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terça-feira, 29 de novembro de 2011

O Mundo Preparado Para Cristo


          Há mais de 2.000 (dois mil) anos atrás, quando Jesus nasceu, a terra a qual chamamos de Palestina estava sob o domínio do império romano. Deus, como sempre, de antemão, já havia preparado o terreno para dar início ao período do cristianismo na história. Foi uma derrocada para satanás, uma resposta por ter agido contra o homem levando-o a queda como bem sabemos pelo que está escrito em Gên. 3. A vinda de Jesus ao mundo foi o maior acontecimento para a história da humanidade, pois sem este acontecimento, não teríamos os outros que se sucederam, como a vida, obra, morte e ressurreição. E como aprendemos desde pequenos na escola, a nossa história ficou dividida em antes de Cristo (a.C.) e depois de Cristo (d.C.).
          Vemos o seu nascimento ocorrido no período de dominação romano. Lucas nos dá algumas afirmações sobre isso, ele diz que César Augusto mandou fazer um recenseamento no império. Quirino, o responsável pela região da Síria, tomou as providências necessárias para que isso acontecesse. A partir daí vemos José e sua esposa Maria se deslocando de Nazaré, na Galiléia, para a Judéia, onde ficava a pequena cidade de Belém (Luc. 2:1-7). Antes desse acontecimento, o Senhor absoluto da história conduziu eventos significativos na vida de nações e impérios.
          Grandes governantes do passado, tais como: generais, sacerdotes, escribas e outros líderes dos antigos impérios assírio, babilônico, persa, grego e romano foram conduzidos por Deus no preparo do mundo para a chegada de seu Filho, Jesus, em especial através das relações que seus povos tiveram com os judeus.

Domínio romano

O domínio romano.


          No fim da revelação do A.T., mais especificamente na época do profeta Malaquias, os romanos ainda não tinham uma presença de peso na área internacional. Quando os judeus, recém-chegados do cativeiro na Babilônia, construíam e dedicavam o Templo (Ed. 1:2-3), Roma dava seus primeiros passos rumo ao cenário mundial, como grande potência.

Deus trabalhou no âmbito sócio-político.


          Deus atuou no meio das nações da antiguidade fazendo com que seus desígnios fossem estabelecidos. Os romanos começaram submetendo os povos do Ocidente latino. Depois de duras batalhas, dominaram os cartaginenses, na África, que começavam sua hegemonia. Logo após, chegou a vez dos gregos serem derrotados. E não demorou muito tempo, o Oriente também começou a girar em torno do império romano. Logo o Egito se submeteu e a Síria, que estava bem próxima da Palestina. Pouco tempo depois o território judeu, com o seu povo, foi incorporado ao império romano. e foi nesse quadro sócio-político que nasceu o Salvador, Jesus Cristo.
          Foi de grande valor a formação deste grande império para a chegada do Salvador, o Messias tão ansiosamente esperado, por que as fronteiras acabaram por ser eliminadas, liberando assim um vasto território para que as viagens missionárias acontecessem. O mundo conhecido da época podia ser evangelizado sem barreiras de alfândegas e uma grande quantidade de burocracias que poderiam emperrar o crescimento da igreja, que logo em seguida começou a dar os seus primeiros passos na história. Muitos missionários de nossos dias encontram inúmeras barreiras que os impedem de pregar o Evangelho em diversos países, algo pouco existente naquela época.


Acontecimentos religiosos.


          Antes da chegada dos romanos, os povos da Síria deram um pouco de trabalho para os judeus, tentando incorporar sua adoração politeísta, ignorando desta forma a adoração monoteísta ao Deus criador dos céus e da terra, YHWH, profanando o Templo de Jerusalém, através de seus rituais considerados abominações para os judeus, quando sacrificaram porcos dentro do Templo. Isso foi considerado como uma afronta a fé judaica, perseguição aos valores e a fé do povo. Não conformado com tal situação, um sacerdote já velho de nome Matatias, auxiliado por seus filhos, homens corajosos, reuniu um pequeno exército que conseguiu rechaçar por um tempo os sírios.
          Com a morte do pai, os filhos continuaram a guerra pela libertação do povo, e como tinham uma herança religiosa, foram encorajados com grande destaque para um dos irmãos, chamado de Judas Macabeu, o qual venceu muitas lutas contra os inimigos, mesmo estando em desvantagem militar. Após sucessivas lutas e vitórias, Judas foi morto em combate, sendo sucedido por seu irmão Jônatas, que também continuou a luta armada. O período conhecido como dos macabeus foi de 169 a.C. até 63 a.C., foram quase cem anos de resistência e luta pela preservação da fé judaica, de Moisés e dos profetas. Todos esses fatos estão registrados nos livros apócrifos dos Macabeus. O apóstolo João, de certa forma, faz referência ao período macabeu quando registrou em seus escritos Jesus Cristo passeando pelo Templo na ocasião da festa da Dedicação, que havia sido instituída no ano de 165 a.C., em comemoração a purificação e dedicação do Templo, restaurado pelos filhos do sacerdote Matatias.
          João cita este acontecimento no cap. 10:22-23. O Templo precisou ser purificado dado o fato do rei da Síria, Antíoco IV Epifânio ter profanado o mesmo, ele entrou no Santo dos Santos oferecendo porcos ao "deus" Júpter sobre o altar e espargiu o sangue no edifício, e ainda proibiu a observação da Lei (Dan. 11:29-31). No mês de Dezembro, os judeus comemoram o "Chanucá", ou festa das Luzes, que corresponde à festa da Dedicação, que tem esse nome por causa da grande iluminação usada neste dia.

