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sábado, 13 de agosto de 2011

Estudo sobre as 7 igrejas de apocalipse. Pérgamo

PÉRGAMO.
"Templo da Trajano construído em Pérgamo"
INTRODUÇÃO

A terceira carta foi dirigida à Igreja de Pérgamo. “Pérgamo” significa “mal casamento”. É uma Igreja mundana, “casada” em partes com o mundo e seu sistema, contaminada com costumes não cristãos. Representa para alguns a Igreja dos anos 313 a 600 d.C. , quando se deu o gênesis da união do Estado com a Igreja (de acordo com a teologia e a história da Igreja) - apesar de termos muitas peculiaridades dessa igreja em nosso momento atual.

Diz um antigo escritor, que Pérgamo era a cidade mais idólatra de toda província da Ásia. Era cidade famosa por sua escola de medicina. O deus da saúde – Esculápio, simbolizado por uma serpente, era adorado. Também ali era adorado Baco, o deus do vinho e da diversão.

SOBRE A CIDADE

PÉRGAMO: A mais importante cidade de Mísia, a beira do rio Caicos e 30 km distante do mar Egeu. É celebre pelo fato de ser ali que o pergaminho foi primeiramente preparado, daí o seu nome, Pérgamo. Teve também uma biblioteca, com 200.000 volumes, que depois foram levados para Alexandria. Segundo uma lenda era Pérgamo terra sagrada por ter aí nascido o deus Júpiter. Quando dominavam os reis atálicos, tornou-se Pérgamo uma cidade de Templos, colégios (principalmente o de medicina) e palácios reais, e era considerada a primeira cidade da Ásia. Um dos seus principais monumentos era um templo dedicado a Esculápio (o deus da saúde), sendo este um deus representado por uma serpente, visto como a medicina desse tempo compreendia entre os seus agentes curativos os encantos e os encantamentos. Interessante notarmos que hoje a medicina usa a cobra no seu logotipo. Será simples coincidência?

A ESPADA DE DOIS GUMES

“Ao anjo da igreja em Pérgamo escreve: Isto diz aquele que tem a espada aguda de dois gumes” (Ap 2.12). “Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à submissão, para que, depois de pregar a outros, eu mesmo não venha a ficar reprovado” (ICo 9.27).

Quando o Senhor Jesus disse que tinha uma espada de dois gumes, estava falando da sua Palavra (Ef 6.17), a qual tem dois gumes, cortando dos dois lados. A Palavra de Deus corta ( exorta, consola e edifica) tanto quem ouve quanto quem prega. Na verdade o pregador deveria ser o primeiro a experimentar a Palavra e assim, depois, ministrá-la aos outros. O Apóstolo Paulo era um verdadeiro pregador da palavra de Deus, ele afirma que se subjugava primeiro e depois manifestava a Palavra aos outros. Isso nos mostra, principalmente nos dias atuais, que devemos viver a Palavra na prática, como cristãos autênticos e não só de boca. Quando nos cortamos com ela, fica visível. Nota-se que algo nos aconteceu, percebem o sangue, não o nosso, mas o de Jesus. Todos notam o ocorrido, ao contrário da faca física, as pessoas percebem que o corte dado foi muito bom, pois o mal foi cortado e lançado fora: o vício, as drogas, as velhas manias, os adultérios, a prostituição, o coração rancoroso... E tantas outras coisas mudaram no nosso interior. É assim, quando experimentamos o corte da Palavra de Deus, podemos testemunhar e mostrar o efeito benéfico desse corte.

DEUS SABE

“Sei onde habitas, que é onde está o trono de Satanás; mas reténs o meu nome e não negaste a minha fé, mesmo nos dias de Antipas, minha fiel testemunha, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita” (Ap 2.13).

