“O que realmente irrita os muçulmanos?”, vira meme nos EUA
Milhares de muçulmanos estão sendo “vítimas” de um novo meme que está entre os assuntos mais comentados do momento no Twitter. A revista Newsweek desta semana publicou como matéria principal um longo artigo assinado por Ayaan Hirsi Ali, uma ex-muçulmana nascida na Somália escritora que se descreve como uma “combatente no choque de civilizações”.
Ela faz uma análise de como os protestos contra um filme online que zomba do profeta Maomé acabou resultando em várias mortes em todo o mundo, incluindo a do embaixador dos EUA na Líbia. Lembra ainda a reação dos islâmicos contra romance assinado por Salman Rushdie, “Os Versos Satânicos”, publicado em 1989. Na época uma recompensa foi oferecida por sua morte.
“Em 23 anos as coisas não mudaram muito”, argumenta Ali. ”Os homens e mulheres muçulmanos (e sim, há muitas mulheres) que apoiam a ideia de que os blasfemos merecem sofrer punição não são um punhado espalhados por aí. Pelo contrário, eles representam a grande parte do Islã contemporâneo”, argumenta.
O título da capa da Newsweek é “Muslim Rage” [raiva muçulmana] e tem como subtítulo: “Como eu sobrevivi. Como podemos acabar com isso?”. Ela fez então uma crítica aguda da violência islâmica e como ela experimentou isso ao decidir abandonar a religião muçulmana.
Mas na manhã desta terça-feira, no Twitter, o que era pra ser uma reflexão séria sobre o assunto acabou transformando os muçulmanos em alvo de milhares de piadas.
O site da revista sugeriu que os leitores debatessem o tema, usando uma hashtag (#muslimrage) como é comum no microblog. Em pouco tempo ela se popularizou, com milhares de pessoas escrevendo sobre o assunto ao mesmo tempo.
Alguns dos tuites eram sérios e tratavam de problemas de discriminação sofridos pelos muçulmanos. Muitos diziam que o que lhe deixava com raiva eram piadas no trabalho, as restrições islâmicas sobre comer carne de porco e beber vinho, ou o longo jejum durante o Ramadã.
Mas a maioria deles passou a ironizar os costumes islâmicos. As frases diziam coisas como:
Passar horas no cabeleireiro e ninguém poder ver porque é obrigada a usar um véu #muslimrage.
Colocar o nome do filho de Jihad [Guerra Santa] e não poder gritar seu nome em público #muslimrage.
Nunca poder comer bacon no café da manhã #muslimrage.
Poder casar com várias mulheres mas não ter dinheiro pra sustentar nenhuma #muslimrage.
Obviamente a resposta das lideranças muçulmanas foi bastante negativa. Vários clérigos pediram que as pessoas que honravam a sua fé abandonassem a rede social.
Com informações The Daily Beast
Brincadeira no Twitter gera protesto
de muçulmanos
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Ela faz uma análise de como os protestos contra um filme online que zomba do profeta Maomé acabou resultando em várias mortes em todo o mundo, incluindo a do embaixador dos EUA na Líbia. Lembra ainda a reação dos islâmicos contra romance assinado por Salman Rushdie, “Os Versos Satânicos”, publicado em 1989. Na época uma recompensa foi oferecida por sua morte.
“Em 23 anos as coisas não mudaram muito”, argumenta Ali. ”Os homens e mulheres muçulmanos (e sim, há muitas mulheres) que apoiam a ideia de que os blasfemos merecem sofrer punição não são um punhado espalhados por aí. Pelo contrário, eles representam a grande parte do Islã contemporâneo”, argumenta.
O título da capa da Newsweek é “Muslim Rage” [raiva muçulmana] e tem como subtítulo: “Como eu sobrevivi. Como podemos acabar com isso?”. Ela fez então uma crítica aguda da violência islâmica e como ela experimentou isso ao decidir abandonar a religião muçulmana.
Mas na manhã desta terça-feira, no Twitter, o que era pra ser uma reflexão séria sobre o assunto acabou transformando os muçulmanos em alvo de milhares de piadas.
O site da revista sugeriu que os leitores debatessem o tema, usando uma hashtag (#muslimrage) como é comum no microblog. Em pouco tempo ela se popularizou, com milhares de pessoas escrevendo sobre o assunto ao mesmo tempo.
Alguns dos tuites eram sérios e tratavam de problemas de discriminação sofridos pelos muçulmanos. Muitos diziam que o que lhe deixava com raiva eram piadas no trabalho, as restrições islâmicas sobre comer carne de porco e beber vinho, ou o longo jejum durante o Ramadã.
Mas a maioria deles passou a ironizar os costumes islâmicos. As frases diziam coisas como:
Passar horas no cabeleireiro e ninguém poder ver porque é obrigada a usar um véu #muslimrage.
Colocar o nome do filho de Jihad [Guerra Santa] e não poder gritar seu nome em público #muslimrage.
Nunca poder comer bacon no café da manhã #muslimrage.
Poder casar com várias mulheres mas não ter dinheiro pra sustentar nenhuma #muslimrage.
Obviamente a resposta das lideranças muçulmanas foi bastante negativa. Vários clérigos pediram que as pessoas que honravam a sua fé abandonassem a rede social.
Com informações The Daily Beast
Fonte: Gospel Prime
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