"Quando pois vos perseguirem nesta cidade, fugi para outra; porque em verdade vos digo que não acabareis de percorrer as cidades de Israel sem que venha o Filho do homem."
(Mateus 10:23)
Jesus enviou os seus discípulos numa missão e prometeu-lhes: "não acabareis de percorrer as cidades de Israel, até que venha o Filho do Homem". Entretanto, é óbvio que nem ele foi ao céu, e muito menos retornou, antes de eles retornarem de sua viagem evangelística.
Há muitas interpretações dessa passagem. Alguns a consideram como uma referência à destruição de Jerusalém (70 a.D.) e ao fim da economia judaica. Mas isso dificilmente se enquadra como o cumprimento do que diz a frase "até que venha o Filho do Homem".
Outros entendem que a afirmação de Jesus refere-se a um derramar do Espírito Santo ou a um grande avivamento, antes da volta de Cristo à terra, para estabelecer o seu reino. Creem que a pregação do Evangelho levará ao reino (cf. Mat. 24:14). Mas isso ainda parece estar muito além do significado literal do texto.
Ainda outros o veem como contendo uma projeção da missão imediata dos discípulos para a sua permanente missão posterior de proclamar o Evangelho "até à consumação do século" (Mat. 28:20). Note o fato de que os discípulos provavelmente não teriam ido por todas "as cidades de Israel" na curta missão em que Jesus os enviava. Um problema com essa posição é não haver uma indicação direta no texto de que Jesus estava se referindo ao futuro distante.
Outra alternativa, ainda, seria a de tomar a promessa literalmente, como referindo-se a uma volta imediata, interpretando a frase "até que venha o Filho do Homem" como uma referência ao fato de que Jesus se juntaria novamente com os seus discípulos depois da missão deles. Essa posição pode se apoiar em vários fatos.
Fonte:
GEISLER, Norman; HOWE, Thomas. 'Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e "Contradições" da Bíblia'. 1ª Ed. São Paulo: Mundo Cristão, 1999
(Mateus 10:23)
Jesus enviou os seus discípulos numa missão e prometeu-lhes: "não acabareis de percorrer as cidades de Israel, até que venha o Filho do Homem". Entretanto, é óbvio que nem ele foi ao céu, e muito menos retornou, antes de eles retornarem de sua viagem evangelística.
Há muitas interpretações dessa passagem. Alguns a consideram como uma referência à destruição de Jerusalém (70 a.D.) e ao fim da economia judaica. Mas isso dificilmente se enquadra como o cumprimento do que diz a frase "até que venha o Filho do Homem".
Outros entendem que a afirmação de Jesus refere-se a um derramar do Espírito Santo ou a um grande avivamento, antes da volta de Cristo à terra, para estabelecer o seu reino. Creem que a pregação do Evangelho levará ao reino (cf. Mat. 24:14). Mas isso ainda parece estar muito além do significado literal do texto.
Ainda outros o veem como contendo uma projeção da missão imediata dos discípulos para a sua permanente missão posterior de proclamar o Evangelho "até à consumação do século" (Mat. 28:20). Note o fato de que os discípulos provavelmente não teriam ido por todas "as cidades de Israel" na curta missão em que Jesus os enviava. Um problema com essa posição é não haver uma indicação direta no texto de que Jesus estava se referindo ao futuro distante.
Outra alternativa, ainda, seria a de tomar a promessa literalmente, como referindo-se a uma volta imediata, interpretando a frase "até que venha o Filho do Homem" como uma referência ao fato de que Jesus se juntaria novamente com os seus discípulos depois da missão deles. Essa posição pode se apoiar em vários fatos.
Primeiro, a frase "até que venha o Filho do Homem" nunca é empregada por Mateus para descrever a Segunda Vinda.
Segundo, ela se enquadra na aceitação da primeira parte do versículo como sendo literal. Os discípulos foram literalmente e de imediato às "cidades de Israel" para pregar, e Jesus literalmente e de imediato encontrou-se de novo com eles depois do ministério itinerante que realizaram.
Terceiro, não há indicação nessa nem em qualquer outra passagem de que os discípulos acreditassem que Jesus estava para ir ao céu enquanto eles estavam na sua viagem de pregação. Isso certamente os teria assustado (cf. Jo 14:1-5). Além disso, Jesus já lhes tinha dito que ele teria de morrer e ressuscitar dos mortos (Jo 2:19-22) antes de ir ao céu e retornar.
Segundo, ela se enquadra na aceitação da primeira parte do versículo como sendo literal. Os discípulos foram literalmente e de imediato às "cidades de Israel" para pregar, e Jesus literalmente e de imediato encontrou-se de novo com eles depois do ministério itinerante que realizaram.
Terceiro, não há indicação nessa nem em qualquer outra passagem de que os discípulos acreditassem que Jesus estava para ir ao céu enquanto eles estavam na sua viagem de pregação. Isso certamente os teria assustado (cf. Jo 14:1-5). Além disso, Jesus já lhes tinha dito que ele teria de morrer e ressuscitar dos mortos (Jo 2:19-22) antes de ir ao céu e retornar.
Fonte:
GEISLER, Norman; HOWE, Thomas. 'Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e "Contradições" da Bíblia'. 1ª Ed. São Paulo: Mundo Cristão, 1999
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