Tu me deixaste, diz o SENHOR, e tornaste-te para trás; por isso estenderei a minha mão contra ti, e te destruirei; já estou cansado de me arrepender. (Jer. 15:6)
O profeta diz que Deus tem se arrependido tantas vezes, que Ele diz: "já estou cansado de me arrepender" (SBTB). Contudo, em outros textos a Bíblia afirma que Deus "não é homem, para que se arrependa" (I Sm 15:29; cf. Ml 3:6).
Deus na verdade não muda, mas apenas aparenta mudar quando nós mudamos, assim como o vento parece mudar quando nos viramos e vamos em outra direção. Deus não pode mudar o seu caráter nem as suas promessas incondicionais (Hb 6:17-18), porque tudo isso se baseia em sua natureza imutável (cf. II Tm 2:13).
De fato, é porque Deus é imutável em si mesmo que ele aparenta estar mudando em relação aos seres humanos, que sofrem variações em seu caráter e em sua conduta. A imutabilidade de Deus exige que seus sentimentos e suas ações para com diferentes seres humanos sejam diferentes. Como ele sempre sente a mesma repulsa em relação ao pecado (Heb. 1:13), o sentimento que o Senhor tem para com uma pessoa que acabou de cair em pecado não pode ser o mesmo que sente em relação a essa mesma pessoa quando ela confessa o seu erro e invoca a misericórdia de Deus para sua salvação. Neste caso, não é o Senhor quem muda, mas é a pessoa que muda em relação a ele.
ANDRADE, Claudionor C. Dicionário Teológico: Um Suplemento Biográfico dos Grandes Teólogos e Pensadores. 9ª Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2000.
Então fica a questão: "Deus se arrepende ou não"?
Deus na verdade não muda, mas apenas aparenta mudar quando nós mudamos, assim como o vento parece mudar quando nos viramos e vamos em outra direção. Deus não pode mudar o seu caráter nem as suas promessas incondicionais (Hb 6:17-18), porque tudo isso se baseia em sua natureza imutável (cf. II Tm 2:13).
De fato, é porque Deus é imutável em si mesmo que ele aparenta estar mudando em relação aos seres humanos, que sofrem variações em seu caráter e em sua conduta. A imutabilidade de Deus exige que seus sentimentos e suas ações para com diferentes seres humanos sejam diferentes. Como ele sempre sente a mesma repulsa em relação ao pecado (Heb. 1:13), o sentimento que o Senhor tem para com uma pessoa que acabou de cair em pecado não pode ser o mesmo que sente em relação a essa mesma pessoa quando ela confessa o seu erro e invoca a misericórdia de Deus para sua salvação. Neste caso, não é o Senhor quem muda, mas é a pessoa que muda em relação a ele.
Deus, enfaticamente não muda, e há vários argumentos que sustentam essa ideia, dentre os quais podemos citar três deles:
- Para que alguma coisa mude, algo tem de ser feito numa ordem cronológica. Tem de haver um ponto antes e outro ponto depois da mudança. Tudo o que passa por um "antes" e um "depois" existe no tempo, porque a essência do tempo é vista pelo progresso cronológico de uma situação anterior para uma posterior. Entretanto, Deus é eterno e está fora do tempo (Jo 17:5; II Tm. 1:9). Então, não pode haver em Deus uma série de "anteriores" e "posteriores"; logo, ele não pode mudar, porque a mudança necessariamente envolve um "antes" e um "depois".
- Toda mudança é para uma situação melhor ou pior, pois uma mudança que não faça diferença não é uma mudança. Ou alguma coisa necessária é obtida, a qual anteriormente não se fazia presente, o que é uma mudança para melhor; ou alguma coisa que se tem e que é necessária é perdida, o que é uma mudança para pior. Mas, se Deus é perfeito, ele de nada necessita; portanto ele não pode mudar para melhor. E se Deus fosse perder alguma coisa, então ele não permaneceria perfeito; portanto Ele não pode mudar para pior. Assim, Deus não muda.
- Quando alguém muda de idéia, é porque recebeu uma nova informação, da qual não tinha conhecimento anteriormente, ou porque as circunstâncias mudaram de forma a requerer
uma atitude ou ação diferente. Mas, se Deus mudou de ideia, não pode ser porque ele ficou sabendo
de qualquer nova informação que desconhecia anteriormente, porque Deus é onisciente - ele sabe
todas as coisas (Sl 147:5). Portanto, tem de ser porque as circunstâncias mudaram e demandam uma
atitude ou ação diferente. Mas se as circunstâncias mudaram, isso não significa necessariamente que
Deus tenha mudado de ideia. Significa apenas que, como as circunstâncias mudaram, o
relacionamento de Deus com a nova realidade é diferente. Porque as circunstâncias, e não Deus,
mudaram.
Esse é um tipo de linguagem comumente chamada de antropopatismo, uma espécie de linguagem figurada usada para falar de Deus como se Ele tivesse sentimentos humanos. Ex: ira, ou arrependimento. Esta é uma expressão bíblica usada para que o ser humano viesse a entender a ação divina na história sagrada. É uma forma dos escritores bíblicos dizerem que o Criador de todas as coisas não está indiferente ao que acontece no mundo o qual criou. Deus, em tudo é infinitamente perfeito.
Firmemos, pois, sempre na Palavra de Deus.
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Bibliografia:
GEISLER, Norman; HOWE, Thomas. Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e "Contradições" da Bíblia. 1ª Ed. São Paulo: Mundo Cristão, 1999.ANDRADE, Claudionor C. Dicionário Teológico: Um Suplemento Biográfico dos Grandes Teólogos e Pensadores. 9ª Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2000.
Muito bom
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