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segunda-feira, 30 de abril de 2012

O Ministério consumado de Cristo

"Está consumado"
Hebreus 7:24-28 / Rom. 5:6 / Jo. 19:17-37

O Ministério público de Jesus teve início quando Ele, em um casamento em Caná da Galiléia, transformou água em vinho (Jo. 2:1-12). Jesus é o Verbo de Deus, o Filho de Deus, o Profeta esperado, o Filho de Davi, Verdadeiro Homem e Verdadeiro Deus; cumprindo perfeitamente o que sobre Ele estava escrito na Lei, nos profetas e nos Salmos (Luc. 24:44). Nada, absolutamente nada de tudo que estava profetizado sobre sua pessoa e obra deixou de se cumprir e, após dar início ao seu Ministério público, andou por toda parte pregando o Evangelho proclamando liberdade aos cativos e fazendo a vontade do Pai (Jo. 4:34; 5:30b), e por fim consumou totalmente este Ministério na cruz do Calvário (Jo. 19:30), onde pronuncia sua famosa frase: "Está consumado".

A consumação do Ministério de Cristo foi, é e sempre será importante para aqueles que creem em seu nome.

O caminho da crucificação

é um fato histórico
A morte de Jesus Cristo na cruz é um fato histórico, e não poderá de forma alguma ser tratada como se fosse alguma coincidência, pois estava previsto nas Escrituras (I Cor. 15:3), afetando a vida de todos os seres humanos. A morte de Jesus não foi apenas a morte de um justo, mas um sacrifício pelos nossos pecados que foi aceito por Deus e que Ele propôs como propiciação pelos nossos pecados (Rom. 3:25).

A crucificação de Jesus é o ápice de seu Ministério, sem a cruz não poderia haver salvação para nós, e sem ela o Ministério de Jesus não poderia ter sido consumado. A Lei e os profetas convergem em Cristo, sendo sua paixão e morte o cumprimento das Escrituras Sagradas (Lc. 24:26-27 e 44-46). Os quatro Evangelhos apontam essa morte como cumprimento das Escrituras dos profetas (Mt.27:35; Mc. 15:24; Lc. 23:34; Jo. 19:24,36,37). a morte de Jesus é a conclusão exata dos ensinamentos do Antigo Testamento.
Jesus Cristo foi interrogado
  1. Jesus entregue aos soldados romanos. Jesus Cristo foi interrogado pelo então governador romana da Judéia, Pôncio Pilatos, que governou entre 26 a.C. a 36 d.C., que na ocasião não achou em Cristo nenhuma culpa (Mc. 15:2-5; Lc. 23:4), mas que por motivos políticos deixou que Jesus Cristo fosse crucificado (Mat. 27; Lc. 13:1). Após ser interrogado, Jesus foi entregue aos soldados romanos para ser crucificado (Mc. 15:15). O nosso Redentor foi condenado injustamente, pois sendo Ele justo padeceu no lugar dos injustos, como está escrito: "O justo padeceu pelos injustos" (I Ped. 3:18), com a finalidade de nos levar até Deus. Por essa razão, todos os pecadores arrependidos podem ser salvos da perdição eterna, do tormento eterno, do inferno de sofrimento sem fim (Lc. 23:43) que virá sobre os filhos da desobediência (Ef. 2:2; Ef. 5:6).
  2. Jesus foi duramente escarnecido pelos soldados romanos (Mc. 15:17-20). O Senhor foi vestido de púrpura, colocaram uma coroa de espinhos sobre a cabeça (v.17) e zombaram d'Ele e so Reino que Ele viera anunciar. Os soldados não pararam por aí, continuaram suas zombarias e ultrajes, feriram a cabeça do Senhor com uma espécie de vara e ainda deram cusparadas em sua face. O desprezo sofrido pelo Senhor por intermédio dos soldados foi terrível, desde o primeiro até o último ultraje, eles agiram contra o Senhor Jesus desprezando a sua pessoa e rebaixando-o com muita indignidade fingindo adorá-lo (v.19), cumprindo o que estava escrito em Isaías 53:3: "Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum." Isso já seria terrível se praticado contra um ser humano normal como eu ou você, agora imagine tudo isso sendo praticado contra o nosso Salvador, aquele que veio entregar a sua vida para nos dar a vida eterna mediante a fé na expiação realizada por ele na cruz (Jo. 10:15,17,28). No último dia, os que creram fervorosamente n'Ele receberão a incorruptível coroa da Glória (I Ped. 5:4).
  3. Jesus foi despojado de suas vestes (Mt. 27:35; Mc. 15:24). Jesus foi despido e crucificado completamente nu, diante de todos os que ali estavam. Os soldados que estavam envolvidos na crucificação, repartiram entre si as vestes do Senhor e lançaram sortes sobre a sua túnica, como podemos ver no Salmo 22:18. O relato da crucificação de Jesus está registrado nos quatro Evangelhos sinóticos, devendo ser entendidos como uma narrativa completa, havendo muita coisa em comum nesses Evangelhos e outras registros que aparecem em apenas um deles, um completa a narrativa do outro, ou seja, são harmoniosos entre si, não havendo contradição, apenas o que um não descreve, o outro descreve completando a narrativa da vida de Jesus. somente Mateus faz o relato da abertura dos sepulcros e da ressurreição dos mortos quando Jesus morreu (Mat. 27:50-53); apenas Lucas relata o arrependimento de um dos malfeitores crucificados ao lado do Senhor (Luc. 23:40-43); o único Evangelho que descreve o Senhor carregando a sua cruz nas costas foi João (Jo. 19:17). Jesus passou grande humilhação e vergonha na cruz por nossa causa. Não havia em nós justiça, Deus nos cobriu com a sua própria consumando-a na cruz do Calvário. Hoje podemos nos apresentar diante de Deus revestidos da justiça que o Senhor nos proveu na cruz.
A morte vicária de Jesus na cruz

