Graça e paz a todos. Antes que eu desperte em você leitor qualquer interesse por este assunto, gostaria de deixar claro que a intenção do artigo é apenas esclarecer sobre quem são os anjos e seu ministério, nunca, em hipótese alguma, queremos apresentar os anjos como sendo dignos de adoração ou como personagens centrais da mensagem do Evangelho como muitos tem ensinado mundo a fora. Os anjos são seres espirituais criados por Deus antes da criação do Universo (Jó 38.7). Foram criados como servos de Deus, de Cristo, e da Igreja, para executarem a vontade de Deus na terra (Hebreus 1.6,14). Aparentemente incontáveis, eles possuem várias patentes e capacidades, além de terem várias responsabilidades. Jamais podem ser adorados, pois toda a adoração pertence ao nosso Deus.
Nossa intenção aqui é estarmos aprendendo um pouco mais sobre esses seres que realmente existem, porém, são apresentados de forma equivocada por muitos, que por não conhecerem sua natureza, oferecem a eles posição que não é respaldada na Palavra de Deus, como podemos ver em nossos dias "canções" que exaltam esses seres e mais alguns outros "absurdos evangélicos". Por isso, tomamos a liberdade de estar apresentando parte de um estudo levantado por dois renomados escritores cristãos, John Ankerberg e John Weldon no livro Os Fatos Sobre os Anjos. Esperamos que você possa ser enriquecido até o fim da leitura. Que a graça do Senhor esteja em nossos corações para nos dar discernimento.
Anjos
e Mais Anjos, Por toda parte
O mundo está, na realidade, bem interessado em anjos. Na reportagem de capa de 27 de dezembro de 1993, a revista Time disse: "Se existe alguma coisa semelhante a uma idéia universalmente aceita, comum às culturas e através dos séculos, a crença nos anjos é a que mais se aproxima disso."4 Os anjos estão presentes em todas as civilizações e culturas, tiveram papel de destaque em quase todas as religiões do mundo, e estão muito mais ativos nos negócios humanos do que a maioria poderia sequer suspeitar. O "Anjo Gabriel", por exemplo, foi quem deu a Maomé as revelações contidas no Alcorão, que agora influencia mais de um bilhão de muçulmanos.5 Quem pode, portanto, ignorar o assunto "anjos"?
O outro lado da moeda nos diz, entretanto, que esse assunto tem sido ignorado pela maioria, até mesmo pela igreja cristã em cujas Escrituras os anjos têm parte importante. Quando Billy Graham escreveu seu bem-sucedido livro Anjos: Agentes Secretos de Deus, ele ficou surpreso ao perceber quão poucos livros havia sobre o assunto, e, ao refletir, não conseguiu se recordar de ter ouvido alguma vez um sermão sequer sobre os anjos.6 Os anjos, todavia, não são mais ignorados hoje. Quer seja no teatro, na televisão, na literatura, nos filmes, na arte e na música - e mesmo entre os céticos, que, às vezes, parecem não conseguir evitá-lo7 -, os anjos estão de volta ao cotidiano. Tudo isso é para o bem, e por várias razões. Primeiro, de forma inerente, os anjos relembram às pessoas acerca de Deus, e da responsabilidade que cada um tem diante dEle. Segundo, o próprio assunto de uma raça de seres espirituais traz naturalmente de volta as profundas perguntas que as pessoas têm feito através da história. Se os anjos existem, então não somos a única forma de vida no Universo, e certamente não evoluímos de forma naturalesca, a partir de gases interestelares primordiais.8 Se os anjos realmente existem, então um mundo espiritual tem de existir, o que nos leva naturalmente de volta à questão profunda de Deus como Criador, e de perguntas correlacionadas, tais como: Quem sou Eu? De onde eu vim? Qual o propósito da minha vida? Para onde irei quando morrer? Uma última razão pela qual o assunto "anjos" não deve ser ignorado é que nem todos os anjos são bons, e as pessoas precisam saber disso hoje mais do que nunca. Aliás, a Bíblia sugere que o número de anjos maus é muito grande (Mateus 12.26; Apocalipse 12.3,4,7-9) - um entre cada três existentes pode, de fato, ser maligno (Apocalipse 12.4). A Bíblia nos diz que havia anjos rebeldes nos céus. Eles escolheram seguir a Satanás e foram expulsos dos céus com ele (Lucas 10.18). No futuro, eles novamente "pelejarão no céu" contra os anjos bons. Mas, mais uma vez, "não prevalecerão" e "Satanás...[será] atirado para a terra e, com ele, os seus anjos" (Apocalipse 12.7-9). Para a maioria, entretanto, o simples conceito de um anjo mau é uma contradição, tal como água seca ou calor frio. Os anjos não seriam todos bons por natureza? Mas, e se todos não forem? A julgar pelos números e a influência a eles atribuídos na Bíblia, se não nos dermos o trabalho de pelo menos considerar a possibilidade de anjos maus, poderemos nos dar mal justamente por isso. No final, quando terminar a história humana, a influência dos anjos neste mundo, a despeito de sua invisibilidade, será provavelmente mais óbvia e certamente mais profunda do que jamais suspeitamos. Como sugeriu recentemente o teólogo J. I. Packer: 'Tanto como comunicadores e como guardiães, o trabalho comum deles passa despercebido, e não saberemos quanto devemos a isso até chegarmos no céu."9
INTRODUÇÃO
1. Quão populares são os anjos hoje em dia - e por
quê?
