"Assim diz o Senhor dos Exércitos: Eu me recordei do que fez Amaleque a Israel; como se lhe opôs no caminho, quando subia do Egito.
Vai, pois, agora e fere a Amaleque; e destrói totalmente a tudo o que tiver, e não lhe perdoes; porém matarás desde o homem até à mulher, desde os meninos até aos de peito, desde os bois até às ovelhas, e desde os camelos até aos jumentos."
(1 Samuel 15:2-3)
Deus é caracterizado na Bíblia como um Deus de misericórdia e compaixão, perdoando graciosamente aqueles que se voltam a ele (Sl 94:18-19; Lm 3:22; Tg 5:11; 2 Pe 3:9). Num gritante contraste, 1 Samuel 15:2-3 nos informa de que Deus, aparentemente sem misericórdia alguma, ordenou a morte de amalequitas inocentes - homens, mulheres e crianças.
Por quê?
Os amalequitas estavam longe de ser inocentes. De fato, eles eram totalmente depravados, além do que desejavam destruir Israel (v. 2), que era o povo escolhido de Deus, o canal de seus planos redentores para toda a humanidade (Gn 12:1-3). A destruição deles se fazia necessária pela gravidade do seu pecado. Em caso contrário, algum remanescente de coração endurecido poderia surgir e retomar a sua odiosa disposição contra o povo e os planos de Deus.
Quanto à questão das crianças inocentes, algumas observações são relevantes.
Primeiro, todos nós nascemos em pecado (Sl 51:5) e merecemos a morte (Rm 5:12). Um dia, todos seremos tomados por Deus através da morte - é apenas uma questão de tempo (Hb 9:27).
Segundo, Deus é soberano sobre a vida e reserva para si o direito de tomá-la quando quiser (Dt 32:39; Jó 1:21).
Terceiro, há aqueles que afirmam que todas as crianças que morrem antes da idade da responsabilidade são salvas, baseados em passagens tanto do A.T. como do N.T., por exemplo: "Na verdade, antes que este menino saiba rejeitar o mal e escolher o bem..." (Isaías 7:16); "Jesus, porém, vendo isto, indignou-se, e disse-lhes: Deixai vir os meninos a mim, e não os impeçais; porque dos tais é o reino de Deus" (Marcos 10:14).
Quarto, dado o fato dos amalequitas terem passado para o deserto em perseguição aos israelitas, após a sua saída do Egito e em Refidim terem travado uma batalha covarde e mortal com os israelitas matando os mais fracos, mostrando sempre atitudes hostis contra o povo escolhido de Deus, sua destruição total foi decretada pelo próprio Deus (Êx. 17:8-16; Deut. 25:17-19).¹
Quinto, além de serem povos errantes no deserto, praticavam assaltos e roubos², sendo potencialmente perigosos. E, como certeza, seus exemplos seriam suficientes para que seus filhos fizessem o mesmo após atingiram a idade madura.
Sexto, nunca, na história de Israel deixaram de perturbar o referido povo. No tempo dos juízes de Israel, os amalequitas juntos com os amonitas, juntaram-se a Eglom, rei de Moabe, e atacaram Israel , tomando Jericó (Jz. 3:13); porém foram derrotados por Gideão no vale de Jezreel (Jz. 6:33; 7:12 a 22). Ou seja, geração após geração (do mais velho ao mais novo, com o passar dos anos), era um povo belicoso e que se fazia inimigo ferrenho do povo de Israel.³
Portanto, o ato pelo qual Deus tirou a vida das crianças está longe de ser um ato caracterizado por falta de misericórdia .
Fontes:
GEISLER, Norman; HOWE, Thomas. Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e "Contradições" da Bíblia. 1ª Ed. São Paulo: Mundo Cristão, 1999.
Vai, pois, agora e fere a Amaleque; e destrói totalmente a tudo o que tiver, e não lhe perdoes; porém matarás desde o homem até à mulher, desde os meninos até aos de peito, desde os bois até às ovelhas, e desde os camelos até aos jumentos."
