"Então disse o SENHOR a Samuel: Até quando terás dó de Saul, havendo-o eu rejeitado, para que não reine sobre Israel? Enche um chifre de azeite, e vem, enviar-te-ei a Jessé o belemita; porque dentre os seus filhos me tenho provido de um rei.
Porém disse Samuel: Como irei eu? pois, ouvindo-o Saul, me matará. Então disse o Senhor: Toma uma bezerra das vacas em tuas mãos, e dize: Vim para sacrificar ao Senhor.
E convidarás a Jessé ao sacrifício; e eu te farei saber o que hás de fazer, e ungir-me-ás a quem eu te disser.
Fez, pois, Samuel o que dissera o Senhor, e veio a Belém; então os anciãos da cidade saíram ao encontro, tremendo, e disseram: De paz é a tua vinda?
E disse ele: É de paz, vim sacrificar ao Senhor; santificai-vos, e vinde comigo ao sacrifício. E santificou ele a Jessé e a seus filhos, e os convidou ao sacrifício."
(1 Samuel 16:1-5)
Abraão recebeu o juízo de Deus por dizer uma meia-verdade, declarando que Sara era sua irmã (ela era sua meia-irmã), quando na realidade era sua mulher (leia Gênesis 12:10-20). Entretanto, em 1 Samuel 16:lss Deus de fato compele Samuel a dizer apenas a metade da verdade, ou seja, que ele viera para oferecer um sacrifício, quando ele tinha vindo também para ungir Davi como rei.
DOUGLAS, J.D. O Novo Dicionário da Bíblia: 3ª Ed. Revisada. São Paulo: Editora Vida Nova, 2006.
Porém disse Samuel: Como irei eu? pois, ouvindo-o Saul, me matará. Então disse o Senhor: Toma uma bezerra das vacas em tuas mãos, e dize: Vim para sacrificar ao Senhor.
E convidarás a Jessé ao sacrifício; e eu te farei saber o que hás de fazer, e ungir-me-ás a quem eu te disser.
Fez, pois, Samuel o que dissera o Senhor, e veio a Belém; então os anciãos da cidade saíram ao encontro, tremendo, e disseram: De paz é a tua vinda?
E disse ele: É de paz, vim sacrificar ao Senhor; santificai-vos, e vinde comigo ao sacrifício. E santificou ele a Jessé e a seus filhos, e os convidou ao sacrifício."
(1 Samuel 16:1-5)
Abraão recebeu o juízo de Deus por dizer uma meia-verdade, declarando que Sara era sua irmã (ela era sua meia-irmã), quando na realidade era sua mulher (leia Gênesis 12:10-20). Entretanto, em 1 Samuel 16:lss Deus de fato compele Samuel a dizer apenas a metade da verdade, ou seja, que ele viera para oferecer um sacrifício, quando ele tinha vindo também para ungir Davi como rei.
Dois problemas surgem aqui.
Primeiro, Deus não estaria incentivando uma mentira?
Segundo, por que Deus condenou Abraão pela mesma coisa que ele mandou Samuel fazer?
O que primeiro temos a observar em resposta a este problema é que as duas situações não são iguais. No caso de Abraão, a assim chamada "meia-verdade" era uma mentira por inteiro, porque a pergunta que lhe fizeram foi: "Sara é sua mulher?" E a resposta que ele realmente deu foi: "Não. Ela é minha irmã". Com esta resposta, Abraão distorceu intencionalmente os fatos da situação, o que é uma mentira.
O caso de Samuel foi diferente. A pergunta que lhe fizeram foi: "Por que você veio a Belém?" E sua resposta: "Vim para sacrificar ao Senhor" (1 Sm 16:2). Isto era verdade no que diz respeito aos fatos, ou seja, ele estava ali por aquele motivo, e foi isso que ele fez. O fato de que ele tinha outro propósito na sua ida àquele lugar não está diretamente relacionado com a pergunta que lhe foi feita nem com a resposta que ele deu, como no caso de Abraão. E claro que, se lhe tivessem perguntado: "Você tem algum outro propósito nesta sua vinda aqui?", então ele teria tido que render-se a responder àquela pergunta. Se em resposta ele dissesse: "Não", isso seria uma falsidade.
