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terça-feira, 13 de dezembro de 2011

O Arauto de Cristo

          Em tempos muito remotos nas monarquias, vemos um personagem que tinha bastante influência e também uma função muito especial, este personagem era o arauto do rei, que tinha um papel muito especial, que era anunciar todos os grandes acontecimentos do reino, este funcionário dos grandes reis do passado fazia as proclamações e falava em voz alta (Dan. 3:4), ele era o encarregado dos governantes de levar e fazer ouvir as ordens deles, era responsável por declarar guerras ou a paz. Em tempos antigos, a comunicação direta entre os povos e seus governantes era muito rara, e por isso havia a necessidade dos arautos reais.
          E no sentido de anunciar a vinda de Cristo, quem o fez, foi um arauto do Grande Rei, seu nome, João Batista. Nas Escrituras Sagradas, ele é chamado de precursor de Jesus, e, nos Evangelhos, lemos sobre sua admirável coragem e obediência, pois foi fiel à ordem que recebeu de Deus. Este arauto, foi tão corajoso que repreendeu o tetrarca Herodes por causa de um adultério e também por causa de todas as suas maldades (Luc. 3:19). João Batista é conhecido não só em relatos bíblicos, mas também fora deles, citado pelo historiador judeu Flávio Josefo. Flávio Josefo, em seus escritos (História dos Hebreus, 781), cita que os judeus acreditavam que Herodes havia perdido uma guerra como castigo de Deus pela morte de João Batista. Segundo Josefo, "João era um homem de grande piedade que exortava os judeus a abraçar a virtude, a praticar a justiça e a receber o batismo..."
          O carisma de João impressionava a todos, representantes de todas as classes sociais iam até ele para o ouvir, às margens do rio Jordão, pois tinha uma mensagem diferente dos líderes da época. Ele viveu nos desertos até o dia em que deveria de manifestar-se a Israel (Luc. 1:80), e enquanto não chegou a idade viril, não começou o seu ministério de pregação, apesar de ter sido consagrado antes de nascer (Luc. 1:13-15). Nasceu e cresceu na região da Judéia (Mat. 3:1), o que explica o seu modo de vida, trazendo muito impacto em todo a nação de Israel. Tão logo apareceu, as multidões vinham até ele para ser batizadas (Mat. 3:5-6 / Mac. 1:5), favorecendo o seu trabalho de arauto, ou seja, homem escolhido por Deus para dizer, no tempo de Deus, que o Messias havia chegado para realizar a sua obra.

A origem de João


          João veio de uma linhagem sacerdotal, em Lucas 1:5, vemos quem foi o seu pai, sua mãe, e um nome de um sacerdote muito conhecido, Arão, que era ancestral de sua mãe, aparece ligado à sua linhagem. O nome de seu pai era Zacarias, um sacerdote que servia no Templo naqueles dias, que tinha sob seu encargo o turno de Abias (I Cron. 24:10). Cada turno deveria servir pelo menos duas vezes por semana, duas semanas durante o ano. Sua mãe, Izabel, era parenta de Maria, mãe do Senhor Jesus. O seu nascimento foi anunciado pelo anjo Gabriel, e foi concebido quando seus pais já tinham idades avançadas (Luc. 1:36-37).
          O nascimento de João foi profetizado por profetas do A.T., Isaías e Malaquias falaram de seu ministério: Isaías falou de João, mostrando uma ligação muito forte com a vida e obra do Salvador, sem faltar dados sobre aquele que viria a ser o precursor de Jesus. Isaías mostra o povo com suas dificuldades em si manter em plena obediência ao Senhor, e que esse povo receberia a consolação (Is. 40:1-2), Isaías fala ao povo de Jerusalém que sua malícia estava acabada e a iniquidade perdoada. Em seguida se ouve a respeito de João: "Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do SENHOR; endireitai no ermo vereda a nosso Deus" (Is. 40:3), um eco do ministério de João Batista.
          No livro de Malaquias ("Malaquias quer dizer "o meu mensageiro"), Deus manda uma mensagem a um povo que já havia muito, sofrera em Babilônia, como escravos, e voltando do cativeiro, o povo recebe a mensagem do Senhor, de que precisava de arrependimento. Logo em seguida vemos a promessa de um mensageiro que viria para preparar o caminho do Anjo da aliança, e hoje sabemos que o seu nome é João Batista. Já o Anjo da Aliança, tem um nome mais elevado, Jesus Cristo, o Messias (Mal. 3:1). João viria como Elias (Mal. 4:5), fato anunciado e explicado pelo anjo Gabriel a Zacarias, o pai de João: "E (João) irá adiante dele (Jesus) no espírito e virtude de Elias, para converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à prudência dos justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto (Luc. 1:17).
          Quando perguntaram a Jesus porque os escribas falavam que era necessário vir o profeta Elias primeiro, Jesus lhes dá uma boa palavra: "...Elias já veio e não o reconheceram" (Mat. 17:12a). Neste contexto, Jesus falava a respeito de João Batista, e Jesus confirmou acerca do ministério de João, o seu precursor, o Elias que estava por vir (Mat. 11:7-14).

