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sábado, 29 de junho de 2013

Democracia, a deusa da Nova Era


Ao escolher o título: “Democracia: o Deus da Nova Era”, eu sabia que ele seria polêmico. Parece que estou menosprezando a democracia. Contudo essa não é, de forma alguma, a minha intenção.

Temos experimentado a democracia como o sistema político que melhor funciona no momento. Ele nos provê com certas liberdades desconhecidas até então na História. A essa altura, não há outro sistema viável comparado à democracia. Mas à medida que a investigamos pela perspectiva bíblica, descobrimos que a democracia, não importa quão boa seja, acabará por dar posse ao Anticristo.
O próprio fato de que estamos hoje experimentando uma inundação de democracia nos fornece mais motivos do que nunca para crermos que a conclusão dos tempos do fim está às portas.

A democracia está nos lábios de todos hoje em dia, especialmente desde a sensacional e inesperada queda da Cortina de Ferro. Não passa um dia sequer sem que algum relato nos telejornais fale algo acerca do progresso da democracia. Alguns a têm chamado de a liberdade última e a libertação da humanidade. Outros dizem que a democracia é o direito dado por Deus para todos sobre a terra.

A Deusa da Democracia

Na China, que ainda está debaixo de governo comunista, a democracia é considerada uma religião. Durante o levante estudantil chinês na Praça Tiananmen, foi exibida uma “Estátua da Liberdade” em papel machê. Ela foi chamada “A Deusa da Democracia”. É isso que eu quero tratar em detalhes, porque uma deusa ou um deus da democracia jamais pode ser aquele Deus da Bíblia que nós cultuamos.

Pense por um instante. Crianças instruídas no comunismo – e seus pais e avós presumivelmente comunistas –, rebelam-se contra o sistema.
   Manifestantes ao redor da escultura da Deusa da
    Democracia na praça Tiananmen, Beijing, 30 de
 maio de 1989.

Eles haviam sido bons comunistas, caso contrário não teriam tido permissão de estudar nas universidade chinesas em busca de uma instrução mais elaborada. Ainda assim vemos esses estudantes como sendo os que levantaram essa “deusa da democracia”. Será que eles estavam reconhecendo algo que nós, como nação, temos falhado em reconhecer? Eu creio que sim!

Publicamos um artigo sobre o assunto na revista Notícias de Israel (em inglês) de julho de 1989, e cito partes do artigo aqui:
A esperança por democracia e a tragédia que se seguiu foram alardeadas pela mídia em detalhes. Qual é a importância disso a partir da Palavra profética? Geograficamente, a China está diretamente ao oriente de Israel. Sua participação no cenário dos tempos finais está descrita em Apocalipse 16.12: “Derramou o sexto a sua taça sobre o grande rio Eufrates, cujas águas secaram, para que se preparasse o caminho dos reis que vêm do lado do nascimento do sol”.
Embora a China seja um país comunista, eles se separaram do comunismo soviético sob a liderança de Mao Tse Tung. Isso não chegou a ser uma surpresa para os que estudam a Bíblia, porque a China não é categorizada dentro da confederação do norte mencionada pelo profeta Ezequiel, nos capítulos 38 e 39. A China pertence à confederação dos reis do Oriente e, portanto, ao império mundial que está presentemente surgindo na Europa.
Enquanto os levantes nos países do antigo bloco soviético se basearam exclusivamente em razões materialistas e nacionalistas, o levante na China foi diferente porque ele incluiu um fervor religioso conforme claramente expresso na “Deusa da Democracia”.40
Democracia em Marcha

Enquanto isso, nós experimentamos a queda do muro de Berlim, o símbolo que separava o Oriente do Ocidente, e o comunismo do capitalismo. Agora, mais do que nunca, à medida que testemunhamos a democracia se movendo rumo ao Oriente, ao invés do comunismo se movendo rumo ao Ocidente, como por tanto tempo tememos, considera-se que ela é a resposta absoluta a todos os problemas do mundo.

Quem poderá estar no caminho da democracia? Alguns anos atrás, o comunismo era, quem sabe, o sistema mais poderoso do mundo. Geograficamente, mais da metade do nosso planeta e cerca de 65% da sua população era governada por ele.

Nós experimentamos a queda do muro de Berlim, o
 símbolo que separava o Oriente do Ocidente, e o
 comunismo do capitalismo.
Agora, com esse perigo à liberdade capitalista não sendo mais uma ameaça real, a democracia está no palco, na frente e bem no centro. É o novo poder do mundo. Estamos nos aproximando da época em que ninguém, absolutamente ninguém, será capaz de se opor à democracia.

Aqui somos relembrados de Apocalipse 13.4: “Quem é semelhante à besta? Quem pode pelejar contra ela?”

Embora nos regozijemos com o fato de que nossos irmãos e irmãs no Senhor na Europa Oriental podem agora ter comunhão com maior liberdade, e estejamos contentes pela liberdade que eles agora têm de viajar para o Ocidente, não podemos permitir que esta alegria nos cegue para o novo perigo que se aproxima. O perigo que agora parece ser tão positivo é um mundo unido sob a democracia.

Mas quem, em sã consciência, poderia se opor a tal progresso? Qual é o problema da fraternidade universal, da unidade global, da paz e da prosperidade? Superficialmente, nada, mas aqueles que diligentemente estudarem as Escrituras saberão exatamente para onde esse desenvolvimento conduzirá.

Virtualmente desde o princípio, os homens têm esperado pela pessoa certa, com o sistema certo, que haverá de conduzir a uma paz e harmonia universais. Mas, os homens têm desejado que isso aconteça em seus próprios termos. Será que a paz e a prosperidade são realisticamente possíveis em nossos dias? Sem hesitação eu responderia “Sim!” Não apenas a paz é possível, mas essa paz poderia vir porque ela foi profetizada pelas Sagradas Escrituras. Sim, haverá paz num nível ainda não conhecido e ela inundará o mundo de tal forma que toda a oposição será eliminada.

No auge do sucesso, entretanto, ela assumirá uma identidade diferente. A máscara cairá e a sua verdadeira natureza será revelada. Ela não apenas se moverá horizontalmente, ou seja, globalmente, mas também se moverá verticalmente, porque os homens vão querer tornar-se como Deus.

A Democracia não Pode Mudar o Coração Maligno

O sucesso da democracia é baseado no intelecto humano. Mas o homem continua tão maligno quanto sempre foi: “ Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?” (Jeremias 17:9).

Sabemos o que aconteceu com os dois primeiros filhos de Adão e Eva. Houve uma discussão e um matou o outro. Desde aquela época, irmão tem guerreado contra irmão. Com absoluta certeza, podemos saber que esse tipo de conflito haverá de continuar. Guerras e rumores de guerra, discussões, insatisfação e rebelião não cessarão até Jesus voltar novamente. Apenas Ele trará a verdadeira paz.

Não devemos esquecer que os sistemas dos governos do mundo, passados ou presentes – quer ditadura, monarquia, democracia, socialismo ou comunismo –, todos prometeram uma vida pacífica e melhor. O alvo de quase todos os políticos jamais mudou – de fato, eles sempre prometeram ao povo: “Paz e prosperidade para o nosso povo, se me eleger...”

Por que, então, temos tantas guerras? A origem da guerra está localizada no ódio. Esse ódio ainda não foi eliminado. Ele ainda está profundamente arraigado no coração de cada pessoa neste mundo, menos das pessoas que foram compradas pelo sangue do Cordeiro, o Senhor Jesus Cristo. Só então o indivíduo tem a paz verdadeira que excede todo entendimento, e é capaz de vencer o ódio que satura a mente humana.

Ditadura Democrática

O perigo da democracia reside no fato irônico de que ela, em última análise, não tolerará qualquer oposição. A nova democracia mundial dos últimos dias virá a ser, com efeito, uma ditadura mundial.

      Winston Churchill, o grande estadista britânico,
 confessou que: A pior forma de governo é a
 democracia, mas ela é a melhor que temos.
Encontramos as seguintes definições na parte de “Citações Populares” do Dicionário Enciclopédico Webster da Língua Inglesa:

Democracia simplesmente significa a ameaça do povo, pelo povo, para o povo.
Winston Churchill, o grande estadista britânico, confessou que:
A pior forma de governo é a democracia, mas ela é a melhor que temos.
O que tenciono destacar é que a alegria inebriante que está sendo expressa hoje, devido ao sucesso da democracia, não é, na realidade, motivo para regozijo. Em Apocalipse 16:13-14 lemos o que conduzirá ao fim: “Então, vi sair da boca do dragão, da boca da besta e da boca do falso profeta três espíritos imundos semelhantes a rãs; porque eles são espíritos de demônios, operadores de sinais, e se dirigem aos reis do mundo inteiro com o fim de ajuntá-los para a peleja do grande Dia do Deus Todo-Poderoso”. Os “espíritos imundos” estão operando poderosamente hoje pelo mundo todo.

Pela primeira vez na história da humanidade, tornou-se possível que um sistema mundial fosse implementado para que a profecia bíblica seja cumprida, o que clara e distintamente nos diz que o mundo todo haverá de se unir. Mas esse não é o alvo final. No fim, um mundo unido há de se preparar para a batalha contra Deus.