Sei onde habitas – Deus é Onisciente (sabe tudo), Onipotente (tem todo poder), Onipresente (está em todos os lugares). É impressionante como tem gente que se esquece dos atributos de Deus e do seu poderio e tentam esconder as coisas do Senhor. São pessoas que enganam os companheiros com a sua falsa conversa, que escondem os fatos dos irmãos, mentem aos seus pastores e enganam a quase todos com a sua pseudo-bondade, todavia o Senhor declara a sua Igreja: “EU SEI”. O Espírito Santo sabe tudo: o que você faz, o que você esconde, o que se “varre para baixo do tapete”, onde você anda, onde realmente está o seu coração... Ele sabe tudo. O melhor que temos a fazer é não tentar enganá-lo, precisamos ser sinceros com Ele.

Onde está o trono de Satanás – Isto sem dúvida é uma referência à seita pagã babilônica, ocultista, que mudou-se para Pérgamo, vinda de Babilônica (o centro do espiritismo nos tempos primitivos), quando os conquistadores persas dominaram o mundo. Vemos assim, que quando o diabo não consegue enfraquecer a Igreja pela perseguição e sofrimento (V.10), procura fazê-lo pela corrupção da fé, adulterando a Palavra de Deus e semeando falsas doutrinas. “Antipas” mencionado por seu nome, por Jesus, indica que Deus conhece os seus pelo nome, o que indica carinho e atenção pessoal.

Onde satanás habita – É triste até comentar isso, mas temos que fazê-lo. A referida Igreja abaixou “a guarda” e o inimigo entrou e se entronizou no meio do povo de Deus. O Senhor Jesus disse que satanás habitava ali e pelo contexto não parece referir-se à cidade de Pérgamo simplesmente, mas a própria Igreja. Temos que estar sempre alertas à toda novidade doutrinária e preparados para enfrentá-las. Em nossos dias novas doutrinas surgem a cada minuto, pregadores e mais pregadores tem trazido novidades ao seio da Igreja e temos engolido miseravelmente. Se não voltarmos à pureza da Palavra de Deus, cairemos no erro desta Igreja citada acima e satanás se entronizará em nosso meio. O inimigo sabia muito bem que se ele conseguisse juntar política e poder religioso, conseguiria controlar o povo em geral.

Por isso, o diabo começou a introduzir costumes pagãos dentro da igreja, quando a igreja se contamina com o mundo e seus procedimentos acaba por perder algo que não pode faltar em sua esfera de ação, que é a autoridade diante de Deus, a igreja passou então a crescer financeiramente, perdendo porém a autoridade. A igreja que passou a aceitar os falsos ensinos, acabou por aceitar um politeísmo mascarado em forma de “santos e anjos”.

Convido você, meu irmão, a lutar e guerrear no mundo espiritual pela sã doutrina, a qual o diabo quer deturpar; Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo grande desejo de ouvir coisas agradáveis, ajuntarão para si mestres segundo os seus próprios desejos (II Tm 4.3). E é isto que estamos presenciando em nossos dias.

BALAÃO

“...entretanto, algumas coisas tenho contra ti; porque tens aí os que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel, introduzindo-os a comerem das coisas sacrificadas a ídolos e a se prostituírem” (Ap 2.14). Preste muita atenção nisso, meu irmão e irmã.

A doutrina de Balaão – É a mistura espiritual da Igreja com o mundo, quanto às suas práticas e procedimentos, perdendo ela assim sua pureza e santidade. Foi isso que Balaão fez a Israel, induziu os israelitas a se prostituírem com mulheres pagãs. Ele, que era profeta de Deus, se contaminou por causa do dinheiro e ensinou a Balaque (inimigo do povo de Israel), rei dos moabitas, a lançar tropeços diante dos filhos de Israel para contaminá-los. Assim, por conselho de Balaão, Israel profanou sua separação do mal e interrompeu sua peregrinação para a Terra prometida (Nm 25.1-3).

Diz a Palavra de Deus em Nm 25.1 que “Israel deteve-se em Sitim” (versão ARC), quando já estavam próximo de Canaã, e a causa disso foi esta que acabamos de mostrar. O mesmo acontece hoje, sempre que a Igreja se mistura com o mundo – ela pára, se detém, imobiliza-se. É a união da Igreja com o mundo, como milhões estão querendo.