Tábuas da Lei

A Lei Mosaica.


          Na vida do povo de Israel, sempre teve muita importância a Lei de Moisés (Deut. 33:2-3), e a partir dos tempos dos macabeus, até os dias do nascimento de Jesus, os sacerdotes acumularam o poder religioso e político e foram se fortalecendo gradativamente. Havia uma luta pela liderança civil e religiosa que se fazia dentro dos grupos dos escribas e fariseus, e estes eram verdadeiros partidos políticos e que garantiam posições na condução dos negócios civis e religiosos (Mt. 26:3-4). Também havia o partido dos saduceus, que tinham uma visão pouco aberta ao sobrenatural, fato demonstrado quando discutiram com Paulo no Sinédrio (At. 23:8). Outro grupo conhecido foi o dos herodianos, suas intenções eram mais políticas do que religiosas, o que fica evidente quando tentaram armar uma cilada para Jesus (Marc. 12:13-14). E finalmente, os zelotes, estes, nacionalistas, sempre tentando criar insurreição contra Roma. Um dos discípulos do Senhor era do partido dos zelotes, Simão (Luc. 6:15).

Cultura.


         A língua grega teve grande influência na época, antes do império romano se tornar organizado, existiu o império grego. *Os judeus do Novo Testamento e todo o mundo mediterrâneo falavam grego (At. 21:37). O A.T. foi traduzido para o grego por Setenta sábios judeus, dando a esta tradução o nome Septuaginta. O Novo Testamento foi escrito em grego, o qual servia como um grande veículo para a propagação do Evangelho por Paulo e pelos crentes primitivos. O grego permaneceu a língua da Igreja cristã até os meados do segundo século.
          A Grécia sustentou um império e espalhou sua cultura pelo mundo. Quando o império romano foi formado, encontrou um mundo de cultura grega, que falava o grego em toda a parte. A obra de disseminar a língua e a cultura grega foi de Alexandre, o Grande, da Macedônia, que formou um grande império, influenciando muito no preparo do mundo para a vinda de Cristo. Daniel, o profeta, previu a chegada de Alexandre o Grande com essas palavras: "Depois, se levantará um rei, poderoso, que reinará com grande domínio, e fará o que lhe aprouver. Mas, no auge, o seu reino será quebrado, e repartido para os quatro ventos do céu; mas não para a sua posteridade, nem tão pouco segundo o poder com que reinou, porque o seu reino será arrancado e passará a outros fora dos seus descendentes" (Dan. 8:21-22; 11:3-4).
          Como podemos ver pela história, Alexandre fez o que quis, anexou as nações que intentou reunir para formar o seu império, levou a língua e a cultura dos gregos ao mundo conquistado e morreu muito jovem, antes de ver todos os seus planos realizados, reinando cerca de 10 anos. Os seus quatro generais, que não eram seus descendentes, dividiram o seu reino, porque não tinha descendentes para reinar em seu lugar. Esta língua teve grande importância para a divulgação do Evangelho. Tamanha foi a importância do grego, que todos os livros do Novo Testamento tiveram suas versões escritas em grego.
          Deus lançou o seu Amor para o mundo para salvá-lo (Jo. 3:16), e fez com que os seus planos fossem realizados para que o mundo pudesse receber Jesus Cristo, o Filho Amado (Mt. 3:17). Deus fez com que sua Palavra fosse registrada na história, e Jesus nos aconselhou a conhecer essa Palavra (Mt. 22:29 / Marc. 12:24), Deus queria fazer o que tem feito através dos séculos e ainda continua a fazer: derramar o seu grande amor em nossos corações.
          Deus governa a história e o desenrolar dela, no livro dos Salmos está escrito: "Nosso Deus está nos céus; ele faz tudo o que lhe apraz" (Sal. 115:3), Ele governa tudo desde os altos céus e faz a história acontecer conforme os seus altos desígnios. Ele estabeleceu um plano para o ministério de Jesus, o qual não pôde ser impedido por nada nem ninguém, nenhum grande império frustrou o que Ele planejou desde a eternidade (isso me impressiona muito, muito mesmo!!!). O cristianismo nasceu dentro de um quadro sócio-político defino, a língua era a grega, a cultura, os costumes, e o Evangelho foi pregado àquela região e ao mundo da época. Tudo preparado para a chegada do Rei dos reis, até mesmo em nossos dias, tudo contribui também para o seu retorno. Aleluia!!!

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Fontes:
Reis dos reis
Dicionário Bíblico de Almeida, 2ª Ed.
Dicionário Bíblico Universal, Buckland
*Pequena Enciclopédia Bíblica. Boyer, Orlando

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