A olho nu isso não é visível hoje. Ninguém está falando a respeito de se lutar contra Deus. Nenhuma pessoa em sã consciência sequer chegaria a pensar nisso. Mas as Escrituras que acabamos de ler afirmam categoricamente que os atos miraculosos realizados nas nações do mundo terão um alvo específico: o ajuntamento contra o Deus Todo-Poderoso.

A Batalha do Cristão

Hoje, mais do que nunca, os cristãos precisam se certificar de que sua posição é a de espectadores olhando para o campo político, e não a de competidores com os pagãos. Nosso alvo é servir ao Senhor ressurreto e exaltado, espalhando o Evangelho libertador, e preparando-nos para a volta d'Ele.

             Nosso alvo é servir ao Senhor ressurreto e
 exaltado, espalhando o Evangelho libertador, e
 preparando-nos para a volta d'Ele.
Jamais os cristãos devem se degradar ao ponto de serem atraídos para as coisas que pertencem a este mundo. Nós não devemos crer que estamos no comando, e que através de nossa atitude poderemos produzir paz mundial, justiça e prosperidade.

Sabemos, com certeza absoluta, que Deus está no controle do mundo. Ele elege presidentes, primeiros-ministros, reis e outros funcionários de governo. Nossa batalha, entretanto, é bem mais importante do que meramente controlar ou influenciar o sistema político. Já que nossa batalha claramente não é contra carne e sangue, o apóstolo Paulo afirma: “Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes” (Efésios 6.12). (Arno Froese - http://www.chamada.com.br)

Arno Froese É o Diretor-Executivo da Obra Missionária Chamada da Meia-Noite nos Estados Unidos. Realiza várias conferências anualmente nos EUA e edita as revistas “Chamada da Meia-Noite” e “Notícias de Israel” em língua inglesa. Arno Froese é autor dos livros: “A Misteriosa Babilônia de Saddam”, “Rumo ao Sétimo Milênio”, “O Arrebatamento” (em língua inglesa) e “Como a Democracia Elegerá o Anticristo” (disponível em português).



Artigo extraído de: www.chamada.com.br

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Qual seria a data correta em que o livro de Daniel foi escrito?

Daniel contém uma quantidade incrível de detalhes concernentes aos reinos gentílicos, partindo de Nabucodonosor, por volta de 605 a.C, até o império romano, cujo domínio se iniciou cerca de 241 a.C. e que, sob o comando do general romano Pompeu, conquistou a Terra Prometida em 63 a.C. Entretanto, eruditos conservadores têm mantido a posição de que este livro foi escrito por Daniel no século VI a.C. 

Como Daniel poderia ter descrito todos esses dados tão precisos de acontecimentos do futuro?

O livro de Daniel contém profecias sobrenaturais que partiram do tempo de Daniel, e estenderam-se centenas de anos à frente (Dn 2:7). Daniel 11 apresenta uma amplitude de detalhadas profecias, que vão desde o reinado de Ciro, o Grande, ao reinado do anticristo, do milênio, e até ao fim dos tempos e à eternidade. O registro do movimento de nações e de eventos é tão preciso, que soa como se fosse um relato de fatos históricos do passado, narrados por uma testemunha ocular.

Entretanto, os eruditos conservadores fixam para o livro de Daniel uma data anterior a todos esses eventos. O próprio livro reivindica ser uma previsão profética (cf. 9:24ss). 

Para evitar a conclusão de que a profecia de Daniel foi decorrente de uma revelação sobrenatural dada por Deus, eruditos da atualidade propuseram uma série de explicações, incluindo uma datação posterior. Entretanto, a precisão histórica do registro feito por Daniel confirma ter sido uma obra do século VI a.C, e a melhor conclusão é a de que o livro de Daniel é uma revelação de Deus sobre eventos históricos que para o profeta estavam no futuro. Até mesmo para nós, muitos deles ainda hoje estão no futuro.

Fonte:
GEISLER, Norman; HOWE, Thomas. Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e "Contradições" da Bíblia. 1ª Ed. São Paulo: Mundo Cristão, 1999.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Devemos estar com Cristo hoje e sempre

Qual frase podeira expressar maior alegria para um servo do Senhor do que esta, a de estar com Cristo sempre?

Estar com Cristo sempre deve ser o anseio de todo cristão autêntico, estar com aquele que foi chamado Emanuel (Mat. 1:23), o Deus conosco, que deixou a sua sublime glória celestial e se fez carne, humilhando-se a si mesmo (Fil. 2:6-8) e habitando entre nós (Jo. 1:14) é estar no lugar certo, na verdadeira firmeza. Esta Jesus é tão Maravilhoso que alcançou o homem que estava perdido com sua espantosa Graça, e para salvar o perdido, foi preso, condenado e morto, mas, ao terceiro dia, ressurgiu dentre os mortos para que tivéssemos fé e esperança em Deus (I Ped. 1:21). Esse mesmo Jesus, voltou para o céu, lugar de onde voltará para levar a sua amada Igreja em glória.

Estamos vivendo tempos muito difíceis para a Igreja do Senhor na terra, aliás, nunca foi fácil para a Igreja viver neste mundo corrupto, os males do mundo estão entrando no seio da Igreja de forma sorrateira e quase tudo está ficando normal, casamentos entre pessoas do mesmo sexo, ordenação de sacerdotes que vivem fora do contexto aprovado pela Palavra de Deus, permissividade dentro das igrejas e tantos outras obras pecaminosas que nem mesmo parece que os cristãos estão desejosos de estar com Cristo sempre. Devemos viver neste mundo cônscios de que não pertencemos a ele (Jo. 15:19) e ter sempre a expectativa de todos os que verdadeiramente amam este glorioso dia em que o Senhor voltará. "E o Espírito e a esposa dizem: Vem. E quem ouve, diga: Vem. E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida. (Ap. 2:17). Somente aqueles que vivem distantes do Senhor não desejam ou temem a sua vinda.

Jesus Cristo voltará

1. O momento de autoridade. Quando Jesus fala aos discípulos que "...toda a autoridade foi da e Ele no céu e na terra" (Mat. 28:18) Ele estava fazendo uma alusão a Daniel 7:13-17, texto que se refere ao Filho do Homem que havia recebido autoridade sobre todos os povos, com domínio eterno e reino que não poderá ser destruído, algo que havia ficada bastante claro para eles. Este mesmo cheio de autoridade se manifestou aos seus discípulos por diversas vezes, dando-lhes mandamentos pelo Espírito Santo. Após ser questionado sobre a restauração do reino de Israel, Jesus repreende os discípulos dizendo que "...não competia [a eles] saber os tempos ou as épocas, que o Pai [havia] fixado pela sua própria autoridade" (Atos 1:7), mas lhes deu uma ordem para evangelizar (At. 1:8). Após este feito, Jesus sobe às alturas à vista deles e desaparece entre nuvens. No Antigo Testamento, a nuvem simboliza a Glória de Deus, a qual envolve o Senhor. Em seguida, dois anjos, de vestes brancas, despertam aqueles homens dando-lhes a garantia: "Ele voltará da mesma maneira como O vistes subir" (At. 1:11).

2. A promessa. Jesus disse que voltaria. 'Aquele que dá testemunho destas coisas diz: "Sim, venho em breve! " Amém. Vem, Senhor Jesus!' (Ap. 22:20). Estamos vivendo, com certeza, os momentos finais da Igreja sobre a terra, e o Senhor quer que estejamos atentos para este grande momento, a volta do Senhor Jesus. Deixamos bem claro quanto ao dia e a hora que é um dia o qual apenas Deus, o Pai o sabe (Mat. 24:36; At.1: 7). Não temos que esperar muita coisa deste mundo, pois não temos nele morada permanente, buscamos a habitação futura que Jesus foi preparar para nós no céu (Heb. 13:14).

3. Existe alguma garantia dessa volta? Segundo as Sagradas Escrituras, Deus não pode mentir, e se houve uma promessa que foi feita por Ele, certamente Ele não deixará cair por terra. Nas palavras de Paulo aos efésios vemos que fomos selados pelo Espírito Santo para o dia da redenção (Ef. 4:30), e aqueles que tem o Espírito de Deus habitando dentro deles tem essa garantia, pois o Espírito Santo testifica dessa verdade em nós.

Algumas características da volta de Jesus

1. Quando Ele voltará? Será em um momento inesperado. Não temos que nos ocupar em calcular a data da volta de Cristo, apenas precisamos esperar por ela. Existem alguns mistérios que Deus reserva exclusivamente para si, e este é um deles (Deut. 29:29; Mat. 24:36). O apóstolo Pedro disse que a vinda do Senhor será como um 'ladrão' (II Pedro 3:10), e esta vinda é a bendita esperança para os que creem (Tito 2:12-13). Quanto àquele dia, Jesus disse que virá quando menos se espera (Mat. 24:44). Nos mandou vigiar porque não sabemos o dia nem a hora (Mat. 25:13). As Testemunhas de Jeová já fizeram muitas previsões específicas sobre a volta de Jesus e todas acabaram falhando, enquanto outras pessoas na história da igreja também fizeram essas previsões, em muitos casos afirmando que haviam recebido uma nova revelação pessoal de Cristo, que indicavam o tempo de seu retorno. Sem se apegar ao que as Escrituras dizem em seu conteúdo geral, muitos enveredam por esse caminhos perigoso e acabam tropeçando, e em muitos casos não se levantam mais, pois há relatos de suicídios posteriores ao fracasso anunciado. Lamentável! Qualquer pessoa que afirme saber a data exata do retorno de Cristo deve ser rejeitada.

