos, e com Ele teve início a Igreja, fundada sobre o alicerce do Testemunho dos apóstolos. O NT compõe-se de 27 livros, assim classificados: livros históricos (cinco livros), epístolas de Paulo (treze livros), epístolas gerais (oito livros) e Apocalipse.
"Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas." (Apocalipse 2:7)
Fontes:
Os Fatos Sobre o Catolicismo Romano - John Ankerberg e John Weldon
Dicionário da Bíblia de Almeida, 2ª ed.
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