Por que o Natal teve de acontecer? Qual a relação do Natal com a manjedoura, a cruz e a coroa?
A catástrofe original
O coração de Deus se 'parte' vendo os homens, que Ele criou para Si e que ama, afastarem-se d'Ele. Com esse afastamento eles trazem a morte para si. Dizemos, brincando: “Só a morte não tem remédio”. Deus, porém, tem o remédio!
A solução de Deus – Ele enviou Seu Filho
- “Uma estrela procederá de Jacó, de Israel subirá um cetro que ferirá as têmporas de Moabe e destruirá todos os filhos de Sete” (Nm 24:17).
- “E tu, Belém Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade” (Mq 5:2).
A cruz demarca o fim de todas as tentativas humanas de auto-salvação. Por isso, Jesus podia proclamar de forma tão exclusivista: “Ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14:6). |
Como Ele veio ao mundo? Chegou com trombetas e fanfarras? Acompanhado das miríades celestiais? Não! Deus escolheu Maria, uma mulher ainda não desposada em Israel, que achou graça diante dEle, para trazer ao mundo o Filho de Deus. Com isso Ele também surpreendeu os judeus, que recordavam o que a profecia dizia sobre seu Messias: “eis aí te vem o teu Rei” (Zc 9:9). “esmiuçará e consumirá todos estes reinos” (Dn 2:44). Por isso, não esperavam um bebê na manjedoura, mas um rei! Um rei com manifestação triunfal de líder poderoso, enxotando os romanos de Israel, estabelecendo sua residência em Jerusalém e nomeando os escribas e fariseus como seus ministros.
Mas Jesus não veio assim, e por isso os judeus O rejeitaram. Não haviam reparado em passagens das Escrituras que diziam que Ele tinha de vir primeiro como um bebê: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Is 9:6). E é desse único Homem que depende nossa eternidade – no céu ou no inferno. Toda a vida, todo o ministério do Messias pode ser simbolizado por três objetos:
- Manjedoura (representa a vinda de Jesus ao mundo).
- Cruz (representa nossa salvação, que Jesus consumou na cruz).
- Coroa (simboliza a coroa de Jesus quando voltar como Rei).
Por que a cruz incomoda
Todos esses “por quês?” não fazem sentido, pois minimizam o pecado. Minimizar o pecado parece ser a doença de nossa época. Só a cruz soluciona o problema do pecado. Só na cruz podemos achar o que não encontramos em nenhum livro de filósofos ou pensadores:
- A cruz nos mostra como é grande o abismo que o pecado criou entre os homens e Deus. Esse abismo de separação é tão imensuravelmente gigantesco que conduz ao próprio inferno (Mt 5:29).
- A cruz nos fornece uma ideia realista do quanto Deus foi longe em Seu amor para resolver a questão do nosso pecado. Ele chegou ao ponto de separar-se d'Aquele que mais amava, Seu único Filho.
- A cruz de Jesus é a maior humilhação de Deus. O Criador do Universo e de toda a vida não se defende e deixa que O executem como malfeitor. Que alto preço pelo nosso pecado! Mas assim Jesus pode convidar cada pecador a vir a Ele: “o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora” (Jo 6:37). O inverso também é válido: quem não vem está perdido, perdido para sempre!
- A cruz demarca o fim de todas as tentativas humanas de auto-salvação. Por isso, Jesus podia proclamar de forma tão exclusivista: “Ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14:6). Diante da cruz todas as religiões são meras miragens no deserto da existência humana.
Ele voltará
Que grande motivo de alegria! O Criador do mundo virá! Mas, por que está escrito: “Eis que vem com nuvens, e todo olho o verá, até quantos o traspassaram. E todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele...” (Ap 1:7)? Por que clamarão: “e disseram aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós e escondei-nos da face daquele que se assenta no trono e da ira do Cordeiro” (Ap 6:16)? A resposta é simples: porque muitos tiveram tempo, ouviram de Jesus e da necessidade de aceitá-lO, mas disseram não! E então estarão perdidos e não poderão desfazer suas decisões. Quando Jesus vier como Juiz, será definitivamente tarde demais! Por isso os homens clamarão e chorarão.