O retorno de Cristo será o julgamento dos incrédulos e a recompensa dos fiéis, que passarão a estar com Cristo eternamente.

2. Muitos já tentaram marcar o dia da volta de Jesus. Todos até agora falharam. A respeito do retorno do Messias, existem tradições judaicas antigas que invocam maldições sobre aqueles que tentam marcar a data para tal dia, p.e.: "Que os ossos daqueles que calculam...a época da vinda do Messias sejam destruídos! Assim que o tempo [que eles determinaram] chegar e o Messias não tiver vindo, dirão, 'Ele nunca virá!'". Muitos "eruditos" e malandros tem tentado marcar a data exata para a volta de Jesus, desde muito tempo, dando lugar, dia, hora e minutos, mas todos falharam. Sabe-se de histórias de pessoas que venderam propriedades, doaram bens e imóveis, foram para os montes esperar Jesus e acabaram desapontados com Deus por causa da irresponsabilidade de alguns, e por não dar ouvidos ao que o Senhor disse: "Ficai apercebidos" (Mat. 24:44). No final do ano de 2012 muitos apareceram profetizando a volta de Jesus no "embalo" de profecias Maias e ficaram frustrados, simplesmente porque não estavam fundamentados na Palavra de Deus. Coloquemos as palavras de Mateus em nosso coração: "Mas daquele dia e daquela hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão só o Pai." (Mat. 24:36). Esta hora e dia da volta do Filho de Deus é pertencente exclusivamente à autoridade do Pai. Quanto a n´so cabe estarmos de sobreaviso.

Precisamos estar atentos ao que Pedro disse sobre a perspectiva de tempo do Senhor, que é diferente da nossa: "Mas, amados, não ignoreis uma coisa, que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia.O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se." (II Pedro 3:8-9)

3. Como Jesus voltará? O apóstolo Paulo diz o seguinte em I Tess. 4:13-17:

a. Jesus virá para buscar a Igreja
b. ouvir-se-á a voz do arcanjo e ressoará a trombeta de Deus
c. os mortos em Cristo ressuscitarão
d. nós os vivos (no momento do acontecimento), seremos arrebatados juntamente com eles
e. nos encontraremos com o Senhor nos ares
f. estaremos com o Senhor para sempre

4. Quem será arrebatado?

Há alguns que interpretam, baseados na Parábola das dez virgens que apenas uma parte da Igreja será arrebatada. Mas não é assim, se as virgens néscias dessa passagem ficaram sem óleo talvez era porque não eram crentes, pois o crente tem sempre consigo o óleo do Espírito Santo. Todo crente verdadeiramente salvo será arrebatado, sem exceção. Apenas aqueles crentes nascidos de novo (Jo. 3:3-5), e não os nominais, serão arrebatados. Existem classes de pessoas que não poderão ser arrebatados ou que não herdarão o Reino de Deus, estes estão descritos em Apocalipse 22:15. Você crê na sua salvação e está em Cristo agora? Se não consegue crer ainda, busque-O de todo o coração para ser participante dessa bem-aventurança confessando a Cristo como seu único e suficiente Salvador, arrependendo de seus pecados. Estar com Cristo hoje e sempre é algo sobrenatural que somente o Espírito de Deus pode nos capacitar para fazer.

Algumas referências alegóricas da volta de Jesus no A.T.

O dilúvio (Lucas 17:26-27). Neste episódio Noé e sua família se salvaram e os demais pereceram porque não creram na mensagem de Noé. No arrebatamento de igual modo, muitos irão de encontro com o Senhor nos ares, enquanto outros, os que não creram, perecerão.

Ló e suas filhas (Lucas 17:28-37). Neste episódio, Ló e suas duas filhas escaparam de Sodoma e Gomorra que foi destruída com fogo e enxofre vindos do céu (Gên. 19). Ló teve que sair de Sodoma e Gomorra, símbolo de um mundo pecaminoso para que pudessem ser salvos, foram chamados para fora daquelas cidades (o sentido do nome igreja é exatamente este, chamados para fora). Jesus alertou: "Assim será no dia em que o Filho do homem se manifestar" (Lucas 17:30). Quantos perecerão porque recusaram o convite de sair desse mundo semelhante a Sodoma e Gomorra! Detalhe, o anjo disse a Ló: "Apressa-te, escapa-te para ali; porque nada poderei fazer, enquanto não tiveres ali chegado" (Gên. 19:22a). Nesta alegoria vemos que o arrebatamento será antes da Tribulação. Uma vemos que Jesus nos livra da ira vindoura (I Tes. 1:10), somente aqueles que estiverem em Cristo se livrarão desse dia, os quais deverão ser tirados da terra para que a Tribulação ocorra.

Os excluídos de estar com Cristo sempre

1. "Digo-vos que naquela noite estarão dois numa cama; um será levado, e outro será deixado." (Lucas 17:34)
2. "Duas estarão juntas, moendo; uma será levada, e outra será deixada." (Lucas 17:35)
3."Dois estarão no campo; um será levado, o outro será deixado." (Lucas 17:36)

Já que estamos falando em termos de Dilúvio, é bom falarmos que existe mais de uma interpretação deste texto: quando as Escrituras dizem "levado" alguns, baseados no contexto de Gênesis afirmam que aqueles (as) que foram "levados" foram levados para juízo e morreram no Dilúvio, logo aqui aconteceria a mesma coisa, os "levados" seriam os que teriam sido "levados" a juízo. Há uma segunda linha de pensamento, e Thomas Horton se inclui nesta linha de pensamento, que diz: "Levado" (gr. paralãmbanetei) significa "levado junto ou recebido". Jesus "levou consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu" (Mateus 26.37)...Logo, aquele que é levado é recebido na presença de Jesus para estar com Ele para sempre (I Ts 4.17). "Deixado" (gr. aphietaí) significa "deixado para trás", assim como em Marcos 1:18,20, a fim de enfrentar a ira de Deus e os seus juízos. Seja como for, o que importa é que estejamos preparados para nos encontrar com o Senhor nos ares.

 Muitos poderão até ficar na igreja enganado a homens, mas jamais enganarão a Deus, o joio cresce junto com o trigo, os dois se parecem, o primeiro é duro, venenoso; o segundo se aproveita para a alimentação podendo ser usado no fabrico pães, farinha, etc., ou seja, é útil.

Na ceifa, o trigo será recolhido no celeiro e o joio queimado no fogo (Mat. 13:24-30). Lembremos da advertência: "Lembrai-vos da mulher de Ló" (Luc. 17:32). Quando a mulher de Ló olhou para trás, para sua casa destruída em Sodoma, perdeu a vida, que era de maior valor para Deus do suas posses (Gên. 19:15,16,26). O que é mais importante para você, o mundo terreno que se corrompe à semelhança de Sodoma ou o porvir?

Alguns sinais da volta de Jesus

Como já falamos anteriormente, não sabemos o dia da volta do Senhor, Ele mesmo nos alertou sobre isso, mas apesar de não sabermos, Ele nos alertou sobre os sinais que antecederiam a sua volta:

1. falsos cristos (Mat. 24:5). Como já sabemos, a própria história nos conta sobre tais pretendentes a "cristos" que arrebanham muitas vidas para os caminhos de morte. Desde os primeiros séculos, muitas figuras messiânicas surgiram no cenário mundial atraindo grandes multidões de seguidores. O conhecido historiador Flávio Josefo fala sobre muitos falsos profetas com aspirações políticas nos primeiros anos da era cristã. Segundo as palavras do próprio Josefo, esses falsários usavam o pretexto de religião para enganar o povo. Houve o caso de um falso mestre que levou uma multidão para o deserto, com a promessa de que Deus faria ver, por meio de sinais extraordinários, que os queria libertar da escravidão.

O resultado disso foi que o então governador chamado Félix pensando ser uma revolta por parte do povo judeu mandou a cavalaria e a infantaria, que matou um grande número de pessoas envolvidas. Ainda segundo Josefo, outro mal maior surgiu depois do primeiro nas regiões da Judeia com as investidas de um falso profeta egípcio, o qual o próprio autor chama de impostor. Tal falso profeta egípcio teria fascinado o povo de tal forma que conseguiu arrebanhar cerca de trinta mil seguidores os quais sob as ordens do egípcio se reuniram no que Flávio chama de montanhas das oliveiras, os fez marchar contra Jerusalém para expulsar os romanos e se apoderar da cidade e estabelecer o ser trono. Ao saber da investida, Félix enviou tropas romanas com um misto de judeus que dizimou o exército do egípcio, que conseguiu fugir com alguns poucos.

Ainda que desde muito tempo já podemos ver falsos cristos, nestes últimos dias eles tem surgidos com muito maior força e número, basta fazermos alguma pesquisa no Google para lermos matérias a respeito de homens que se auto-proclamam 'o cristo'. (veja alguns deles: Homem acredita ser a reencarnação de Jesus Cristo, Fundador de seita se auto-proclama reencarnação de Jesus e atrai multidões).