As pesquisas recentes revelam que três entre quatro adultos ou adolescentes norte-americanos crêem em anjos. Isso são cerca de 200 milhões de pessoas!10 A "American Conference on Angels" ("Conferência Americana Sobre Anjos") reúne-se anualmente para discutir o assunto. Existem hoje seminários sobre anjos, cartas circulares sobre anjos, matérias de faculdade sobre anjos, e setores inteiros em livrarias sobre anjos. Além dos "Hell's Angels" ("Anjos do Inferno" - gangue de arruaceiros ao estilo "hippie" que tem sede na Califórnia, nos Estados Unidos - N. T.), e das "Charlie's Angels" ("Anjos do Charlie" - série de TV americana, denominada "As Panteras" no Brasil - N. T.), da "Angel Watch Network" ("Rede de Observação de Anjos"), e dos "Guardian Angels" ("Anjos da Guarda"), existe ainda o "Angel Collectors Club of America" ("Clube dos Colecionadores de Anjos da América [do Norte]"), a "National Association of Angel Lovers" ("Associação Nacional de Entusiastas de Anjos"), e dúzias de outros empreendimentos tipo "Angels for All Seasons" ("Anjos para Todas as Épocas"), da cidade de Denver, "Angels in the Heaven Day Nursery" ("Anjos na Escola Maternal de Heaven Day"), da cidade de Cleveland, e "Angel Threads" ("Filetes de Anjos"), uma butique de crianças na cidade de Tucson.
O artigo da revista Time de dezembro de 1993, a que nos referimos anteriormente, destacou que 5 livros dentre os 10 integrantes da lista dos mais lidos, na esfera religiosa, eram sobre anjos, e comentou: "Essa crescente fascinação é mais popular que teológica, uma revolução simples do âmbito espiritual na qual toda sorte de pessoas está descobrindo inúmeras razões para buscar respostas acerca de anjos, pela primeira vez na vida."" Mais de um ano depois, até mesmo o noticiário noturno da rede de TV NBC destacou a fascinação nacional por anjos.
Os anjos dos dias de hoje gozam de uma aura de bondade, desde o caso de "Clarence", no filme bastante popular de Jimmy Stewart It's a Wonderful Life (E Uma Vida Maravilhosa), ao anjo interpretado por Michael Landon na série de TV Highway to Heaven (O Homem que Veio do Céu), à mais recente série (também para TV) Tou-ched by an Angel (Tocado por um Anjo), ou os últimos especiais levados ao ar pelas principais redes de TV, onde os anjos sempre estão envolvidos em boas ações.
Com dezenas de milhões de pessoas agora interessadas em anjos - e mesmo abertas à possibilidade de contatos pessoais com eles - ninguém pode negar a importância ou relevância desse assunto.
Se olharmos para uma lista recente de títulos de livros sobre anjos, isso ilustra do que estamos falando: Angels on Assignment (Anjos Comissionados), Devotion to the Holy Angels (Devoção aos Santos Anjos), 100 Ways to Attract Angels (100 Maneiras de Atrair os Anjos), Send Me Your Guardian Angel (Envia-me Teu Anjo da Guarda), Ask Your Angels (Consulte Seus Anjos), Angels for Your Children (Anjos para Seus Filhos), Creating with the Angels: An Angel-Guided Journey into Creativity (Criando com os Anjos: Uma Jornada Dirigida por Anjos Rumo à Criatividade), Angels of Mercy (Anjos de Misericórdia), Messengers of Light: The Angel's Guide to Spiritual Growth (Anjos de Luz: O Guia dos Anjos para o Crescimento Espiritual), Angels Among Us (Anjos Entre Nós), Angel Wisdom (Sabedoria Angelical), Answers from the Angels (Respostas dos Anjos), Angel Voices (Vozes de Anjos), The Angels Within Us (Os Anjos Dentro de Nós), Angelic Messenger Cards (Cartas das Mensagens Angelicais), There's an Angel on Your Shoulder: Angel Encounters in Everyday Life (Há um Anjo no Seu Ombro: Encontros Angelicais no Dia-a-Dia), A Treatise on Angel Magic (Um Tratado de Magia Angelical), Angels and Mortals: Their Co-Creative Power (Anjos e Mortais: O Poder Co-Criativo Deles). Estes são apenas alguns dos títulos que poderiam ser mencionados, e a maioria sugere que atualmente as pessoas estão desejando comungar com os anjos de maneira bem íntima. Os anjos populares de hoje exercem papéis que vão de amigos pessoais a conselheiros de diretrizes, até conselheiros espirituais. E muito mais. Quem sabe, possamos dizer que os anjos vieram para ficar.