A Bíblia ensina que "todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus" (Rom. 3:23) e que o homem é completamente incapaz de salvar-se a si mesmo (Is. 64:6), de alcançar o céu com sua própria força, justiça ou bondade. Por isso deus teve que prover uma salvação de maneira que a paz e a justiça se encontrassem (Sal. 85:10). Então podemos afirmar que o sacrifício de Jesus satisfez toda a justiça que a Lei e os profetas exigiam. O AT não só anuncia a vinda de Jesus com sua paixão e morte como também apresenta a importância do sangue no sacrifício, apontando para o Calvário: "...é o sangue que fará expiação pela alma" (Lev. 17:11). Em Hebreus vemos a confirmação dessas palavras onde podemos ler: "...sem derramamento de sangue não há remissão" (Heb. 9:22). O significado de expiação é reconciliar um relacionamento, restaurar a relação antes quebrada. Na cruz, fomos reconciliados com Deus (II Cor. 5:19; Ef. 2:23-26). Jesus morreu a morte de cruz, que era considerada a pior das mortes que um condenado a morte, pois a posição do crucificado provocava câimbras e alucinações, o que muitas vezes, para aliviar o suplício, dava-se vinagre com fel, considerado um tipo de anestésico que aliviava as dores. Somente os piores tipos de malfeitores recebiam este castigo. Jesus foi condenado como um malfeitor entre malfeitores ( Is. 53:12; Mc. 15:27). A estrutura bíblica gravita em torno da morte de Jesus, a paixão e morte de Cristo é contada como parte da vida terrena d'Ele nos quatro Evangelhos, sendo as evidências externas sólidas e indestrutíveis.
derramou o seu sangue

Historiadores de grande renome, inclusive dentro de círculos não cristãos, ou seja, pessoas que não teriam o mínimo interesse de contribuir com o cristianismo, citam a respeito da morte do Senhor Jesus. Flávio Josefo, historiador judeu que não era um cristão é um desses historiadores:
Nesse tempo, apareceu Jesus, que era um homem sábio, se é que podemos considerá-lo simplesmente um homem, de tão admiráveis que eram a suas obras. Ele ensinava os que tinham prazer em ser instruídos na verdade e foi seguidos não somente por muitos judeus, mas também por muitos gentios. Ele era o CRISTO. Os mais ilustres de nossa nação acusaram-no perante Pilatos, e este ordenou que o crucificassem. Os que o haviam amado durante a vida não o abandonaram depois da morte. Ele lhes apareceu ressuscitado e vivo no terceiro dia, como os santos profetas haviam predito, dizendo que Ele faria muitos outros milagres. é d'Ele que os cristãos, os quais vemos ainda hoje, tiraram o seu nome (Antiguidades, LIVRO 18.4.772). Tácito, historiador romano diz: "Cristo foi executado no reinado de Tibério pelo procurador Pôncio Pilatos" (Anais XV.44.2.3).

  1. Por que Jesus sofreu morte de cruz?
Jesus não era malfeitor, não teve pecados (Jo. 8:46). Jesus é o Cordeiro de Deus (Jo. 1:29) imolado desde a fundação do mundo (Apoc. 13:8). Ele morreu na cruz por que veio para esse fim, o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós e levou sobre si os pecados de muitos (Is. 53:6,12); essa foi a única maneira de salvar os pecadores.

     2.  Por que a morte de Jesus foi vicária?

O termo "vicário" vem do latim "vicarius", que significa, "o que faz as vezes do outro, o que substitui". Portanto, morte vicária quer dizer morte substitutiva, porque Jesus morreu em nosso lugar (I Cor. 15:3; Gál. 2:20). Jesus nos substituiu na cruz, sofrendo uma condenação que não era d'Ele, mas de todo o pecador perdido, resgatando o pecador e livrando-o da condenação da morte, pois está escrito: "A alma que pecar, essa morrerá" (Ez. 18:4b). O ser humano pecou, por isso havia sobre ele uma sentença de morte, devia morrer. Mas Deus por sua misericórdia e infinita graça, enviou seu Filho Jesus Cristo (Jo. 3:16), demonstrando profundo amor pelos homens pecadores, fazendo com que Ele tomasse o nosso lugar e morresse por nós. E por que muitos ainda não foram salvos? Porque a cruz de Cristo é escândalo para os que perecem (I Cor. 1:23). Mas o que há de tão ofensivo na cruz de Cristo que nos proporcionou tão grande salvação? O orgulho e soberba do homem que faz com que este se rebele contra a sentença de Deus, este se ofende porque não intende que Deus não pode aceitar seus esforços e justiças pessoais. O sacrifício de Jesus nos mostra que é impossível ir ao céu pela bondade e força humanas. A salvação é muito mais simples do que nosso esforço, e Jesus realizou tudo por nós, precisamos apenas aceitar isso com humildade. Ao terceiro dia, ressuscitou, subiu ao céu e assentou-se à destra do Pai (Mc. 16:19; Heb. 10:12). A ressurreição de Jesus é um pilar para o cristianismo e é o que o diferencia de todas as religiões da Terra, pois Ele vive para sempre. Os fundamentos da salvação de todo aquele que tem fé n'Ele está posto.