Que grande motivo de alegria! O Criador do mundo
virá!
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Jesus voltará visivelmente: “Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até quantos o traspassaram. E todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele”, escreve João em Apocalipse 1:7. Neil Armstrong foi o primeiro homem a colocar seus pés no solo da Lua em 20 de julho de 1969, e 500 milhões de pessoas assistiram esse evento pela televisão. Lady Diana da Inglaterra perdeu a vida em um acidente de carro, e no dia 6 de setembro de 1997, quando ocorreu o até então maior funeral de todos os tempos, a cerimônia foi acompanhada por 2,5 bilhões de pessoas – 40% da população mundial! Por isso seu enterro entrou na História como o primeiro funeral globalizado.
Mas para que todos vejam a vinda de Cristo não serão necessárias câmaras de filmagem. Todas as pessoas verão ao vivo esse maior acontecimento da História mundial. Jesus será visto por todos. Não apenas pela população mundial viva na ocasião, mas por todas as gerações de todos os tempos. Todos os leitores deste artigo também estarão presenciando o evento. E nesse momento apenas uma única questão estará em pauta: De que grupo farei parte? Dos salvos ou dos perdidos?
Jesus voltará repentinamente: “Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até o ocidente, assim há de ser a vinda do Filho do Homem” (Mt 24:27). Ele será visto simultaneamente por todo o mundo. Em que hora do dia? Encontramos a resposta em Lucas 17:34: “Digo-vos que, naquela noite, dois estarão numa cama; um será tomado, e deixado o outro.” Seria de noite? Adiante, lemos: “Dois estarão no campo [atividade diurna]; um será tomado, e o outro, deixado” (Lc 17:36). Desconheço se Cristóvão Colombo, o descobridor das Américas, sabia da existência dessa passagem. Mas, a partir dela, poderia ter deduzido que, se a volta de Cristo acontecer em um único momento para o mundo todo, e se a Bíblia descreve esse momento como acontecendo de dia e de noite, isso é possível apenas sobre uma esfera. Portanto, posso navegar para o Oeste e mesmo assim chegarei ao Leste. É curioso observar que o evangelista Lucas registrou essas palavras numa época em que as pessoas não tinham a menor ideia de que a terra era redonda.
Esses versículos mostram mais um aspecto significativo. Na volta de Cristo haverá uma divisão entre os homens, a diferenciação entre aceitos e rejeitados. E esse é o maior problema da humanidade. Só uma questão é relevante: fazer parte dos salvos ou dos perdidos.
Você já decidiu?
Será que nos preparamos para esse dia que certamente virá? Na parábola das dez virgens, o Senhor Jesus nos exorta a estarmos preparados. Existe um aspecto nessa parábola que chama nossa atenção de forma especial: todas as dez eram “crentes”, todas elas acreditavam que as bodas iriam acontecer, todas estavam convictas de que o casamento seria um fato. Mesmo assim, não agiram segundo suas convicções. Apenas cinco alcançaram o alvo. Às não-preparadas Jesus disse: “Em verdade vos digo que não vos conheço” (Mt 25:12). Com isso, perderam toda a eternidade. Aconteceu aquilo que Heinrich Kemner disse certa vez: “Podemos ir para o inferno dormindo”. De Hermann Bezzel vem a forte advertência: “Podemos gastar totalmente os bancos da igreja e mesmo assim nos perder eternamente.” “Crentes” que apenas admitem fatos, mas não os vinculam à sua vida pessoal, colocam em jogo sua vida eterna.
Todos os três ou nenhum
Werner Gitt nasceu em 1937. Formou-se na Universidade Técnica de Hannover (Alemanha) e concluiu seu doutorado em Engenharia em 1971. Dirigiu o Departamento de Tecnologia da Informação do Instituto Federal de Física e Tecnologia de Braunschweig de 1972 a 2002, onde foi nomeado professor catedrático em 1978. Ele é autor de diversos livros sobre a Bíblia e a Ciência.
Fonte: www.chamada.com.br
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