Mas isso não responde à indagação do por quê anjos deveriam ser tão populares. Existem, provavelmente, várias razões para isso. Primeiramente, esta é a geração que testemunhou um reavivamento espiritual dramático que incluiu tudo desde o próprio cristianismo até a Nova Era, indo até às formas mais nefastas de ocultismo -isso tudo certamente aumentou o interesse quanto ao assunto de anjos e espíritos.
Em segundo lugar, existe uma espécie de fascinação inata quanto ao assunto, por razões que abordamos anteriormente.
Em terceiro lugar, um modo de crer pré-existente com relação aos anjos já está presente no cristianismo, no paganismo e em virtualmente todas as tradições religiosas. Os católicos romanos, por exemplo, crescem rezando aos seus anjos da guarda, enquanto na maioria dos feriados religiosos como o Natal e a Páscoa invariavelmente relembram histórias de anjos todos os anos.
Em quarto lugar, na medida em que as pessoas estão constantemente procurando respostas e significado para a vida, é comum crer-se hoje que os anjos exercem papel preponderante no suprimento dessas respostas. Existe, por exemplo, um movimento crescente que ensina que os anjos já residem dentro de nós e estão aguardando para dar um empurrão em nosso potencial humano, aumentar nossa criatividade, e nos suprirem com realização psicológica e auto-iluminação espiritual. Assim sendo, os promotores de anjos oferecem o que as pessoas querem e precisam em momentos de necessidade: segurança, amor e direção. Eles afirmam coisas como: "Os anjos detêm as respostas para muitas de nossas perguntas", e: "Os anjos sempre têm ajuda espiritual à disposição", ou: "Os anjos querem que nos tornemos iluminados", e: "Os anjos são os guardiões de nossas almas... o amor maravilhoso deles [está] por toda parte."12
Em quinto lugar, na maior parte das mentes humanas, existe uma pressuposição de que anjos são apenas bons, portanto contatá-los só pode ser bom (e, conseqüentemente, sem riscos). Se os anjos podem ser contatados, por que não fazê-lo? - e que bela aventura!
Em sexto lugar, os anjos buscam, por definição, interagir com os seres humanos. O propósito principal dos anjos bons é nos ajudar - e o propósito principal dos anjos maus é nos enganar.
Em suma, os anjos são hoje populares porque, tendo em vista a natureza deles e a nossa natureza, considerando também a nossa cultura moderna, não poderia ser diferente.
Primeira Parte
Os
Anjos Bons
2. Qual é o significado das palavras bíblicas para o termo anjo?
A palavra hebraica malakh e o termo grego aggelos significam ambos "mensageiro" e podem ser atribuídos tanto a homens como a espíritos. Em Marcos 1.2, por exemplo, o termo aggelos é atribuído a João Batista: "Eis que envio diante da tua face o meu mensageiro [aggelos]", enquanto maVakh é usado na profecia correspondente de Malaquias 3.1.
Já que o significado da palavra "anjo" é meramente "mensageiro", só pelo contexto podemos determinar se o mensageiro em questão é humano ou angelical. São raras as referências em que essa determinação é difícil. Mas o uso comum do termo "anjo" na Bíblia é, de longe, uma referência a um mensageiro espiritual da parte de Deus - o que normalmente enxergamos como um anjo bom.
Quando as Escrituras usam os termos "santos anjos" ou "anjos", elas estão fazendo referência a espíritos piedosos e não caídos, criados diretamente por Deus (Marcos 8.38; Lucas 9.26; Atos 10.22; Apocalipse 14.10). Quando usam termos como "o diabo e seus anjos", "espíritos malignos", "espíritos imundos" e expressões afins, referem-se aos anjos caídos, que são servos de Satanás (Mateus 12.24; 25.41).
A palavra "anjo" aparece cerca de 300 vezes em 24 livros da Bíblia; isso não inclui, entretanto, outros termos também utilizados para designar anjos, como "estrelas da manhã", "querubins", "serafins", "espíritos ministra-dores" e "vigias". Ao todo, o termo "anjo" e seus equivalentes encontram-se em 35 dos livros da Bíblia.
3. O que são os anjos?
Os anjos são seres espirituais criados por Deus antes da criação do Universo (Jó 38.7). Foram criados como servos de Deus, de Cristo, e da Igreja, para executarem a vontade de Deus na terra (Hebreus 1.6,14). Aparentemente incontáveis, eles possuem várias patentes e capacidades, além de terem várias responsabilidades (Apocalipse 5.11; 8.2; 9.15; 12.7; Efésios 1.21; Colossenses 1.16).