Jesus Morreu para expiar os nossos pecados
vazaram-lhe as mãos e os pés

A queda de Adão mergulhou toda a raça humana na escravidão do pecado (Rom. 3:23; 5:12). O preço de nossa redenção era muito grande (I Cor. 6:20). O preço exigido era de sangue, pois assim se lê em Hebreus 9:22: "sem derramamento de sangue não há remissão".
  1. Jesus pagou o preço (I Cor. 6:20; Mc. 10:45). O nosso Salvador derramou o seu sangue na cruz do Calvário, teve sua fronte furada pelos espinhos (Mc. 15:17); teve suas costas marcadas com os açoites (Jo. 19:1); teve as mãos e pés vazados pelos cravos (Jo. 20:25-27); feriram-lhe o lado com uma lança saindo sangue e água da ferida (Jo. 19:34). Ele derramou o seu sangue (Jo. 19:34) e deu a sua vida para nos resgatar (Mt. 20:28).
  2. "O sangue fará expiação..." (Lev. 16:29-30). Em Israel havia o "dia da expiação"* (hebraico, Yom Kippur), era considerada a mais importante das setes festas que o Senhor havia mandado o povo celebrar. Era um dia de tristeza (Lev. 16:31a), era o dia em que o povo afligia suas almas por causa de seus pecados, haviam rituais a serem feitos no culto com sacrifícios de animais, tudo era voltado para a expiação da culpa. É claro que nada daquilo podia tirar pecados. Por isso aquele cerimonial apontava para o sacrifício perfeito que Cristo realizou na cruz. Este sim, o único sacrifício capaz de tirar pecados, porque "o sangue de JESUS, seu Filho, nos purifica de todo pecado" (I Jo. 1:7b). O sangue era oferecido no altar (Lev. 17:11). Havia a festa anual da expiação (Lev. 16:29-34). Era um estatuto perpétuo. O sacerdote fazia expiação do santuário, da tenda da congregação e do altar; fazia expiação pelos demais sacerdotes e por todo o povo da congregação (vs. 32-34). A expiação era feita com sangue (Lev. 16:27). O animal para a expiação era degolado, o seu sangue levado para dentro do véu e espargido sobre o propiciatório (Lev. 16:15-16). O santuário, com todos os utensílios usados no ofício sacerdotal eram purificados com o sangue. "E quase todas as coisas, segundo a Lei, se purificam com sangue" (Heb. 9:22). Jesus verteu o seu sangue imaculado (sem mancha de pecado), entrou no Santo dos Santos (o verdadeiro, o céu) e compareceu perante a face de Deus por nós obtendo eterna redenção, a redenção de todos os homens, o seu próprio sangue (Heb. 9:12,24-25). Desta forma, Jesus pode salvar todo aquele que n'Ele vier a crer.
De fato Jesus se entregou por nós, Ele deu a sua vida por nós pecadores, como Ele mesmo nos prometeu "...a minha vida...ninguém a tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou..." (Jo. 10:17-18). Jesus consumou plenamente o seu Ministério, a sua morte na cruz satisfez plenamente as exigências da Lei de Deus. Ele pagou um altíssimo preço para nos redimir, foi a maior expressão do amor de Deus, Ele ofereceu o mais perfeito sacrifício, o sacrifício de si mesmo. e com grande voz proferiu as palavras que comprovam a consumação de seu Ministério: "Está consumado" (grego. tetelestái; aramaico, moshallam) era como se fosse uma ordem de soltura dos presos, dizendo que as dívidas estavam pagas, terminadas, sentença cumprida. O brado de JESUS no alto da cruz declara haver concluído a obra de redenção total entregando ao Pai o seu espírito, não foi um está acabado como de um derrotado, mas de um vitorioso que cumpriu a missão que estava proposta para Ele cumprir. E por fim, ressuscitou e está no céu à destra de Deus (Mc. 16:19).
ressuscitou

Deus abençoe a todos na graça salvadora do Senhor Jesus.
 
Fontes pesquisadas:
Dicionário da Bíblia de Almeida-SBB, 2ª Ed. 1999
Cristologia - Esequias Soares, Hagnos Editora
Dicionário Bíblico Universal
*Dia de humilhação e arrependimento nacional entre o povo de Israel, descrito no cap. 16 de Levítico

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