Há dois males citados na Bíblia, da parte de Balaão: “O caminho de Balaão” (II Pe.2:15), e o “erro de Balaão” (Jd.v.11).

O caminho de Balaão – Está em Nm 22-24. Ele queria ganhar o prêmio oferecido pelo rei Balaque e ao mesmo tempo agradar a Deus. Impossível! Vemos hoje obreiros igualmente mercenários, abraçando o ministério evangélico como se este fosse uma profissão rendosa. É o profissionalismo “espiritual” ou “os profissionais da fé”, hoje isso é bem comum nas Igrejas, principalmente nessas neo-pentecostais, onde as pessoas não conhecem os seus pastores e cada dia se deparam com um cidadão diferente, sem saberem quem é e de onde veio, mas ouvem e se alimentam sem saber a procedência do pregador. Transformam as práticas da vida cristã, tanto as individuais como as do culto coletivo, em secularismo ou profissionalismo puro. Ler Mt 6.24.

O erro de Balaão – Balaão raciocinando do ponto de vista natural, humano, via mal em Israel e achava que Deus devia amaldiçoá-lo. É hoje o mal do racionalismo humano dentro da Igreja. É querer interpretar as coisas de Deus – a Sua Palavra, sua doutrina, sua Igreja, seus caminhos, somente pelo nosso raciocínio. É a dependência do intelectualismo. Num tempo como o atual em que a Igreja toda se acultura o perigo do racionalismo humano nas coisas de Deus está aí.

A DOUTRINA DOS NICOLAÍTAS

“Assim tens também alguns que de igual modo seguem a doutrina dos nicolaítas” (Ap 2.15).
A palavra “Nicolaíta” é derivada de Nicolau (Gr.) Niko=conquistador e Laos=povo, ou seja, conquistador ou dominador do povo, tinha como objetivo desviar Deus do centro e centrar-se nos homens. Os Nicolaítas praticavam todo tipo de sensualidade, e estabeleceram um tipo de hierarquia eclesiástica.

Já comentamos sobre os Nicolaítas (Ap 2.6) na carta à Igreja de Éfeso, entretanto o que nos chama a atenção é que, o que era “obra dos nicolaítas”(Vrs. 6) tornou-se agora “doutrina”. Isso nos faz ficar em sinal de alerta para o fato do rápido progresso do mal sobre a Igreja. As heresias não são aberrações como se pensam, mas muito pelo contrário, elas são “floridas” e atraentes ao mais fervoroso e devoto cristão. É ai que a comunhão com o Espírito Santo é de vital importância, pois é Ele que nos mostra toda verdade, leiamos:

“Quando vier o Ajudador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que do Pai procede, esse dará testemunho de mim” (Jo 15.26). “E quanto a vós, a unção que dele recebestes fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina a respeito de todas as coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como vos ensinou ela, assim nele permanecei” (I Jo.2.27).

A única vacina contra as heresias é o conhecimento da Palavra e a comunhão com o Espírito Santo, só assim há proteção. Esse é um dos motivos do Senhor dizer no final de todas as suas cartas: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas”.


CONTRA ELES


“Arrepende-te, pois; ou se não, virei a ti em breve, e contra eles batalharei com a espada da minha boca" (Ap 2.16).

“Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de ti, que trabalhe a favor daquele que por ele espera” (Is 64.4 - ARC).

A Bíblia nos mostra que o nosso Deus tem prazer em operar, trabalhar em nosso favor. Isso acontece quando aceitamos a sua Palavra e por ela andamos. Entretanto, quando nos voltamos contra a Palavra e a vontade de Deus, e pior, quando sabemos o certo e fazemos o errado, Deus vira-se contra nós. O texto diz que o Senhor virá e com a espada da sua boca (a Palavra) e batalhará contra aquele que outrora Ele era a favor. Saiba meu irmão que o Senhor o ama, que a sua Palavra é para o seu bem, mas se recusar e virar-se contra o seu Criador terás o Senhor, que nunca perdeu uma batalha contra você. Fique do lado certo da batalha e seja abençoado pelo Senhor.