Os anjos são, sem sombra de dúvida, espíritos pessoais. São possuidores de vontade própria (Hebreus 1.6), expressaram júbilo quando da criação do mundo (Jó 38.7), regozijam-se quando um pecador se arrepende (Lucas 15.10), e demonstram preocupação e consternação, como quando o apóstolo João errou ao querer adorar um anjo (Apocalipse 22.9). Além disso, são curiosos (1 Pedro 1.10-12), conversam entre si (Apocalipse 14.18), e adoram e louvam a Deus (Apocalipse 7.11). Quando em forma humana, comunicam-se diretamente com os homens (Gênesis 19). Anjos podem comandar outros anjos (Apocalipse 7.3; 14.17,18) ou pelejar contra demônios (Daniel 10.13; Apocalipse 12.7,8). Eles aparecem em sonhos, como a José (Mateus 1.20), visivelmente como homens comuns (Gênesis 18.1-8), ou como seres de grande brilho ou vestidos de roupas resplandecentes (Lucas 24.4). Quando aparecem diretamente a homens, o resultado, invariavelmente, é de choque emocional ou medo; daí, portanto, a expressão bastante comum dos anjos da Bíblia: "não temas" (Lucas 1.13; 2.10). Apenas três anjos na Bíblia possuem nome: Miguel, Gabriel e Lúcifer.
Os anjos são imortais e não podem morrer (Lucas 20.35). Como veremos, são incrivelmente poderosos, e possuem grande inteligência e sabedoria. Utilizam-se das mesmas medidas que os homens (Apocalipse 21.17) e podem comer tanto comida humana quanto comida angelical (Gênesis 19.3; Salmo 78.23-25).
Os anjos têm, aparentemente, corpos espirituais.13 Embora nunca se casem (Lucas 20.35,36), isso não implica, necessariamente, que não possuam sexo.
Em seu estado natural, os anjos podem mover-se em velocidades tremendas e não estão confinados a espaço e tempo como nós. Podem se fazer presentes em grande número, e isso num espaço bastante limitado; sete demônios, por exemplo, habitavam no corpo de Maria Madalena (Marcos 16.9) e quem sabe milhares habitavam no corpo do endemoninhado gadareno ao mesmo tempo (Lucas 8.30). Eles podem, seja por qual meio for, estar a par de coisas como as orações dos seres humanos assim como dos eventos futuros (Lucas 1.13-16). E ainda assim, a despeito das capacidades que possuem, eles são evidentemente limitados tanto em conhecimento quanto em poder (Daniel 10.13; Mateus 24.36; 1 Pedro 1.11,12; Apocalipse 12.7).
Em termos morais, há duas categorias de anjos: anjos santos ou eleitos (1 Timóteo 5.21) e anjos caídos, que são descritos na Bíblia como espíritos malignos ou demônios. Esses demônios são anjos rebeldes que não serão redimidos (Hebreus 2.11-17) e cujo fim será no lago de fogo (Mateus 25.41). Enquanto alguns desses anjos caídos estão, por ora, livres para vagar, outros estão sendo mantidos, já no presente, em cativeiro eterno (Judas 6; 2 Pedro 2.4).
Dentre as várias classificações dos anjos há os querubins, que aparentemente são os anjos mais elevados e possuem beleza e poder indescritíveis. Tais anjos foram colocados no oriente do Jardim do Éden para guardar o caminho da árvore da vida depois que o homem foi expulso de lá (Gênesis 3.24). Eles aparecem ligados ao lugar de habitação de Deus no Antigo Testamento (Êxodo 25.17-22; Hebreus 9.5) e sua preocupação primordial é a glória e a adoração de Deus. Os quatro seres viventes de Ezequiel, por exemplo, são querubins (Ezequiel 1.1,28; 10.4,18-22). Os querubins jamais são chamados de anjos, embora isso talvez se deva ao fato de que eles não são mensageiros. O principal propósito deles é proclamar e proteger a glória, a soberania e a santidade de Deus. Satanás, aparentemente, também pertencia à patente de querubim, o que tornou sua rebelião e queda ainda pior.
Uma segunda classificação dos anjos são os serafins, cuja preocupação é com a devoção pessoal a Deus (Isaías 6.3). Existem também os arcanjos, como Miguel, outros anjos de patente ainda menor, e grupos especiais de anjos (Apocalipse 1.7; 8.2; 15.1,7 etc).