2. guerra e rumores de guerras (Mat. 24:5), nação contra nação e reino contra reino (Mate. 24:6,7). Só para citar alguns, podemos nos lembrar do conflito entre Irã e Iraque que começou em 1980 e chegou a durar 8 anos com um saldo de mais de um milhão de mortos; a guerra do Golfo de Agosto de 1990 até fevereiro de 1991 o saldo estimado de mortos dos dois lados foi de cerca de quase 140 mil; a invasão do Líbano em 1982; a Intifada de 1987-1993 levando à morte centenas de jovens; a guerra do Afeganistão em 2002; guerras na África que, inclusive, usa crianças como soldados; conflitos internos na Colômbia; conflitos e rumores de guerras entre a Coreia do Norte e o Japão; rumores de guerra entre as duas Coreias, a do Norte e a do Sul; rumores de guerra entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos, etc.

3. fomes e terremotos em vários lugares (Mat. 24:7), esse é o ambiente no qual nos deparamos em vários lugares do mundo atual. Segundo o site Colégio Web, existem dados de que mais de 100 milhões de pessoas não tem onde morar, acarretando com isso o problema da fome, levando principalmente crianças à desnutrição e morte aos milhões. Segundo o site Apolo 11, nos últimos sete dias foram registrados 177 abalos sísmicos (dados de 26/06/2013). Há registros de um terremoto na região de Toscana (data: 21/06/2013); terremoto de 6,3 graus em Taiwan deixa pelo menos um morto e é sentido em Hong Kong a mais de 700 km (data: 02/06/2013); terremoto de 5,8 graus no norte da Índia causando destruição (data: 01/05/2013); terremoto de 6,6 graus no sudoeste da China deixa quase 200 mortos e cerca de 3 mil feridos (data: abril de 2013). Estes são alguns mais recentes, mas podemos ainda nos lembrar do que ocorreu no Japão em 2011 causando um tsunami; na Indonésia em 2004 seguido por um tsunami que matou mais de 200 mil pessoas; o do Chile em 2010, etc...

4. perseguições aos santos (Mat. 24:9), isso já é visto em vários países muçulmanos onde cristãos são mortos por professar sua fé em Jesus, e não somente nesses países mas também em todo o mundo. Cristãos são presos, torturados, difamados, assassinados, decapitados, etc...

5. escândalos, traições, ódio (Mat. 24:10), também podemos ver esses acontecimentos próximo de nós, pela TV, internet, etc. Pais traindo filhos, filhos traindo pais; maridos traindo esposas, esposas traindo seus maridos; irmãos se levantam contra os próprios irmãos, etc...

6. falsos profetas (Mat. 24:11), a cada dia tem se multiplicado no mundo.

7. multiplicação do pecado e esfriamento do amor (Mat. 24:12), pessoas matam por muito pouco, praticam a pedofilia como algo comum, roubam descaradamente, destroem como se não houvesse um juízo a seguir. As pessoas estão cada dia mas susceptíveis de praticar o mal contra o próximo e achar que tudo é normal, pois se você não tem amor em você mesmo, fazer o mal contra a vida de alguém ou ignorá-lo é a mesma coisa. Inversão de valores bíblicos, devassidões, blasfêmias, etc...Todas essas coisas estão levando o homem a se desviar do seu principal objetivo, a vigilância e a necessidade de estar com Cristo hoje e sempre. Os seres humanos que viveram antes do Dilúvio e os moradores de Sodoma e Gomorra não se prepararam, preferiram viver ao seu bel-prazer praticando a vontade da carne e do pensamento, como filhos da ira, receberam o que seus atos mereciam (Ef. 2:3). Que isso não aconteça com nenhum de nós, antes, que possamos ser como virgens prudentes que sempre aguardam pela chegada do noivo, e que possamos estar com Cristo hoje para que possamos estar com Ele para todo o sempre. Amém. Ora vem, Senhor Jesus (Ap. 22:20). Este mundo não é o seu lugar, se quiseres, tem uma morada superior, nos céus, esperando por você.

www.oucaapalavradosenhor.com

Referências:
Rei dos reis
KEENER, Craig S. Comentário Bíblico Atos. Novo Testamento: 1ª ed. Belo Horizonte: Editora Atos, 2004.
STERN, David H. Comentário Judaico do Novo Testamento: 2ª Ed. Belo Horizonte: Editora Atos, 2008.
DOUGLAS, J.D. O Novo Dicionário da Bíblia: 3ª Ed. Revisada. São Paulo: Editora Vida Nova, 2006.
GRUDEM, Wayne. Teologia Sistemática: Autal e Exasutiva. Nova Ed. São Paulo: Vida Nova, 2011.pt.wikipedia.org
www.brasilescola.com
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terça-feira, 25 de junho de 2013

Conheça os trabalhos da Sepal com índios e pescadores

Voluntários enfrentam a escassez de verbas, mas realizam trabalhos pioneiros junto às comunidades.

Conheça os trabalhos da Sepal com índios e
pescadores
A Sepal (Servindo Pastores e Líderes) presta apoio a muitas ações missionárias no Brasil, entre elas a MEVA (Missão Evangélica da Amazônia) que promove atividades com tribos indígenas.
A equipe da MEVA é formada exclusivamente por médicos e dentistas que saem pelas tribos indígenas para prestar atendimento de saúde e levar o Evangelho de Jesus Cristo.

Os voluntários são recrutados pelo Ministério de Daniel Schimenes, em São Paulo, que aceitam ficar de uma semana a quinze dias em cada tribo, sendo que em muitas delas o português não é uma língua falada.

O custo desse trabalho é bem alto, principalmente pela estrutura que é necessária para os atendimentos médicos e odontológicos. Fora isso as diferenças culturais também dificultam as ações, mas não intimidam os missionários, como o próprio Daniel comenta.

“A mudança não é radical e nosso objetivo não é mudar a cultura das tribos. Mas é bom ver, por exemplo, que homens indígenas, antes com comportamento agressivo, passaram a tratar melhor as suas mulheres e filhos”, afirmou o dentista.

Schimenes realiza há 11 anos um trabalho semelhante que atende a seis vilas de pescadores que moram em Cananeia, divisa entre os Estados de São Paulo e Paraná. “Fazemos trabalhos com crianças, evangelismo pessoal, atendimento médico e dental, construção de casas e quadras multifuncionais, além de projetos de auto sustentabilidade. Também reformamos escolas, visitamos casas e compartilhamos o amor de Deus num lugar muito bonito, porém carente”, disse.

Esses trabalhos possuem um alto custo e contam com apoio da Sepal para serem realizados. “Os recursos são limitados para a realização de nossas ações, mas ainda assim, não nos desanimamos de seguir com nosso trabalho e de transmitir o evangelho de maneira clara”.

Ao longo desses anos mais de 72 equipes foram enviadas para Cananeia, somando mais de 1000 voluntários que, amparados pela MEAP (Missão Evangélica de Assistência aos Pescadores) tiveram acesso à região e puderam cumprir com a missão de evangelizar e cuidar da saúde da população.

Fonte: Gospel Prime

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Deus pune o filho pelo pecado do pai?

Ezequiel 18:4,20 diz com clareza que Deus não pune os filhos pelos pecados de seus pais, mas que "a alma que pecar, essa morrerá [por causa de seus próprios pecados]". Entretanto, em Êxodo 20:5, somos informados de que Deus "visita (castiga NVI) a iniquidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração". Estas duas colocações parecem ser claramente contraditórias.

O ensinamento deste capítulo está sumarizado no verso 20 e necessita ser colocado no contexto do livro inteiro para poder ser avaliado com clareza. Seu principal propósito é vindicar a justiça de Deus. Ao lermos todo o capítulo 18 de Ezequiel podemos perceber que os contemporâneos do profeta alegavam que estavam sendo castigados pelos pecados da geração anterior, demonstrando falta de humildade e de reconhecimento de suas culpas por causa de seus atos pecaminosos. Ezequiel declara ao povo que Deus não age assim, mas considera cada homem responsável por suas próprias transgressões e lhes retribui segundo esse princípio, sendo que cada homem receberá a justa retribuição de sua conduta. A culpa é pessoal. Ezequiel foi o primeiro a declarar isso publicamente.

No verso 21 Ezequiel fala como porta-voz de Deus de forma enfática: "se o ímpio se converter...; não morrerá" e no 22 lemos que "não haverá lembrança do mal que cometeu anteriormente..., e viverá". Aquele que andar nos caminhos do Senhor, não morrerá pela maldade de seu pai (vers. 14-17); certamente viverá. Um homem não somente está livre dos pecados de seu pai; mas pode livrar-se de seu próprio passado pecaminoso, se assim o desejar ao se arrepender. O que Deus requer do homem que vive em pecado está expresso em uma das frases mais belas do livro de Ezequiel: "Vinde e convertei-vos de todas as vossas transgressões, e a iniquidade não vos servirá de tropeço..Criai em vós um coração novo" (Ez. 18:30-31).

Ezequiel está falando que a culpa que os pais tem, por terem pecado, não se transfere para os filhos; mas Moisés referia-se às consequências dos pecados dos pais, dizendo que estas passam para os filhos. Infelizmente, se um pai é alcoólatra, os filhos poderão sofrer abusos e até mesmo a pobreza. Da mesma forma, se uma mãe contrai Aids pelo uso de drogas, então o seu bebê pode nascer com Aids. Mas isso não significa que aquela criança inocente seja culpada dos pecados de seus pais.

