Os livros
proféticos da Bíblia mostram com muita clareza que no futuro haverá guerras
destruidoras. Os acontecimentos no Oriente Médio assumem proporções cada vez
mais assustadoras. Percebe-se que nos aproximamos do Apocalipse vindouro.
Em Mateus 24.7-8 o Senhor Jesus profetizou: “Porquanto se levantará nação contra nação, reino contra reino, e haverá
fomes e terremotos em vários lugares; porém tudo isto é o princípio das dores”
(Mateus 24.7-8).
As ameaças públicas do presidente iraniano de
riscar Israel do mapa, juntamente com suas intenções de produzir bombas
atômicas, que poderão ser lançadas sobre o Estado judeu através de mísseis,
cujo alcance inclui até mesmo partes da Europa, são assustadoras. Também o
presidente da Síria, Bashar el-Assad, não descarta uma guerra com Israel e, segundo declarações próprias,
prepara-se para essa situação: “Contamos com uma agressão israelense. Todos
sabem que Israel é militarmente
poderoso e apoiado diretamente pelos Estados Unidos. Qualquer um defenderia seu
país caso seja ameaçado por um ataque”, afirmou Assad. “Devemos estar sempre
preparados”.[1]
Ao mesmo tempo, a Rússia fornece mísseis antiaéreos
ao Irã e está reequipando militarmente a Síria. O ministro da Defesa russo,
Sergei Ivanov, tentou amenizar essa realidade dizendo que as armas russas
entregues ao Irã são destinadas apenas para a defesa do país.
O Departamento de Defesa dos EUA ordenou a diversos
navios, já há meses, que se mantivessem diante das águas iranianas. Segundo
diversos observadores, a presença do porta-aviões “USS Enterprise” entre esses
navios indica a possibilidade de que logo haverá uma guerra com o Irã.
“Armagedom”, a luta final dos povos, ganha cada vez
mais atualidade através da situação ameaçadora no Irã. O programa nuclear
iraniano avança a pleno vapor e as ameaças a Israel são altas demais para serem desconsideradas.
Com relação ao Irã, o analista Charles Krauthammer
teme até mesmo pela “sobrevivência da humanidade”. Ele escreveu na revista
“Time”: “Se falharmos em evitar que esses fanáticos apocalípticos obtenham
armas nucleares, não haverá mais retorno”. Além disso, ele afirma que os
preparativos ideológicos para um ataque ao Irã são inquestionáveis.[2]
A seguir, lemos o que Deus disse a respeito,
através do Seu conhecimento antecipado dos eventos: “Palavra do SENHOR que veio a
Jeremias, o profeta, contra Elão, no princípio do reinado de Zedequias, rei de Judá, dizendo: Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Eis
que eu quebrarei o arco de
Elão, a fonte do seu poder. Trarei sobre Elão
os quatro ventos dos
quatro ângulos do céu e os espalharei na
direção de todos estes ventos; e não haverá país
aonde não venham os fugitivos de Elão. Farei tremer a Elão
diante de seus inimigos e diante dos que procuram a sua morte; farei vir sobre
os elamitas o mal, o brasume da minha ira, diz o SENHOR; e enviarei após eles a espada, até
que venha a consumi-los. Porei o meu trono
em Elão e destruirei dali o
rei e os príncipes, diz o SENHOR. Nos últimos dias, mudarei a sorte de Elão, diz o SENHOR” (Jeremias 49.34-39).
Elão está localizado no sudoeste do Irã e muitos
analistas supõem que se trata da região em que são produzidos os mísseis para
transporte de ogivas nucleares.
• Em minha opinião, as afirmações sobre Elão
referem-se aos tempos finais, conforme mostra o último versículo: “Nos últimos dias, mudarei a sorte de
Elão, diz o SENHOR”. Aparentemente, Elão voltará a ter um papel importante “nos últimos
dias”. O antigo Império Persa (Irã), que após sua queda permaneceu inativo
durante milênios, será atingido “nos últimos dias” por um juízo, mas sua sorte
será finalmente mudada. Parece que isso acontecerá nos tempos finais.