Quem sabe, deveríamos mencionar, a esta altura, que uma expressão específica: " o anjo do SENHOR" (Ma-lach-YHWH) é usada através do Antigo Testamento (por exemplo, em Gênesis 22.11,12; Êxodo 3.2; 2 Reis 19.35). Esse termo, entretanto, não se refere a um anjo criado. Refere-se a Jesus Cristo. Muitos pensam que Cristo só apareceu na terra quando da Sua encarnação ao nascer em Belém. Ele, entretanto, apareceu repetidamente aos homens e sempre é descrito pelo nome "o anjo do SENHOR" no Antigo Testamento. A identidade do anjo como Cristo é demonstrada não apenas pelos atributos divinos de que Ele é possuidor, mas pelo fato de que os próprios judeus viam esse anjo como o Messias divino.14
Embora se pense que os anjos piedosos habitem nos céus (Apocalipse 10.1), nada nos é dito a respeito da natureza da habitação específica deles, se é que existe. E claro, entretanto, que se os anjos possuem algum tipo de corpo espiritual, isso pode ser indicativo de que possuem habitação fixa (Judas 6).
4. Quão poderosos são os anjos?
Os anjos são incrivelmente poderosos. Pedro trata a questão com modéstia ao afirmar que eles são "maiores em força e poder" do que os homens (2 Pedro 2.11). Apenas um anjo, por exemplo, foi enviado para destruir toda a cidade de Jerusalém (1 Crônicas 21.15), enquanto apenas dois anjos foram necessários para destruir Sodoma e Gomorra e as cidades circunvizinhas (Gênesis 19.13,24,25). Apenas um anjo será capaz de segurar o próprio Satanás e de amarrá-lo durante dez séculos (Apocalipse 20.1-3). "Anjos destruidores" produziram as dez pragas do Egito, incluindo a morte dos primogênitos - milhões de pessoas (Êxodo 12.13,23,29-30; Salmo 78.43,49; Hebreus 11.28). Os quatro anjos do Apocalipse têm o poder sobre os ventos de toda a terra (Apocalipse 7.2,3).
Outros anjos estão diretamente ligados à destruição de um terço dos céus e da terra - um terço dos mares, dos rios, da vegetação, e um terço do sol, da lua e das estrelas (Apocalipse 8 e 9). Em Apocalipse 9.14-15, quatro anjos destroem, de fato, um terço da população total da terra.
No fim do mundo, os anjos ajuntarão os espíritos dos mortos salvos e perdidos. Eles ajuntarão os crentes durante a volta de Cristo à terra (Mateus 24.30-31), e ajuntarão os incrédulos para o juízo eterno (Mateus 13.39-43).
Na verdade, os anjos são "poderosos em força" (Salmo 103.20). Mas o que é, talvez, mais espantoso para o crente simples em Cristo é que Deus nos diz que um dia julgaremos e, quem sabe até, reinaremos sobre os próprios anjos (1 Coríntios 6.2-3)!
5. Quais são alguns conceitos populares, embora falsos, acerca de anjos bons?
Devido à ignorância generalizada de nossa cultura quanto ao ensino bíblico acerca de anjos, e devido também ao reavivamento da Nova Era, das seitas, do ocultismo, não é de se estranhar que conceitos falsos sobre anjos tenham surgido. Entre essas crenças errôneas, encontramos: (1) que os anjos são seres humanos que já morreram; ou seja, que nos tornamos anjos quando morremos; (2) que os anjos realizam a obra de Deus através das mais variadas práticas e atividades ocultistas; (3) que o diabo não é um anjo caído, ou que Jesus Cristo foi apenas um anjo; e (4) simplesmente pelo fato de serem anjos, pode-se confiar que todos sejam bons. Fica óbvio que este último item desconsidera o fato de que talvez um terço dos anjos tenha se rebelado contra Deus e agora são espíritos malignos cujo único propósito é cumprir a vontade do diabo.
Esses tipos de crenças falsas indicam para nós que é de vital importância que nos certifiquemos do que as Escrituras ensinam e deixam de ensinar acerca tanto dos anjos bons quanto dos anjos malignos.
6. O que, na realidade, os anjos bons fazem na Bíblia?
Os anjos que foram criados por Deus e Cristo (Nee-mias 9.6; Colossenses 1.16) e que não se rebelaram junto com Lúcifer (Neemias 9.6; Colossenses 1.16) existem primordialmente para Deus e Cristo, tendo, portanto, suas vidas centradas nEles. Eles adoram e servem a Deus e a Cristo (Filipenses 2.9-11; Hebreus 1.6). Eles glorificam e celebram louvores a Deus e a Cristo (Jó 38.7; Salmo 148.2; Isaías 6.3; Lucas 2.13,14; Apocalipse 5.11,12; 7.11,12). Eles se deleitam em comunicar a vontade de Deus e de Cristo, e se deleitam em obedecer a Deus e a Cristo. Em tudo que fazem, eles honram a Deus e a Cristo (Daniel 8.16,17; 9.21-23; 10.11; 12.6,7; Salmo 103.20; Mateus 2.13,20; 6.10; Lucas 1.19,28; Atos 5.20; 8.26; 10.5; 27.23; Apocalipse 1.1).