Mesmo que a passagem do livro de Êxodo implique que a culpa moral de alguma forma seja passada para os filhos, seria porque eles também, como seus pais, teriam pecado contra Deus. Deve-se observar que a passagem das iniquidades de uma geração para outra se faz com aqueles que o "aborrecem" (Êx 20:5), isto é, que não cumprem os seus mandamentos.

Referências:
GEISLER, Norman; HOWE, Thomas. Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e "Contradições" da Bíblia. 1ª Ed. São Paulo: Mundo Cristão, 1999.
DAVIDSON, F. O Novo Comentário da Bíblia. 3ª Ed. São Paulo: Ed. Vida Nova, 1990.

sábado, 22 de junho de 2013

O apóstolo Pedro foi o primeiro Papa?

Um dos maiores problemas dos homens concernentes às Escrituras é ultrapassar o que está escrito (I Cor. 4:6b), indo além das Escrituras Sagradas criando fábulas e doutrinas de homens (I Tim. 4:7; II Tim. 4:4; Tito 1:14; II Ped. 1:16). Desde os tempos apostólicos, vemos que a igreja do Senhor combateu ardorosamente àqueles que indo além das Escrituras, queriam desviar os menos avisados com seus ensinos não bíblicos. Tais pessoas se valiam da falta de compromisso dos homens com a Palavra de Deus, conseguindo, então, arrebanhar a muitos com seus ensinos desprovidos da verdade bíblica.

E um desses ensinos é a famosa premissa de que o apóstolo Pedro foi o primeiro Papa. Bem, sendo coerentes com as Escrituras, descobriremos que não existe uma única base ou fundamento escriturístico para tal ensino, que mais se baseia em tradição do que nas Sagradas Letras que podem nos dar sabedoria para a salvação pela fé em Cristo (II Tim. 3:15). Quando analisamos o sistema católico-romano, somos confrontados com o ensino de que o referido apóstolo foi o primeiro Papa da história. Assim, Pedro é considerado mais do que um apóstolo e servo de Jesus Cristo; ele é apontado como "representante de Cristo na terra, fundamento da sua Igreja... o pastor universal de todos em nome de Cristo" (John Francis Noll e Lester J. Fallon, Father Smith Ins-tructs Jackson, St. Louis, 1949, pgs. 48, 49), trocando em miúdos, o primeiro na linhagem dos Papas da Igreja Católica Romana.

Este dogma é oficialmente definido como segue: "A cátedra apostólica e o pontífice romano mantém supremacia sobre o mundo todo; o pontífice romano é o sucessor de Pedro, o príncipe dos apóstolos, verdadeiro vigário de Cristo, e cabeça da igreja; ele é o pai e mestre de todos os cristãos; e, em Pedro, lhe é outorgado poder integral, por nosso Senhor Jesus Cristo, para nutrir, dirigir e governar a igreja universal, em conformidade com o que se acha contido nos atos dos concílios gerais e nos santos cânones" (Concílio de Florença, Sess. X). Vemos que a igreja romana com o intuito de confirmar tudo o que disse a respeito de Pedro como primeiro Papa, amaldiçoa a todo e qualquer que não aceitar tal autoridade. Isso fica bastante claro no Concílio Vaticano de 1870 que adicionou a seguinte condenação: "Se alguém disser que Pedro não foi ordenado príncipe de toda a Igreja Militante, ou afirmar que ele recebeu diretamente de nosso Senhor Jesus Cristo somente uma supremacia de honra e não de jurisdição real e verdadeira, seja anátema".

É muito interessante que, quem aceita apenas o que a Bíblia diz e rejeita o que a autoridade do Concílio Vaticano afirma ser a verdade, deve viver debaixo de maldição segundo sua afirmação! Uma grande inversão de valores. Vejamos agora algumas das principais afirmativas e textos bíblicos apresentados pela Igreja Romana com o intuito de provar que Pedro foi o primeiro Papa, o cabeça (cabeça e fundamento? Não seria Cristo? Ef. 5:23; Col 1:18) e fundamento da Igreja.

1. Pedro é a pedra sobre a qual a igreja é edificada?

"Também te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Mateus 16:18).

A importância dessa passagem como prova de ser Pedro o fundador da igreja, manifesta-se para os católicos no fato de estar ela (também 21:15) inscrita em enormes letras no interior da cúpula da catedral de São Pedro em Roma, de maneira que possa ser lida do pavimento inferior. Este texto é considerado pelos católicos como a carta-magna do papado.

O que Cristo quis dizer com as palavras: sobre esta pedra edificarei a minha igreja"? A interpretação católica romana é que "esta pedra" se refere a Pedro, por ser "papa" a tradução literal, do seu nome. Mas, se Cristo desejasse afirmar que Pedro seria a pedra fundamental da igreja, Ele teria empregado linguagem simples, comum, literal, assim como: "Tu és Pedro e sobre ti edificarei a minha igreja."

O fato do ponto de vista católico sobre esta passagem estar errado, evidencia-se pela ausência das palavras "tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja" em Marcos 8:29 e Lucas 9:20, passagens paralelas à de Mateus 16:18. Nesses versículos, Jesus pergunta: "Mas vós quem dizeis que eu sou?", e Pedro responde: "Tu és o Cristo" (Marcos) ou "O Cristo de Deus" (Lucas). Com a resposta de Pedro o assunto em discussão fica encerrado.

Se o dogma da superioridade de Pedro é verdadeiro e de tamanha importância, como a Igreja Católica ensina, não parece praticamente inconcebível que os registros de Marcos e de Lucas nada tenham a dizer sobre isso? Os católicos alegam que a narração de Marcos não faz referência a Pedro, como sendo "a pedra", porque foi baseada em informação prestada por Pedro, e que por modéstia Pedro omitiu qualquer referência a si mesmo como fundamento da igreja. Se tal conclusão fosse verdadeira, seríamos forçados a crer que a modéstia de Pedro ao guardar silêncio sobre assunto de tanta importância indicaria que ele mesmo não tinha em tão grande conceito o cargo que lhe fora supostamente conferido.

E, por que silenciaria Lucas a respeito do assunto? "Não é incrível que Lucas ignorasse uma declaração tão importante: o estabelecimento de um monarca na igreja de Deus e soberano do colégio apostólico"? (Issac Barrow, Works, 6.51.). Um exame da linguagem de Mateus 16:18 destrói a interpretação de que Pedro é "a pedra". O nome "Pedro no grego está no gênero masculino, Petros, e significa Pedra Pequena. A palavra "pedra" é do gênero feminino - Petra. Jesus não disse que edificaria sua igreja sobre Pedro, Petros, pequena pedra, mas sim sobre Petra, uma rocha. Os católicos refutam essa distinção do uso de petros e petra, sustentando que ao falar Jesus empregou o idioma aramaico, no qual Pedro e pedra grande ou rocha são a mesma coisa (Kepha), não havendo diferença de gênero nessa língua. Contudo, não há prova alguma de que Mateus tenha escrito seu evangelho exclusivamente em aramaico, se é que o fez.

E, desde que não temos nenhum manuscrito original escrito diretamente por Mateus, mas sim diversos textos antigos em grego, podemos muito bem supor que ele tenha escrito em grego. E, em todos esses textos gregos, Mateus 16:18 emprega os termos, petros e petra, os quais temos a certeza de que dão o verdadeiro sentido das palavras originais pronunciadas por Jesus. O que é, portanto a rocha, "a pedra" ou fundamento sobre o qual a igreja é construída de acordo com Mateus 16:18? Não se trata da pequena pedra, "petros" ou Pedro, mas da rocha sólida, da "petra", a grande verdade expressa na confissão de Pedro: "Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo" (Mateus 16:16). As escrituras fornecem evidências abundantes para esta conclusão:

"Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo (I Cor. 3:11). "...bebiam de uma pedra espiritual que os seguia; e a pedra era Cristo" (I Coríntios 10:4). Em seu comentário sobre Mateus 16:18, Elliott apresenta a seguinte e significativa explanação: "A palavra grega petros ou Pedro, não indica uma grande pedra ou rocha, apesar de estar ligada de certa maneira a PETRA, uma rocha, pois quer dizer, pedra ou pequeno pedaço de rocha. Compreende-se então que o VERDADEIRO FUNDAMENTO expresso na figura de petra ou rocha, é superior em dignidade á palavra precedente PETROS ou PEQUENA PEDRA, da mesma forma que PETRA, verdadeira rocha, é superior à simples pedra ou fragmento de rocha; porque rocha é a expressão figurada regularmente usada nas Escrituras para designar o supremo Senhor: O senhor é a minha rocha (II Samuel 22:2; Salmos 18:2). Muitos outros exemplos poderiam ser apresentados para demonstrar que a expressão usada pelo Senhor na ocasião não significava nada menos que a sua dignidade divina como declarada por Pedro no contexto
anterior: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo" (Charles Elliott, Deli-neation of Roman Catholicism, New York, 1841, II, pg. 186).

É Cristo que deve ser glorificado, não Pedro. "Dele (JESUS), por ele e para ele são todas as coisas. A ele a glória por toda a eternidade! Amém. (Rom. 11:36). E o próprio apóstolo Pedro nos afirma que Cristo é a pedra angular, eleita e preciosa, nada falando de si mesmo como sendo a Rocha, ou o fundamento.