Em segundo lugar, a dissimulação e o engano não são a mesma coisa. Samuel certamente encobriu um dos propósitos da sua missão para assim salvar a sua vida (1 Sm 16:2). Nem sempre é necessário (e até mesmo possível) dizer toda a verdade. O fato de Deus ter dito a Samuel que ocultasse para um dos propósitos da sua visita, para evitar que o matassem, não quer dizer necessariamente que ele tivesse de mentir. Não contar uma parte da verdade e contar uma inverdade não são necessariamente a mesma coisa. Segredo e ocultação não são o mesmo que engano e falsidade.
O que primeiro temos a observar em resposta a este problema é que as duas situações não são iguais. No caso de Abraão, a assim chamada "meia-verdade" era uma mentira por inteiro, porque a pergunta que lhe fizeram foi: "Sara é sua mulher?" E a resposta que ele realmente deu foi: "Não. Ela é minha irmã". Com esta resposta, Abraão distorceu intencionalmente os fatos da situação, o que é uma mentira.
O caso de Samuel foi diferente. A pergunta que lhe fizeram foi: "Por que você veio a Belém?" E sua resposta: "Vim para sacrificar ao Senhor" (1 Sm 16:2). Isto era verdade no que diz respeito aos fatos, ou seja, ele estava ali por aquele motivo, e foi isso que ele fez. O fato de que ele tinha outro propósito na sua ida àquele lugar não está diretamente relacionado com a pergunta que lhe foi feita nem com a resposta que ele deu, como no caso de Abraão. E claro que, se lhe tivessem perguntado: "Você tem algum outro propósito nesta sua vinda aqui?", então ele teria tido que render-se a responder àquela pergunta. Se em resposta ele dissesse: "Não", isso seria uma falsidade.
Em segundo lugar, a dissimulação e o engano não são a mesma coisa. Samuel certamente encobriu um dos propósitos da sua missão para assim salvar a sua vida (1 Sm 16:2). Nem sempre é necessário (e até mesmo possível) dizer toda a verdade. O fato de Deus ter dito a Samuel que ocultasse para um dos propósitos da sua visita, para evitar que o matassem, não quer dizer necessariamente que ele tivesse de mentir. Não contar uma parte da verdade e contar uma inverdade não são necessariamente a mesma coisa. Segredo e ocultação não são o mesmo que engano e falsidade.
Terceiro, Saul era vingativo e tornava a missão do profeta Samuel uma missão muito perigosa (1 Samuel 22:18-19), assim era bastante conveniente dizer que ia sacrificar ao Senhor, justificando plenamente essa atitude, pois nada obsta-se que oculte a primeira intenção, anunciando apenas a segunda.
Fontes:
GEISLER, Norman; HOWE, Thomas. Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e "Contradições" da Bíblia. 1ª Ed. São Paulo: Mundo Cristão, 1999.DOUGLAS, J.D. O Novo Dicionário da Bíblia: 3ª Ed. Revisada. São Paulo: Editora Vida Nova, 2006.
A Paz do Senhor Jesus. Muito interessante seu texto e colocação. Gostei muito do seu blog.
ResponderExcluirEstou te seguindo. Espero poder contar com seu apoio também em meu blog.
Um abraço.
Pastor Ismael - Blog "Aqui eu Aprendi!"
A paz do Senhor Jesus, Pr Ismael. Saiba que a honra é nossa em tê-lo como seguidor do blog. Conte como nosso agradecimento e retribuição. Deixo o meu abraço fraterno e que Deus o abençoe. Fique à vontade em nosso espaço e volte sempre. Luiz Rafael em,
Excluirhttp://www.oucaapalavradosenhor.com/