Eles cumprem os propósitos de Deus e de Cristo na terra, incluindo o governar e o julgar a terra (Números 22.22; Salmo 103.19-21; Mateus 13.39-42; 28.2; João 5.4; Apocalipse 5.2; 2 Samuel 24.16; 2 Reis 19.35; Salmo 35.5-6; Atos 12.23; Apocalipse 16.1). Eles estiveram ativos, por exemplo, no estabelecimento da lei mosaica de Deus no Antigo Testamento (Atos 7.38,53; Gálatas 3.19; Hebreus 2.2) e no executar os juízos de Cristo no Novo Testamento (2 Tessalonicenses 1.7-8; Apocalipse 7-9).
Ao fazerem a vontade de Deus e de Cristo, eles também são espíritos ministradores tanto a crentes como a incrédulos, especialmente aos primeiros (1 Reis 19.5; Salmo 68.17; 104.4; Lucas 16.22; Atos 12.7-11; 27.23; Hebreus 1.14). Eles guiam, suprem, encorajam e livram o povo de Deus (Mateus 1.20; 28.5-7; Gênesis 21.17-20; 1 Reis 19.5-7; 2 Reis 6.15-17; Daniel 6.20-23; 10.10-12; Atos 5.17-20; 12.5-10). São enviados para responder orações (Daniel 9.20-24; Atos 12.1-17; Apocalipse 8.4) e para assistir aos justos mortos (Lucas 16.22; Judas 9). Eles também protegem o povo de Deus (Salmo 34.7; 35.4,5; Isaías 63.9) e podem pregar e prevenir ao incrédulo (Apocalipse 14.6,7). Eles interpretam visões divinas (Zacarias 4.1; 5.5; 6.5; Daniel 7.15-27; 8.13-26) e profetizam com relação ao futuro (Daniel 9.20"-27; 10.1-21; Apocalipse 1.1; 22.6,8). Além disso, eles podem controlar as forças da natureza (Apocalipse 7.1; 16.3,8-9) e até influenciam nações (Daniel 10.13,21; 12.1; Apocalipse 12.7-9; 13.1-7; 16.13,14).
Na Bíblia, entretanto, os anjos são mais evidentes em sua associação com a Pessoa e a obra de Jesus Cristo. Eles anunciaram a concepção de Cristo, o nascimento de Cristo, a ressurreição de Cristo, a ascensão e a segunda vinda dEle. Eles protegeram e fortaleceram a Cristo durante a tentação; eles conhecem e se deleitam no Evangelho de Cristo e executam os propósitos de Cristo. Eles acompanharão e assistirão a Cristo em Sua segunda vinda, ajuntarão todos os homens, bons e maus, para o juízo final de Cristo (Mateus 1.20,21; 2.13-15; 4.11; 13.39-43; 16.17; 24.31; 25.31; 28.5-7; Lucas 2.10-12; 22.43; João 1.51; 5.22-29; Atos 1.11; Efésios 3.9,10; 2 Tessalonicenses 1.7; 1 Timóteo 3.6; 1 Pedro 1.12).
O que é deveras relevante é o fato de que os anjos bons, conforme a Bíblia, fazem exatamente o oposto daquilo que os anjos populares (termo que estamos usando para aqueles seres que são, de fato, anjos malignos ou demônios) estão fazendo hoje. Conforme a Bíblia, os anjos bons efetuam seu trabalho para Deus e aí desaparecem. Os anjos populares, entretanto, agem como espíritos-guias modernos. Eles não adoram a Cristo; eles negam a Cristo e destroem o que Cristo ensinou. Eles rejeitam a vontade de Deus e se rebelam contra a mesma ao procurarem evitar que os homens sejam salvos.
Quando examinamos os anjos piedosos, verificamos que a proclamação que fazem presta apoio aos propósitos de Deus; os milagres que realizam fornecem sustentação aos interesses de Deus; a pregação que efetuam é reconhecidamente comunicadora da vontade de Deus. O amor que eles têm por Cristo é comprovado através das Escrituras e através do que fazem hoje em dia. Ao ministrarem aos filhos de Deus, relembram-nos do amor e do cuidado de Deus por eles (Mateus 18.10; Salmo 34.7; 91.11,12; Daniel 6.22). Vemos, também, que o caráter deles é comprovadamente sábio e santo pelo fato de que recusam a adoração dos homens (Colossenses 2.18; Apocalipse 19.10; 22.9) e pelo fato de que a adoração e a devoção deles é dada tão somente a Deus e a Cristo.
Mas, quanto aos muitos anjos populares de hoje em dia, é completamente outra a história, como veremos na segunda parte.
7. O que é que os anjos bons fazem hoje, e como é que agem para conosco?
Há uma série de livros contemporâneos que narram histórias dos anjos santos nas vidas de pessoas através da história e hoje em dia. Tais narrativas são verdadeiramente encorajadoras e inspirativas. Tais anjos salvaram as vidas de crentes genuínos, forneceram encorajamento em tempos de perseguição, e facilitaram a conversão de não-crentes.15 Vamos ver alguns exemplos.