Jesus, é na verdade, citado nas Escrituras como sendo uma pedra, mas no sentido de rocha sólida, angular, ou fundação sobre a qual nós cristãos somos edificados como pedras vivas, que compõem a igreja: "Também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo. Pois isso está na Escritura: Eis que ponho em Sião uma pedra angular, eleita e preciosa; e quem nela crer não será de modo algum envergonhado" (1 Pedro 2:5- 6).

Em Efésios 2:19-22, os apóstolos e profetas são designados como fundação secundária da igreja; e ainda em conformidade com outras escrituras sobre o mesmo assunto, Jesus é retratado como fundamento principal, básico, a pedra angular sobre a qual se sustém toda a igreja: "... família de Deus; edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo Cristo Jesus, a pedra angular; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor, no qual também vós juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus no Espírito."

Observa-se que Pedro não recebeu uma posição especial nessa descrição. Todos os apóstolos estão relacionados da mesma forma que ele à igreja; todos fazem igualmente parte da fundação secundária. Conway tenta escapar do significado desta conclusão, ao declarar: 'A igreja é de fato edificada sobre os Apóstolos e os Profetas, mas não da mesma maneira, pois, com certeza, os profetas não eram doutrinadores no mesmo sentido dos Apóstolos" (B.L. Conway, Question Box, New York, 1903, pg. 201). Supondo-se que seja verdade, na passagem que está sendo considerada, haver Paulo feito distinção entre apóstolos e profetas, no sentido da superioridade entre uns e outros, que prova nos apresenta Conway da existência de uma distinção entre Pedro e os demais apóstolos? Para concordar com Conway, Paulo deveria ter escrito: "..... família de Deus; edificados sobre o fundamento do papa Pedro, dos apóstolos e profetas..."

E os chamados "Pais" religiosos da antigüidade, teriam concordado quanto ao significado de Mateus 16:18?

O Dr. Kendrick, arcebispo católico de St. Louis, reuniu assim as várias interpretações daqueles "Pais":

1. Dezessete Pais designaram Pedro como a pedra sobre a qual a igreja é edificada.
2. Oito Pais, incluindo Orígenes, Cipriano, e Jerônimo, ensinaram que todo o colégio apostólico é a rocha, ou pedra.
3.Quarenta e quatro Pais, incluindo Gregório de Nissa, Crisóstomo, Hilário e Ambrósio, designaram a confissão de Pedro quanto à filiação divina de Cristo, como a pedra.
4. Dezesseis Pais ensinaram que o próprio Cristo é a pedra" (David Schaff, Our Father's Faíth and Ours, New York, 1928, pg. 249).

Dessa informação, concluímos que nem mesmo os líderes religiosos sobre cujos ensinamentos a Igreja Católica Romana se apoia extensivamente, concordavam quanto à suposta carta-magna do papado, Mateus 16:18. Prova-se assim que é falsa a declaração de Belarmino ao dizer que a interpretação desta passagem que indica Pedro como a pedra sobre a qual se edifica a igreja, tinha "o apoio de toda a igreja, tantos dos Pais gregos quanto dos latinos" (Ibid., pg. 343).

Outra coisa que precisamos ter em mente é deixarmos de buscar as glórias efêmeras dos homens que nada podem, e estarmos sempre voltados para o Senhor, o único digno de glória, sobre o qual, de fato, a sua Igreja foi edificada. O Senhor é a nossa única Rocha eterna (Sal. 62:2; 19:14; 18:46; 31:2, etc...).

2. As chaves do reino dos céus foram dados somente a Pedro?

"Dar-te-ei as chaves do reino dos céus: o que ligares na terra, terá sido ligado nos céus; e o que desligares na terra, terá sido desligado nos céus" (Mateus 16:19). A Igreja Católica Romana ensina que "Pedro não recebeu as chaves (do reino dos céus) particularmente, mas como supremo pastor, e em benefício da Igreja" (Peter Dens, de Eccles., n.0 91, tom. III, pg. 433). Conway declara: Cristo, o portador da Chave (Ap. 3:7) prometeu fazer de Pedro o portador da Chave no seu reino; isto é, ter completo poder e jurisdição na Igreja" (Conway, obra citada, pg. 197). O fato de Jesus ter prometido dar a Pedro as chaves do reino dos céus, simbolizando o poder de ligar e desligar, é sem dúvida ensinado em Mateus 16:19, mas isto não significa que esta promessa prove que Pedro foi nomeado supremo pastor da igreja nem que as prerrogativas inclusas nessa promessa tenham dado autoridade superior a Pedro em relação a seus
companheiros apóstolos.

O propósito declarado para o qual Jesus deu "as chaves" a Pedro, abrange a autoridade que Ele concedeu a todos os apóstolos, incluindo o poder de conceder aos homens os meios para entrar no reino dos céus, ou igreja. O único ponto que pode ser anotado a favor de Pedro neste sentido, sobre seus colegas apóstolos, é que ele foi o primeiro a fazer uso das "chaves" em benefício de judeus e gentios; quando estendeu a lei de Cristo, o meio de ingresso na igreja, aos primeiros no primeiro dia de Pentecostes após a ascensão do Senhor (Atos 2) e aos últimos na casa de Cornélio (Atos 10).

Todavia, todas as vezes em que os demais apóstolos pregaram o evangelho a judeus ou a gentios, estavam exercendo a mesma autoridade que Pedro no uso das "chaves". Além disso, também em nossos dias, a mesma autoridade apostólica no que concerne ás "chaves do reino", entrada na igreja de Cristo, está sendo utilizada.

O argumento de ter Jesus expressamente prometido em Mateus 16:19 dar "as chaves" a Pedro, não prova coisa alguma a favor da supremacia do apóstolo sobre seus companheiros. É simplesmente natural que o Senhor especificasse Pedro como recipiente das "chaves" naquelas circunstâncias, quando foi Pedro quem fez a boa confissão em resposta à pergunta de Jesus: "Mas vós, quem dizeis que eu sou?" (Mateus 16:15). Elliott faz aqui um comentário adequado: "Cristo não prometeu as chaves exclusivamente a Pedro, como também não prometeu abençoá-lo de maneira exclusiva, ao dizer: "Bem-aventurado és Simão Barjonas porque não foi carne nem sangue quem to revelou, mas meu Pai que está nos céus". Cristo tinha perguntado a todos os apóstolos: "Quem dizeis que eu sou?" Pedro respondeu então em nome de todos: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo". Diante disso, poderíamos tanto dizer que Cristo abençoou unicamente a Pedro, com exclusão dos demais, como prometeu as chaves apenas a ele" (Elliott, obra citada, pg. 189).

Que a autoridade expressa nas palavras "o que ligares na terra terá sido ligado nos céus, e o que desligares na terra terá sido desligado nos céus", simbolizada pelo poder das chaves entregues aos apóstolos, não foi uma prerrogativa exclusiva concedida a Pedro, fica confirmado em João 20:21-23, onde Jesus declarou a todos os seus apóstolos: "Paz seja convosco: Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio. E, havendo dito isto, soprou sobre eles, e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo. Se de alguns perdoardes, os pecados, são-lhes perdoados; se lhes retiverdes, são retidos". Isto explicou o conceito de ligar e desligar.

Quando as pessoas rejeitam a autoridade de Cristo expressa no ensinamento de todos os apóstolos (não apenas de Pedro), recusando-se assim a obedecer ao evangelho, seus pecados permanecem, ou elas ficam escravizadas aos mesmos; mas, ao aceitar e obedecer à verdade, os pecados são perdoados, libertando a pessoa. Cf. Apocalipse 1:5. No processo de libertação dos pecados pela obediência ao evangelho, a autoridade de Cristo expressa na doutrina apostólica, a porta do reino dos céus, é aberta aos homens; mas ao rejeitar o evangelho, esta porta é fechada, e a pessoa continua presa aos seus pecados.

Esta é a explanação lógica e escriturística do poder simbólico das "chaves" investido na autoridade dos apóstolos. Cf. I João 4:6. O Senhor, continuando a discutir o assunto, representa o poder apostólico de ligar e desligar como pertencente a toda a igreja e não somente a Pedro: "Em verdade vos digo que tudo
o que ligardes na terra, terá sido ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra, terá sido desligado no céu"
(Mateus 18:18). Precisamos estudar cuidadosamente a passagem dentro do seu contexto.

3. O poder de firmar ou fortalecer a igreja, foi dado a Pedro?

"Simão, Simão, eis que Satanás vos reclamou para vos peneirar como trigo. Eu, porém, roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; tu, pois, quando te converteres, fortalece os teus irmãos" (Lucas 22:31-32). Noll e Fallon, ao tentarem provar aqui a superioridade de Pedro, fazem o seguinte comentário:
"Dirigindo-se a Pedro, Cristo lembrou-o de que Satanás estava conspirando contra todos os apóstolos ("vós" no verso 31 é plural no grego): "Eu, porém, roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; tu, porém quando te converteres, fortalece os teus irmãos". As palavras "tu" e vos , em Mateus 16:19 e Lucas 22:32, também em João 21:15-17, têm aberto os olhos de milhares de pessoas quanto ao lugar ocupado por Pedro na Igreja" (NolI and Fallon, obra citada, pg. 49).