Foi necessário que tudo se cumprisse




          João expôs a mensagem do Reino de Deus com ousadia e muita força, o povo o ouvia e ficava perplexo, muitos foram batizados por ele e confrontados pela palavra que ouviam, confessavam os seus pecados (Mat. 3:5-6). João instava com o povo para que se arrependesse , pois era chegado o reino dos céus (Mat. 3:2). Havia profecias concernentes a mensagem de João, e estavam se cumprindo (Mat. 3:1-3), e estas verdades anunciadas na Palavra de Deus, devem ser entendidas por nós como profecias que não poderão em hipótese alguma cair por terra, tudo o que foi escrito tem que se cumprir. João exigia que o povo se convertesse produzindo frutos dignos de um arrependimento genuíno (Mat. 3:8), sua mensagem não consistia em mudar o povo de religião, mas de vida.
          Os moradores das regiões vieram para ser batizados por ele no rio Jordão ouvindo uma pregação que anunciava o Evangelho que Jesus realmente queria que fosse pregado. O seu caráter foi conhecido tanto de grandes como de pequenos, as autoridades temiam João, o arauto do rei, Herodes era um dos que o temia, por saber que era homem de Deus (Mar. 6:20). Os grandes de certa forma o rejeitaram, mas os pecadores deram-lhe crédito, tais como os publicanos e pecadores em geral, que por sua vez não podiam se aproximar dos religiosos da época, que eram por natureza orgulhosos e vivam separados dos demais, algo não muito diferente do que se vê hoje.
          João deu uma boa lição de vida e ética para os seus contemporâneos quando estes vieram até ele para lhe perguntar o que deveriam fazer de suas vidas a partir daquele momento que vieram para ouvir a mensagem anunciada por ele, eles o interrogaram dizendo: "... Que faremos, pois? (Luc. 3:10); a cada classe ele deu o seu conselho:

  • ao povo em geral, "Quem tiver duas túnicas, reparta com o que não tem, e quem tiver alimentos, faça da mesma maneira (Luc. 3:11);
  • aos publicanos, "Não cobreis além daquilo que vos foi prescrito" (Luc. 3:12-13);
  • aos soldados, "A ninguém trateis mal nem defraudeis, e contentai-vos com o vosso soldo (Luc. 3:14).
Queridos irmãos, estes são apenas alguns exemplos do que deve ser a nova vida daqueles que querem servir ao Rei dos reis e ser verdadeiros arautos de Cristo, como João Batista o foi. Este artigo em momento algum pretende exaltar homens, pois em momento algum temos essa intenção, e sim a Deus que nos ensina a andarmos em novidade de vida e dando sempre bons exemplos para que o mundo veja que os servos de Deus são diferentes no seu proceder, são apenas exemplos de vida aos quais devemos imitar. E, assim como Jesus teve um precursor que foi João, o qual causou impacto no seu tempo através da mensagem que o Rei dos reis havia confiado a ele, despertando o povo para a mensagem que Jesus logo em seguida iria pregar; que nós também possamos ser arautos do Rei anunciando que Deus através de Cristo Jesus está dando ao mundo a oportunidade de reconciliação, não imputando aos homens os seus pecados quando estes recebem a Cristo (II Cor. 5:19).
          Caso você não seja um arauto de Cristo e quer ter a oportunidade de se tornar um, invoque o nome de Jesus para que você possa ser salvo, o nosso pecado nos impede de entrar no Reino dos céus, mas em Jesus são todos apagados. Clame pelo nome do Senhor enquanto é tempo, clame enquanto Ele está perto (Is. 55:6).

Em Cristo.


Pequena Enciclopédia Bíblica
www.dicio.com.br
História dos Hebreus, Flávio Josefo
www.oucaapalavradosenhor.com

2 comentários:

  1. Como é maravilhoso estudar a palavra de Deus, aprender a cada dia mais,parabéns pelo post muita informação importante para nós cristão, beijos.

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  2. Muito obrigado, são de muita valia para nós os comentários de nossos leitores. Contamos sempre com vocês. Deus abençoe e muito obigrado.

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