No livro A Rustle of Angels (Um Sussurro dos Anjos), a crente evangélica Marilynn Webber relata sua história, publicada pela primeira vez no Ladies' Home Journal (Jornal do Lar, Para Mulheres) de dezembro de 1992. Um dia, abatida pelas circunstâncias, ela caminhava em direção à sua casa, próxima a um trilho de trens. Atravessando os trilhos lentamente, de repente ela se deparou com o trem vindo em sua direção, mas já tão próximo que ela conseguiu ver a expressão de terror nos olhos azuis do maquinista. Mas ela ficou paralisada de medo. Em lugar de ser atropelada naquele instante, ela foi miraculosamente empurrada para fora dos trilhos como que por uma mão gigantesca, embora "não houvesse ninguém por perto! Não havia uma viva alma ao alcance da minha vista!"16 Ela sobreviveu e, no mínimo, viu seu interesse pelos anjos se renovar!
No livro Celebration of Angels (Celebração dos Anjos), encontramos outras histórias de livramento. Walt Shepard, por exemplo, era um não-crente muito deprimido que havia decidido dar cabo de sua vida: ele enfiou seu carro esporte naquilo que pensou ser um carro abandonado à beira da estrada, e isso a 200 quilômetros por hora. O carro explodiu e os dois veículos pegaram fogo. Se o motorista e o passageiro do carro estacionado não estivessem fora do mesmo, descansando, teriam morrido instantaneamente.
Walt voou através do pára-brisa e caiu por cima do motor em chamas. Preso ali, ele desmaiou. Embora o calor fosse tão intenso que ninguém podia se aproximar para ajudar, os policiais assistiram com assombro como dois homens, que apareceram não se sabe de onde, tiraram Walt do fogo, seguraram-no e ajudaram os paramédicos a colocá-lo na ambulância. Tanto os policiais como o gerente do Hotel Holiday Inn próximo "confirmaram que os dois seres se aproximaram do carro como se não houvesse fogo. As pessoas disseram que o calor do que queimava era tão forte que mantinha as pessoas entre 18 e 35 metros de distância. Os policiais que atenderam a ocorrência ficaram emudecidos pelo salvamento singular que presenciaram."17 Embora Walt tenha quase morrido, e tenha passado por vários meses de hospitalização com o corpo envolto em ataduras, ele reconheceu que só pode ter sido salvo por anjos. Estava claro: agora ele sabia que Deus queria que ele continuasse vivo. O resultado da experiência dele foi a aceitação de Cristo como seu Senhor e Salvador pessoal.
Há outros relatos de cristãos que ouviram vozes de advertência prevenindo-os a não fazerem alguma coisa ou a não irem a um dado lugar - advertência que, mais tarde comprovaram, salvou a vida deles.1819
Ainda temos a história de David Moore e seu amigo Henry Gardner, presos num pequeno avião, em meio a um denso nevoeiro, e com pouquíssimo combustível. Eles se comunicaram pelo rádio com o aeroporto de Ashville, na Carolina do Norte, pedindo instruções para a emergência, mas foram informados de que a pista estava fechada devido ao nevoeiro e que o aeroporto não possuía condições para o pouso de emergência por instrumentos. Os pilotos foram instruídos a voltar e aterrizar em Greenville.
Henry avisou a torre de controle de que não havia combustível suficiente para retornarem a Greenville e que, portanto, precisavam aterrizar imediatamente. Houve um breve silêncio. Aí ouviram uma voz dizendo que a aterrizagem havia sido autorizada e que os preparativos de emergência estavam sendo feitos. O controlador de tráfego aéreo passou a dar-lhes instruções específicas e detalhadas, que permitiram que o avião aterrizasse -sob outras circunstâncias isso seria impossível. Numa voz ainda trêmula, Henry agradeceu ao controlador de tráfego aéreo por haver salvo a vida deles. Outro silêncio. O controlador respondeu: "Do que é que você está falando? Nós perdemos o contato de rádio com vocês quando dissemos para retornarem a Greenville." "Vocês o quê?", Henry perguntou, incrédulo. "Nós não ouvimos vocês depois daquilo, e nem ouvimos vocês falando conosco ou com quem quer que seja", retrucou o controlador. "Ficamos abismados em avistar vocês quando cruzaram as nuvens."
A torre de controle de Ashville jamais deu permissão de pouso àqueles pilotos, porque simplesmente não podia - estava incapacitada de orientá-los a fazerem um pouso seguro.20
Há centenas de histórias assim narradas na literatura angelical moderna. Embora muitas vidas sejam salvas, muitas outras obviamente não são. Por que Deus ajuda uns e não a outros é algo que devemos deixar a critério da sabedoria dEle. Mas não restam dúvidas de que os anjos estão mais ativos neste mundo do que a maioria das pessoas têm consciência. Como o servo de Eliseu, se o véu fosse removido, as pessoas comuns ficariam de queixo caído (2 Reis 6.15-17).