Não podemos ver como Lucas 22:32, ou os outros versículos mencionados, poderão abrir os olhos de alguma pessoa que busque a verdade de Deus em referência ao dogma "o lugar de Pedro na Igreja" é o de Papa. É verdade que a palavra "vós" está no plural (Lucas 22:31) em grego, referindo-se assim a todos os apóstolos e, que, no verso 32 Jesus volta-se particularmente para Pedro. Mas, será que o fato do Senhor mencionar expressamente que orou a favor de Pedro, significa que não fez o mesmo em benefício de todos os outros? Certamente que NÃO.

Dá Ele ordem a Pedro para firmar ou fortalecer seus irmãos, como prerrogativa exclusiva? Novamente dizemos: NAO. Em grego "fortalecer" é termo encontrado também em Atos 14:22; 15:32, 41; 18:23, quando Paulo e Barnabé confirmavam (firmavam ou fortaleciam) as igrejas de Cristo na Síria e Cilícia; e Judas e Silas confirmavam os irmãos de Antioquia; e, ainda, quando Timóteo confirmava a igreja de Tessalônica. Bem longe de ser prerrogativa exclusiva de Pedro, o fato de fortalecer ou confirmar os irmãos
foi uma autoridade concedida a todos os apóstolos, e até mesmo aos evangelistas que não eram sequer apóstolos, tais como Judas, Silas e Timóteo. À luz dos fatos mencionados, torna-se completamente absurdo o comentário de Conway: "Pedro foi ordenado de maneira exclusiva... para confirmar os irmãos" (Conway, obra citada, pg. 197).

Em seus comentários sobre Lucas 22: 31-32, Salmon declara: "Posso, de passagem, mencionar outra escritura (II Corintios 11:28), onde Paulo se mostra estranhamente ignorante das prerrogativas de Pedro. Pois, tendo enumerado alguns de seus trabalhos e sofrimentos pela causa do Evangelho, ele acrescenta: "Além das coisas anteriores, há o que pesa sobre mim diariamente, a preocupação com todas as igrejas". Se, de acordo com a teoria romana, o cuidado de todas as igrejas era jurisdição de Pedro, São Paulo se mostrou pouco razoável ao reclamar das dificuldades enfrentadas ao se intrometer no que competia a outro homem. Nesse caso, São Paulo se tornaria o que São Pedro chama de ALLOTRIOEPISKOPOS (I Pedro 4:15)" (George Salmon, The Infalibility of the Church, pg. 343).

Mas, por que Jesus enfatizou de forma expressa o ter rogado por Pedro naquela ocasião?

Por causa do perigo especial que o confrontava, devido ao seu temperamento impetuoso. Verdadeiramente, todos os apóstolos tinham sido clamorosos em seus protestos de lealdade ao Senhor na noite da traição, quando Ele profetizou que todos se escandalizariam por sua causa (Mateus 26:31-35), mas ninguém se mostrou tão presumido quanto Pedro. Jesus sabia que tal confiança em si mesmo seria a causa da queda de Pedro. Assim, o Senhor profetizou: "Afirmo-te, Pedro, que hoje três vezes negarás que me conheces,
antes que o galo cante"
(Lucas 22:34). E, dito e feito. Depois da fuga dos outros discípulos, o impetuoso e convencido Pedro, sem perceber o perigo que corria a sua fé, colocou-se numa posição em que o seu relacionamento com Jesus foi exposto ao ridículo, e fraquejou dolorosamente ao negar o Senhor três vezes, como havia sido profetizado. Não é de admirar portanto, que Jesus enfatizou ter orado por Pedro, não como argumento a favor da supremacia deste, mas como declaração de sua fraqueza moral.

E, nada mais natural, o fato do Senhor tê-lo exortado a fortalecer os irmãos quando se recuperasse da sua queda tão trágica. Mas, a mesmo conselho se aplicaria a todos as seguidores do Senhor, que tenham sofrido quedas, e depois voltado a Deus em arrependimento. Esses filhos de Deus, arrependidos precisam ser ainda mais zelosos no incentivo e exortação dos irmãos do que jamais o foram, para que eles mesmos fiquem mais firmes contra o pecado. Veja Romanos 12:21.

4. Cristo deu a Pedro, o Seu próprio e completo poder como Pastor do Rebanho, a Igreja?

"Depois de terem comido, perguntou Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-me mais do que estes outros? Ele respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Ele lhe disse: Apascenta os meus cordeiros. Tornou a perguntar-lhe pela segundo vez: Simão, filho de João, tu me amas? Ele lhe respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Pastoreie as minhas ovelhas. Pela terceira vez Jesus lhe perguntou: Simão, filho de João, tu me amas? Pedro entristeceu-se por Ele lhe ter dito, pelo terceira vez: Tu me amas? E respondeu-lhe: Senhor, tu sabes todas as coisas, tu sabes que eu te amo. Jesus lhe disse:
Apascenta as minhas ovelhas"
(João 21:15-17).

A Igreja Católica Romana ensina que "a Pedro somente, Cristo dirigiu... palavras que não deixam dúvidas quanto à sua escolha como pastor UNIVERSAL e mestre de todos em nome de Cristo. Em conformidade com João 21:15-17, depois de ter recebido de Pedro uma tripla confissão de amor, como um pedido de perdão pelas três vezes em que O havia negado, Cristo lhe confiou a cuidado de todo o seu rebanho, nestas palavras: Apascenta as meus cordeiros; apascenta as minhas ovelhas. Cristo gostava de chamar a Si Mesmo de 'O Bom Pastor', e referir-se aos seus seguidores como a seu rebanho. Seu rebanho composto de cordeiros e ovelhas, necessitava de um pastor, depois de sua volta ao Céu. Tal encargo foi dado a Pedro" (Naíl e Fallon, obra citada, pg. 49).

Não há base alguma em João 21:15-17 para a alegação dos católicos segundo a qual Jesus confiou a Pedro o cargo de pastor universal de seu rebanho. Se o triplo mandamento de Jesus a Pedro para que apascentasse as seus cordeiros e ovelhas, significa que Pedro deveria ser o único pastor do rebanho ou igreja, então a tríplice resposta de Pedro à pergunta: "Tu me amas?", significaria que Pedro é o único que ama ao Senhor. Mas, assim como não foi o único pastor, também não foi o único que mostrou amor.

As escrituras atestam de maneira clara e simples o fato de que a atividade de apascentar a rebanho de Cristo não pertence exclusivamente a Pedro. O crescimento espiritual das ovelhas do Senhor se concretiza por meio de alimento suprido na "doutrina das apóstolos" (Atos 2:47); portanto, todos os apóstolos receberam autoridade de Cristo para serem os pastores universais da igreja vigente e não Pedro somente.

Não têm, porventura, as cartas de Paulo o mesmo valor para alimentação do rebanho do Bom Pastor, quanto as de Pedro?

A obrigação de apascentar o rebanho do Senhor tem sido atribuída a todos os pastores do Senhor (bispos ou presbíteros), aqueles que cuidam das congregações locais. Paulo exortou os presbíteros da igreja em Éfeso: "o Espírito Santo vos constituiu bispos para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue" (Atos 20:28); Pedro exortou todas as presbíteros: "Pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós" (I Pedro 5:2). A doutrina católica de que Pedro, O pastor universal da igreja, tinha a seu cargo a supervisão dos outras apóstolos, é negada em João 21:20-22: "Então Pedro, voltando-se viu que também ia seguindo o discípulo a quem Jesus amava... perguntou a Jesus: E quanto a
este? Respondeu-lhe Jesus: Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa? Quanto a ti, segue-me."

Caso Pedro devesse considerar a si mesmo como pastor universal do rebanho da Senhor, ele teria tido a oportunidade perfeita para apresentar-se dessa forma em sua exortação aos presbíteros em I Pedro 5:1, mas simplesmente referiu-se à sua pessoa como sendo "um presbítero com eles". Somente a Jesus ele honrou com a designação de "Supremo Pastor" (verso 4). Em parte alguma do Novo Testamento alguém recebe tal titulo, a não ser a próprio Senhor Jesus.

Então, qual o motivo da especial atenção de Jesus em João 21:15-17? Cirilo de Alexandria respondeu assim: "Se alguém quiser saber porque Jesus fez a pergunta apenas a Simão apesar de estarem presente os outros discípulos, e o que Ele quer dizer com "Apascenta os meus cordeiros", etc., respondemos que Pedro juntamente com os outros discípulos, já havia sido escolhido para o apostolado, mas como tinha caído, ... Ele agora curava o doente e exigia uma confissão tripla no lugar da negação tripla, contrastando
a primeira com a última e compensando a falta com a correção. Com a tríplice confissão, Pedro anula o pecado contraído pela tripla negação. Quando o Senhor diz: "Apascenta os meus cordeiros", considera-se como tendo sido feita uma renovação da escolha para o apostolado, absolvendo a desgraça do pecado e cancelando a perplexidade de sua fraqueza humana" (Salman, obra cita-da, pg. 346).

Se Pedro foi o primeiro Papa, ele era infalível ou irrepreensível?

Além da não ser infalível como podemos perceber no episódio em que negou a Cristo (Mat. 26:34); foi incrédulo a ponto de submergir nas águas (Mat. 14:30 ); decepou a orelha do servo do sumo-sacerdote (Jo. 18:10  ); e foi repreendido por Paulo por agir de forma repreensível (Gál. 2:11-14). Concluindo, Pedro não foi e jamais poderia ter sido o primeiro Papa. Mas foi tudo aquilo que a Bíblia diz que foi, servo, apóstolo e um apaixonado por Cristo. Voltemos sempre para as Escrituras e deixemos que as mesmas falam por si só.