O MANÁ E A PEDRA BRANCA

“Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. Ao que vencer darei do maná escondido, e lhe darei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe” (Ap 2.17).

O maná escondido: O maná escondido e o maná do deserto são duas coisas diferentes. Quando o povo de Israel estava no deserto, o maná descia dos céus diariamente para que eles pudessem comer. Então Moisés disse a eles que pegassem um pote de ouro, que o enchesse com certa quantidade de maná (um ômer), e guardassem-no na arca do Aliança (a qual continha os mandamentos). Quando as próximas gerações perguntassem sobre o assunto, eles deveriam dizer-lhes como Deus enviou o maná dos céus para alimentá-los, enquanto estavam no deserto, e agora eles tinham o maná na arca como evidência (Êx 16.14-35).

Os das gerações posteriores que não sabiam como era o maná poderiam ser esclarecidos pelo maná da arca. Então eles saberiam. Mas aqueles que já haviam comido do maná teriam outro sentimento em relação ao maná escondido. Eles conheceram o sabor; portanto, quando o vissem novamente, eles teriam uma espécie de recordação. Os que não o provaram, embora pudessem saber o que era, não teriam tal recordação. Ao vencedor o Senhor daria de comer do maná escondido; o que significa que eles teriam recordações. Todas as nossas experiências diante de Deus são válidas e não são perdidas. Muitos irmãos se perguntam: O que estou passando terá alguma utilidade na eternidade? Se você conhece o significado do maná escondido, você saberá se isto terá alguma utilidade ou não. Se tivermos a oportunidade de ver o “maná escondido”, então seremos capazes de rememorar uma vez mais o “maná diário”. Qualquer dificuldade que passarmos, ou quaisquer lágrimas que derramemos hoje, tornar-se-ão mais tarde nossa lembrança. Para mim, o maná escondido é o maná diário. Os que nunca têm visto o maná, naquele dia quando virem o maná escondido, não terão nenhuma recordação. Embora conheçam o guiar da Sua graça, contudo não comeram. Mas os que têm comido dele estarão cheios de recordação. O maná escondido é um princípio muito grande na Bíblia, e é também um grande tesouro.

Um dia comeremos do maná celestial escondido. Se não tivermos algumas cicatrizes aqui, não somos vencedores. Se nunca passamos estas coisas hoje, então no futuro, mesmo se nos for dado do maná escondido, não haverá nem recordações nem qualquer novo saborear das experiências. Nunca diga que o que você encontra hoje é sem significado. Nenhuma experiência é uma experiência perdida. Naquele dia todos nós iremos ser capazes de relembrar nossas experiências. O maná escondido é conhecido dos que o conhecem, e desconhecido dos que não o conhecem. Hoje passamos por dificuldades e tribulações; naquele dia o Senhor enxugará nossas lágrimas.

A pedra Branca: A história antiga dos gregos e romanos menciona essa pedrinha. 1) Nos tribunais, os juízes tinham pedras brancas e pretas. Se o acusado recebia uma pedrinha preta, estava condenado; se branca, estava perdoado, liberto, livre. 2) Nos jogos públicos, os vencedores recebiam pedrinhas brancas com os seus nomes gravados nelas. Isso lhes dava o direito ao auxílio do governo pelo resto da vida. 3) Também pedrinhas brancas eram fornecidas a certas pessoas para livre trânsito em certas regiões, situações e reuniões. Era o passe, a entrada livre, autorização, nesses casos especiais.

E você meu irmão, quer ter acesso ao Reino de Deus e ser absolvido da condenação eterna? Então aceite a Cristo como seu único e suficiente Salvador.

Bibliografia:
Daniel e Apocalipse – EETDA;
Ortodoxia da Igreja – W. Nee.
Dicionário D. Davis; Ed. Juerp
Anotações particulares do autor.
Pr. João Flávio Martinez (cacp.org)
Adaptação: Luiz Rafael (com autorização)

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