Sem pai, sem mãe |
Esse versículo poderia apoiar a reencarnação?
A epístola aos Hebreus nos diz que Melquisedeque "não teve princípio de dias, nem fim de existência, entretanto, feito semelhante ao Filho de Deus...permanece sacerdote para sempre" (Heb. 7:3). Como Jesus assumiu esse sacerdócio (7:21), alguns que aceitam a reencarnação usam a passagem citada para provar que ele é uma reencarnação de Melquisedeque. Biblicamente, será que eles tem razão?
Com certeza não, pois isso é um mal uso da passagem, o que está claro por diversas razões. Em primeiro lugar, ela diz apenas que Melquisedeque foi "feito semelhante" a Jesus, e não diz que Jesus era Melquisedeque (Heb. 7:3). Em segundo lugar, diz apenas que Cristo foi um sacerdote "segundo a ordem de Melquisedeque" (Heb. 7:17), e não que Ele era Melquisedeque.
Finalmente o fato de que Melquisedeque tenha sido misterioso em seu nascimento e morte, sem genealogia (Heb. 7:3), não prova a reencarnação - isso foi usado apenas como uma analogia ao eterno Messias, Jesus Cristo.
Novamente, vemos em Tiago, um outro texto que os adeptos da reencarnação se apoiam para se referir à reencarnação, que é a expressão "curso da natureza". Esse texto poderia se referir à reencarnação? Será que estariam certos? Vejamos.
Tiago refere-se nessa passagem ao "curso da natureza" (R-IBB, SBTB, EC), que alguns entendem como se referindo a uma "roda viva". Há quem considere ser essa uma referência à reencarnação, por crer que a vida anda em ciclos de nascimento, morte e renascimento (em outro corpo). Será correta esta forma de interpretar essa passagem?
Tiago não está falando de reencarnação. Isso fica evidente por várias razões. Primeiro, o contexto está falando do poder e da persuasão existentes na língua humana e de todos os seus amplos efeitos. Segundo, o "curso da natureza" refere-se ao desenrolar da vida em geral, não que a alma das pessoas seja reciclada. Terceiro, Tiago afirmou haver perdão de pecados (cf. 5:20) e oração de petição (5:15-17), e essas duas coisas são contrárias à doutrina do carma, que está por trás da reencarnação e que afirma que o que for semeado nesta vida será colhido na próxima vida (sem exceções).
Vindo depois o juízo... |
Desde o seu início, a Bíblia jamais usou a palavra reencarnação e nem tampouco o verbo reencarnar. Muito pelo contrário, a Bíblia afirma categoricamente que: "E, como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois o juízo..." (Heb. 9:27). Uma passagem que retrata bem o caso é a do rico e Lázaro, na qual ambos morreram, e Lázaro foi para o seio de Abraão e o rico para o Hades. Não reencarnaram posteriormente (Luc. 16:22-29). Outro exemplo é o do ladrão na cruz, onde Jesus disse a ele: "Hoje mesmo estarás comigo no Paraíso". Jesus, nosso Salvador e Senhor da vida, não disse que o ladrão precisava reencarnar para ser alguém melhor em outra vida, evoluir ou chegar a certo grau de perfeição, para que pudesse entrar no Paraíso (está no texto, é só lermos). Mediante a fé e um genuíno arrependimento, aquele ladrão foi salvo (Luc. 23:40-43).
A salvação do homem não depende da reencarnação como ensina essa doutrina, pois a salvação é pela Graça de Deus mediante a fé humana (Ef. 2:8; Rom. 5:1). O verdadeiro ensino futuro que a Bíblia ensina sobre nós é que seremos (os que creem) transformados e receberemos corpos glorificados para estarmos para sempre com o Senhor, e nunca reencarnados (I Cor. 15:51-52; I Tess. 4:16-17).
Finalmente, mesmo que houvesse alguma questão quanto a como e se o versículo deveria ser interpretado, uma passagem não muito clara sempre deve ser entendida à luz de uma que seja clara. E por fim, a Bíblia claramente se opõe à reencarnação (veja Heb. 9:27; Jo. 9:2).
Fonte de pesquisas: Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e "Contradições" da Bíblia
Religiões - Um Sinal do Fim
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