Os anjos podem tocar em nossas vidas a qualquer momento. Podemos descansar seguros de que, caso uma intervenção angelical se faça necessária para cumprir os propósitos de Deus, ela ocorrerá.
8. Todo mundo tem anjo da guarda?
Embora as Escrituras não afirmem taxativamente que todos têm um anjo da guarda, muitos comentaristas pensam que isso poderia ser o caso, ao menos dos crentes. Não restam dúvidas de que, devido às hostes inumeráveis de anjos e ao amor de Deus pelo Seu povo, essa seria a conclusão lógica. Biblicamente falando, parece que ao menos as crianças possuem anjos da guarda (Mateus 18.10).
Quer todo crente tenha um ou não, existem aqueles que só poderiam ser chamados de "anjos da guarda" - aqueles anjos que Deus envia em momentos específicos para guardar, encorajar e proteger o Seu povo. Novamente, isso pode ocorrer entre crentes quando serve aos propósitos de Deus. Há, obviamente, muitos incrédulos que ainda chegarão à fé em Cristo, que podem passar por crises pessoais ou situações onde a vida corre perigo, circunstâncias onde a intervenção angelical é necessária para que essas pessoas sobrevivam e se tornem crentes (Hebreus 1.14).
Mas a questão aqui não é se crentes, ou mesmo incrédulos, possuem anjo da guarda. Nossa preocupação se prende à ênfase dada pela literatura angelical moderna que afirma que todos têm anjo da guarda a quem devem contatar especificamente para obter instrução constante e direção espiritual. Como afirmam Terry Lynn Taylor e Mary Beth Crain em seu livro de devoções diárias inspirado pelos "anjos" populares: "Todos têm um anjo da guarda", e: "Quando Deus olha para você, Deus enxerga dois seres: você e seu anjo da guarda. Seu anjo da guarda é seu companheiro de jornada espiritual para a vida toda... Seu anjo da guarda sabe para que você veio a este mundo... Conhecer seu anjo da guarda haverá de ajudar você a conhecer a si mesmo."
Continua...
Notas
1. Em Marilyn Carlson Webber e William D. Webber, A Rustle of Angels: Stories about Angels in Real-Life
and Scripture (Grand Rapids, Ml: Zondervan, 1994), p. 19.
2. Angels II: Beyond
the Light, NBC, 30 de outubro de 1994,
apresentadora Stefanie Powers.
3. Ibid.
4. Artigo de capa, Time,
27 de dezembro de 1993, p. 58.
5. Cf., John Ankerberg e John Weldon, The Facts on Islam (Eugene, OR: Harvest House, 1992).
6. Billy Graham, Angels: God's Secret Agents (Dallas, TX: Word, 1975), p. 17.
7. Cf., M.
Cameron Gray, ed., Angels and Awakenings: Stories of the Miraculous by
Great Modern Writers (NY: Doubleday, 1994), pp. xv. xvi.
8. Veja John Ankerberg e John Weldon, Os
Fatos Sobre Criação e Evolução (Porto Alegre,
RS: Obra Missionária Chamada da Meia-Noite, 1995).
9. Timothy Jones, Celebration of Angels (Nashville: Nelson, 1994), p. xii.
10. Time, 27 de dezembro de 1993, p. 56; David Briggs, "Heavenly messengers Offer Comfort in Difficult
Times", Chattanooga New Free Press, 19 de setembro de 1992, p. B 5.
11. Time, 27
de dezembro de 1993, p. 58.
12. Terry Lynn Taylor e Mary Beth Crain, Angel
Wisdom: 365 Meditations and Insights from the Heavens (NY:
Harper Collins, 1994), 3 e 23 de fevereiro; 18 de maio; 16 de novembro; e
passim.
13. Cf., A. C.
Gaebelein, What the Bible Says about Angels (Grand Rapids, Ml: Baker, 1987), pp. 29-35.
14. Gaebelein, What the Bible Says, cap. 3; C. Fred Dickason, Angels: Elect and Evil (Chicago, IL: Moody Press, 1975), cap. 6; John Ankerberg e John Weldon, Os Fatos Sobre Jesus, o Messias (Porto Alegre, RS: Obra Missionária Chamada da
Meia-Noite, 1995).
15. Jones, Celebration, pp. 3-16, 54-61.
16. Webber e
Webber, A Rustle, p. 16.
17. Jones, Celebration, pp. 3-4.
18. Ibid., pp. 15-17.
19. Joan Wester
Anderson, Where Angels Walk (NY: Valentine, 1992), pp. 26-27, 34, 46, 94-95,
121-124, 215-218, e passim.
20. Ibid., pp. 23-27.
Texto extraído do livro: Os Fatos Sobre os Anjos de John Ankerberg e John Weldon
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