• “Eu quebrarei o arco de Elão, a fonte do seu poder” (v. 35). A Edição Almeida Corrigida Fiel diz: “o principal do seu poder”. Evidentemente, Deus
fala através do Seu profeta usando expressões comuns daquela época. Sem dúvida,
ao invés de “arco”, hoje poderíamos dizer “míssil”. Pois esse é, justamente, o
“principal do poder” do Irã em nossos dias. Uma notícia dizia: “Mamouhd Ahmadinejad,
o presidente do Irã, declarou que seu país tem capacidade nuclear. Ele se
vangloria da tecnologia de enriquecimento de urânio e manda testar mísseis do
tipo Kowsar (um dos rios do Paraíso segundo a descrição muçulmana – N.T.)”.[3]
• “Trarei sobre Elão
os quatro ventos dos
quatro ângulos do céu” (v. 36). Os quatro ventos
representam os quatro pontos cardeais e, portanto, o conjunto de todas as
nações. Atualmente, é a comunidade mundial (a ONU) que está tratando do
problema do armamento nuclear iraniano. Ainda não há concordância sobre qual
deverá ser a forma de agir, mas isso poderá mudar rapidamente. Parece que ainda
os quatro ventos estão sendo segurados, mas num momento eles serão soltos. Li a
respeito: “O Ocidente não acredita em Ahmadinejad e também Moscou está ficando
mais cética. Teerã, porém, ultrapassa os sinais de alerta, enfrentando o chefe
da Comissão de Energia Nuclear... Atualmente, o Irã ameaça o equilíbrio e está
se alçando à posição de potência nuclear agressiva. O Conselho de Segurança não
poderá aceitar essa situação. Entretanto, mesmo que não haja concordância, a
Europa e os EUA estarão em condições de aplicar medidas dolorosas. Uma coisa
deve ficar clara para Teerã: o Ocidente não pode aceitar uma ameaça atômica”.4
Que a Rússia, por um lado, fornece mísseis antiaéreos ao Irã e, por outro lado,
encara esse país com ceticismo, amplia as possibilidades de um ataque. Além
disso, estão em jogo grandes somas de dinheiro!
No livro do profeta Daniel também aparecem esses
“quatro ventos”: “Falou Daniel e
disse: Eu estava olhando, durante a minha visão da noite, e eis que os quatro ventos do céu agitavam o mar
Grande. Quatro animais, grandes, diferentes uns dos outros, subiam do mar”
(Daniel 7.2-3). Esse texto refere-se aos quatro
impérios dos animais, que se unirão no último império mundial e com o
governante mundial anticristão (veja Ap 13). Vemos que Deus, o Senhor, continua
detendo o controle de tudo, conforme diz Apocalipse 7.1: “Depois disto, vi quatro anjos em pé nos quatro cantos da terra,
conservando seguros os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse
sobre a terra, nem sobre o mar, nem sobre árvore alguma” (Apocalipse 7.1).
• No caso de um ataque ao Irã patrocinado pela ONU, haveria um enorme fluxo de refugiados, de modo que “...não haverá país aonde não venham os fugitivos de Elão. Farei tremer a Elão
diante de seus inimigos...” (vv. 36b-37a).
• Então o Senhor estabelecerá Seu trono em Elão e
reinará. E, finalmente, a sorte de Elão será mudada, pois, onde o Senhor
governa sempre ocorrem mudanças: “Porei o meu trono
em Elão e destruirei dali o
rei e os príncipes, diz o SENHOR. Nos últimos dias, mudarei a sorte de Elão, diz o SENHOR” (vv. 38-39).
Ninguém pode dizer com certeza em que período
ocorrerá essa guerra e até onde ela se espalhará. É certo, porém, que, cedo ou
tarde, também essa profecia bíblica se cumprirá. Deus, o Senhor, é poderoso:
Ele segura firmemente o leme do “navio mundial” e dirá a última palavra.
Certamente ouviremos cada vez mais sobre “guerras e rumores de guerras”, porque
as ameaças entre os povos aumentarão constantemente. Por isso, “temos, assim, tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem
em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia
clareie e a estrela da alva nasça em vosso coração” (2 Pedro 1.19).
Notas:
- P.-D. 42/2006.
- Jornal Elbe-Jeetzel.
- P.-D. 16/2006.
- Idem.
Link para postagem original:http://www.chamada.com.br/mensagens/guerra_oriente_medio.html
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