(1 Samuel 15:2-3)
Deus é caracterizado na Bíblia como um Deus de misericórdia e compaixão, perdoando graciosamente aqueles que se voltam a ele (Sl 94:18-19; Lm 3:22; Tg 5:11; 2 Pe 3:9). Num gritante contraste, 1 Samuel 15:2-3 nos informa de que Deus, aparentemente sem misericórdia alguma, ordenou a morte de amalequitas inocentes - homens, mulheres e crianças.
Por quê?
Os amalequitas estavam longe de ser inocentes. De fato, eles eram totalmente depravados, além do que desejavam destruir Israel (v. 2), que era o povo escolhido de Deus, o canal de seus planos redentores para toda a humanidade (Gn 12:1-3). A destruição deles se fazia necessária pela gravidade do seu pecado. Em caso contrário, algum remanescente de coração endurecido poderia surgir e retomar a sua odiosa disposição contra o povo e os planos de Deus.
Quanto à questão das crianças inocentes, algumas observações são relevantes.
Primeiro, todos nós nascemos em pecado (Sl 51:5) e merecemos a morte (Rm 5:12). Um dia, todos seremos tomados por Deus através da morte - é apenas uma questão de tempo (Hb 9:27).
Segundo, Deus é soberano sobre a vida e reserva para si o direito de tomá-la quando quiser (Dt 32:39; Jó 1:21).
Terceiro, há aqueles que afirmam que todas as crianças que morrem antes da idade da responsabilidade são salvas, baseados em passagens tanto do A.T. como do N.T., por exemplo: "Na verdade, antes que este menino saiba rejeitar o mal e escolher o bem..." (Isaías 7:16); "Jesus, porém, vendo isto, indignou-se, e disse-lhes: Deixai vir os meninos a mim, e não os impeçais; porque dos tais é o reino de Deus" (Marcos 10:14).
Quarto, dado o fato dos amalequitas terem passado para o deserto em perseguição aos israelitas, após a sua saída do Egito e em Refidim terem travado uma batalha covarde e mortal com os israelitas matando os mais fracos, mostrando sempre atitudes hostis contra o povo escolhido de Deus, sua destruição total foi decretada pelo próprio Deus (Êx. 17:8-16; Deut. 25:17-19).¹
Quinto, além de serem povos errantes no deserto, praticavam assaltos e roubos², sendo potencialmente perigosos. E, como certeza, seus exemplos seriam suficientes para que seus filhos fizessem o mesmo após atingiram a idade madura.
Sexto, nunca, na história de Israel deixaram de perturbar o referido povo. No tempo dos juízes de Israel, os amalequitas juntos com os amonitas, juntaram-se a Eglom, rei de Moabe, e atacaram Israel , tomando Jericó (Jz. 3:13); porém foram derrotados por Gideão no vale de Jezreel (Jz. 6:33; 7:12 a 22). Ou seja, geração após geração (do mais velho ao mais novo, com o passar dos anos), era um povo belicoso e que se fazia inimigo ferrenho do povo de Israel.³
Portanto, o ato pelo qual Deus tirou a vida das crianças está longe de ser um ato caracterizado por falta de misericórdia .
Fontes:
GEISLER, Norman; HOWE, Thomas. Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e "Contradições" da Bíblia. 1ª Ed. São Paulo: Mundo Cristão, 1999.
¹DAVIS, John D. Dicionário da
Bíblia de John Davis: 3ª Ed. São Paulo: Hagnos, 2005. p. 29.
²KASCHEL, Werner; ZIMMER, Rudi. Dicionário
da Bíblia de Almeida: 2ª Ed. São Paulo: SBB, 1999.
³BOYER, Orlando. Dicionário Bíblico Universal: São Paulo: CPAD, 1999.
³BOYER, Orlando. Dicionário Bíblico Universal: São Paulo: CPAD, 1999.