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sábado, 3 de dezembro de 2011

Cristo na Eternidade

 Jo. 1:1-18 e I Jo. 5:20
          Algo bastante claro nas Sagradas Escrituras e que é muito importante para nós crentes em Jesus Cristo é a sua divindade, e a respeito disso o Evangelho de João nos declara sobre a divindade de Jesus: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus" (Jo. 1:1). Segundo os eruditos no assunto, a expressão "no princípio" tem um significado muito relevante para demonstrar a divindade de Jesus, pois para eles o significado de "no princípio" quer dizer "antes do tempo existir"; e a palavra "Verbo" é uma clara referência a Cristo. Porque Jesus é divino, é Pré-existente, é Eterno. "E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós..." (Jo. 1:14). João dá o seu testemunho: "Vimos a sua glória, glória como do Unigênito do Pai" (Jo. 1:14). Este que foi visto, foi o Deus-homem, que tinha os atributos da divindade.

          Acerca da divindade de Jesus Cristo há um acontecimento em Marcos 2:5 que deixa claro que Jesus é Deus, quando ele disse a um paralítico: "Filho, perdoados estão os teus pecados." Naquela ocasião, Jesus teve sua autoridade contestada pelos escribas, pois eles tinham pleno conhecimento de que só Deus tem poder para perdoar pecados, e com muita razão indagaram de Cristo: "Quem pode perdoar pecados, senão Deus?" (Marc. 2:7). Quando os escribas fizeram esta pergunta, não estavam enganados em dizer que só Deus poderia perdoar pecados, porém não sabiam que estavam falando com o Deus-encarnado, Jesus. Ao responder a pergunta dos escribas, Jesus primeiro fez menção do que estavam pensando (v.8), demonstrando que quem conhece os pensamentos pode perdoar pecados. Para os escribas, a comprovação de que Cristo poderia perdoar pecados não poderia ser comprovada, mas sua autoridade para curar, poderia ser vista de imediato. Andando o homem, então, saberiam "que o Filho do homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados" (v.10).

          Ter autoridade para perdoar pecados, indica que Jesus é Deus, e isso fez com que o homem perdoado recebesse força para se levantar e andar, tendo também recebido poder para andar em novidade de vida (Rom. 6:4). O apóstolo Pedro, ensinou sobre a eternidade de Jesus quando disse: "conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós" (I Ped. 1:20). Sobre a eternidade de Jesus Cristo, também podemos ler em Hebreus, quando o escritor desta carta aplica a Jesus as profecias que afirmam: "O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre" (Heb. 1:8); e mais, "No princípio, Senhor, lançante os fundamentos da terra, e os céus são obras das tuas mãos" (Heb. 10:10). E ainda, o sacerdócio de Cristo nos é apresentado como sendo eterno (Heb. 5:6 / 6:20 / 7:17 / 7:21), com isto podemos afirmar que Ele é Eterno.

          Em sua epístola aos Filipenses, o apóstolo Paulo fala de Jesus antes da fundação do mundo, quando diz: "subsistindo na forma de Deus" (Fil. 2:5-8). Paulo nos dá um testemunho muito importante acerca do Filho, de sua deidade e eternidade. Que Jesus é Deus, também vemos na confissão de Tomé após tocar nas mãos e no lado de Jesus, Tomé confessa e diz: "Senhor meu, e Deus meu" (Jo. 20:27-28), e para ser Deus, é necessário ser eterno, o que sabemos que Jesus é.

          O próprio Jesus reivindicou sua divindade, e em muitas dessas ocasiões, Ele afirmou para os seus perseguidores, os escribas e fariseus. Fazendo uso da Lei, Jesus ensinava e respondia por meio dela. Vemos em João 8:56-58: "Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu dia, e viu-o, e alegrou-se. Disseram-lhe, pois, os judeus: Ainda não tens cinqüenta anos, e viste Abraão? Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, Eu Sou." Tal fato foi rejeitado pelos que O ouviam, pois alegavam que Jesus não tinha nem mesmo cinqüenta anos. Jesus lhes responde ..."antes que Abraão existisse, Eu Sou". Essa expressão, "Eu Sou" era uma referência direta à passagem que está registrada em Êxodo 3:14 quando Deus falou a Moisés se identificando como YHWH, ou como está grafado em nosso idioma, Javé ou Jeová. Eu Sou, com esta resposta Jesus desmontou os fariseus.

          Os religiosos da época de Jesus sempre tentaram contestar sua divindade, porém, nunca tiveram êxito. As classes religiosas quando ouviram Jesus afirmar "Eu e o Pai somos um" (Jo. 10:30), ficaram chocadas diante de tal afirmação, pois com isso, Jesus estava afirmando ser igual a Deus (v. 33), e é o que Ele era, é, e sempre será. Nesta ocasião, Jesus estava no Templo para a festa da Dedicação, dia especial para os judeus em comemoração pela reabertura do mesmo, em 169 a.C., depois que havia sido profanado pelo rei Antíoco IV Epifânio, da Síria. Jesus aproveitou a oportunidade para falar de sua divindade, quando, no pórtico de Salomão, Ele falava sobre o cuidado pastoral tanto d'Ele quanto do Pai (Jo. 10:22-30).

          Na oração sacerdotal novamente vemos a eternidade de Cristo apresentada, pois nesta oração, Jesus recorda a sua presença ao lado do Pai, na eternidade, ou seja, "antes que houvesse mundo" (Jo. 17:5). Ele tinha a glória celestial e a transmitiu a nós (v.22), com o propósito de nos fazer participantes da sua unidade, numa linha de interação em amor (v.26). Esta oração de Jesus é uma declaração do seu dever cumprido. Jesus realizou tudo que o Pai havia determinado na eternidade. "Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor" (Col. 1:13). Ao lermos o versículo 17, vemos novamente que "Ele é antes de todas as coisas. N'Ele tudo subsiste".

          Ter uma autoridade como o Senhor Jesus teve, exercendo-a como exerceu, foi simplesmente, consequência da sua divindade. Todos nós estamos debaixo da autoridade de Jesus. Isaías disse que Ele é "Pai da Eternidade" (Is. 9:6). Pensemos então, acerca de sua Pessoa, quão grande é!!! "N'Ele habita corporalmente toda a plenitude da divindade" (Col. 2:9). O desejo do Senhor é que nos aperfeiçoemos n'Ele, porque Ele nos fez alvo da "manifestação da glória do nosso Grande Deus e Salvador Cristo Jesus" (Tt. 2:13). Saber que Jesus é Deus e Eterno faz grande diferença para nós, pois precisamos saber a quem estamos servindo e o que Ele realmente pode fazer por nós no que diz respeito à nossa salvação (Jo. 17:2 / I Jo. 2:22 / Jo. 3:36).
          Creiamos na sua eternidade, divindade e autoridade para salvar, isso fará toda a diferença para nós na eternidade.
          "Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.
Romanos 11:36.

Fontes pesquisadas:
Rei dos reis
Novo Comentário da Bíblia
www.oucaapalavradosenhor.com

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