Deus abençoe.

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Referências:
Seitas e Heresias, Diversos Autores, p. 28-33.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Será que os estatutos de Deus são maus como querem alguns afirmar?

"Por isso também lhes dei estatutos que não eram bons, juízos pelos quais não haviam de viver..."
(Ezequiel 20:25)

Neste versículo Deus diz: "pelo que lhes dei estatutos que não eram bons e juízos pelos quais não haviam de viver". Entretanto, a Bíblia declara que as leis de Deus são perfeitas e santas (Lv 11:45; SI 19:7; Rm 7:7). Como poderíamos harmonizar essas duas passagens?

O capítulo 20 de Ezequiel se refere à apostasia de Israel, vemos claramente que os próprios líderes haviam "levantado ídolos em seus corações" os quais procuravam amaldar-se à idolatria do ambiente ao qual viviam, e a resposta do SENHOR foi um julgamento contra os idólatras (Ez. 14:7-8; 20:33-39). O povo estava agindo de forma rebelde contra o SENHOR recusando a ouvir a sua voz (v.8). Antes, no verso 11, o SENHOR diz ter dado ao seu povo "...os meus estatutos e lhes mostrado os seus juízos, os quais, cumprindo-os o homem, viverá por eles." (Ezequiel 20:11). Isso quer dizer que os estatutos eternos do SENHOR que dão vida não são maus, pois levam à vida. O versículo 25, com certeza, se refere em primeiro lugar, provavelmente não às leis de Deus, mas a estatutos pagãos que Deus fez com que fossem transferidos para o seu povo quando ele desobedeceu a sua santa lei.

Observe-se que o texto diz que Deus lhes deu estatutos que não eram bons porque "se rebelaram contra mim" (20:21). Quando diz: "Por isso também lhes dei estatutos que não eram bons, juízos pelos quais não haviam de viver..." (Ezequiel 20:25), mostra que foi dada uma outra lei, não a Lei de Deus a qual o homem teria vida por meio delas (V. 11), mas outra lei por ocasião da desobediência do povo (21). A versão NVI nos dá um melhor entendimento disso dizendo que Deus os abandonou a decretos que não eram bons: "Também os abandonei a decretos que não eram bons e a leis pelas quais não conseguiam viver...".

Ainda, há um sentido no qual a santa lei de Deus pode ser entendida como não sendo boa, ou seja, considerando-se que a desobediência a ela resulta em males. O apóstolo Paulo expressou-se assim a esse respeito: "É a lei pecado? De modo nenhum!... Mas o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, despertou em mim toda sorte de concupiscência; porque, sem lei, está morto o pecado" (Rm 7:7-8). Ou seja, o propósito da lei é bom (isto é, revelar a retidão de Deus), mas o resultado da desobediência da lei é o mal (já que a lei dá oportunidade a que o pecado ocorra).

Referências:
GEISLER, Norman; HOWE, Thomas. Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e "Contradições" da Bíblia. 1ª Ed. São Paulo: Mundo Cristão, 1999.
DAVIDSON, F. O Novo Comentário da Bíblia. 3ª Ed. São Paulo: Ed. Vida Nova, 1990.

Deus se regozija com a condenação do pecador?

"Porque não tenho prazer na morte de ninguém, diz o Senhor Deus; convertei-vos, pois, e vivei..."
(Ezequiel 18:32)

De acordo com este versículo, Deus declara: "Porque não tenho prazer na morte de ninguém [em seus pecados]". Contudo, em Provérbios 1:26, Deus declara ao pecador: "Também eu me rirei na vossa desventura, e, em vindo o vosso terror, eu zombarei".

Estas, porém, parecem ser atitudes conflitantes entre si, com relação à condenação do pecador.

A resposta baseia-se no fato de que essas passagens falam de dois tipos diferentes de pessoas. Deus não se regozija com a morte de um pecador que até a última hora de sua vida não se arrependeu, já que o Senhor sabe que "aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo" (Hb 9:27). Entretanto, Deus de fato "ri" (fica satisfeito) quando os néscios aprendem a consequência da sua imprudência nesta vida (cf. Pv 1:31). O riso é uma figura de linguagem (*antropopatismo) que procura exprimir a sua indignação por eles menosprezarem o caminho da sabedoria, indo pelo caminho da insensatez. Deus sente uma correta indignação com os que são imprudentes e para com os que não o temem (v. 29), e para si trazem ruína. Mas, de forma alguma Deus se regozija com os que chegam ao seu destino final sem ele, porque o Senhor não tem prazer algum na morte do ímpio.

*Antropopatismo. (Antropos = homem; pastismo = em termos) seria uma manifestação de Deus traduzida em palavras humanas. Ex. ciúmes, arrependimento, ira, etc.

Bibliografia:
GEISLER, Norman; HOWE, Thomas. Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e "Contradições" da Bíblia. 1ª Ed. São Paulo: Mundo Cristão, 1999.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Como puderam os escritos de Salomão vir a fazer parte das Escrituras, se I Reis 11:6 diz que Salomão fez mal aos olhos do Senhor?

"Provérbios de Salomão, filho de Davi, rei de Israel..."
(Provérbios 1:1)

Salomão começou o seu reinado como um homem que amava o Senhor (I Reis 3:3). Mais tarde ele começou a desviar-se de seus caminhos e fez o que era mau aos olhos de Deus. Como os escritos de um homem mau puderam tornar-se parte das Escrituras?

A razão de qualquer livro estar na Bíblia não se encontra na vida do seu autor humano, mas é por ter sido um livro inspirado pelo Espírito Santo (II Tm 3:16; cf. II Pe 1:20-21). Todo autor humano foi um homem pecador. A graça de Deus permitiu que homens fossem usados para comunicar a revelação de Deus. Salomão pediu ao Senhor a capacidade para julgar Israel e o discernimento "entre o bem e o mal" (I Rs 3:9). Os escritos de Salomão estão na Bíblia porque Deus sobrenaturalmente falou com ele (I Rs 3:10-15) e lhe deu sabedoria para que compartilhasse com outros. Em resumo, ele foi um profeta ou a boca pela qual Deus falou, por mais imperfeito que ele tenha sido.

Fonte: GEISLER, Norman; HOWE, Thomas. Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e "Contradições" da Bíblia. 1ª Ed. São Paulo: Mundo Cristão, 1999.

“Homem de aço” tenta imitar a história de Cristo

Segundo informações, a ideia da Warner Bros é mostrar a semelhança entre Clark Kent e Jesus Cristo.

Warner Bros mostra a ligação do "Homem de Aço" e Jesus Cristo
A equipe de marketing da Warner Bros está promovendo o filme “Homem de Aço”, o mais recente filme do Super-Homem, de uma forma diferente: chamando líderes de igrejas nos Estados Unidos para assistir sessões gratuitas do filme.

Para atrair o público religioso, o estúdio convidou um teólogo para escrever uma pregação fazendo a ligação entre o filme e a vida de Jesus. O texto de nove páginas recebeu o título de “Jesus: O Super-Herói Original” e tem como objetivo pedir para que os pastores mostrem o trailer do filme em suas igrejas.

O roteiro do filme, que estreou nos Estados Unidos na última sexta-feira (14), tem ligações com a vida de Jesus Cristo, já que Clark Kent foi enviado à Terra por seus pais para salvá-la.

Outra semelhança entre o Super-Homem e Jesus é a idade, com 33 anos Clark terá que se sacrificar para poder defender a raça humana. Foi com esta idade que Filho de Deus foi crucificado.

O ator Henry Cavill, que interpreta o personagem principal, diz que tem espectador que nem nota essa ligação entre seu personagem e Jesus. “Pode até ser que o Super-Homem tenha um background inspirado na história de Jesus, mas isso não significa que eu tenha encarnado o Super-Homem como se ele fosse Deus. Acho que o público tem que tirar suas próprias conclusões. Tem gente que nem nota essa semelhança, mas tem gente que pega de primeira”.

O diretor do longa, Zack Snyder, diz que essa semelhança existe desde quando o personagem foi inventado. “Para ver as ligações, depende da experiência de cada espectador”.

Em duas partes do filme é possível ligar as duas histórias, uma delas é quando o Super-Homem pula com os braços esticados parecendo um crucifixo. Em outra cena ele procura um padre e no cenário de fundo um grande imagem de Jesus ganha destaque colocando-os lado a lado.

Em entrevista a CNN o pastor Quentin Scott, de Baltimore (EUA), disse que participou das sessões gratuitas do filme e realmente notou que a história fala de Jesus. “Quando me sentei e assisti ao filme, o que de fato vi foi a historia de Jesus, e o amor de Deus introduzido na história,” disse ele.

Muitos dos pastores que viram o filme acreditam que é possível falar de Jesus e de sua missão usando o filme “Homem de aço” como referência. Mas há outros que contestam dizendo que ligar as duas histórias é um risco elevado.

Fonte: Gospel Prime

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Negócios na casa de Deus

"É lícito vender e comprar no interior do templo?"

A pergunta responde-se a si mesma, uma vez que o próprio Jesus denominou o templo Casa de oração. Na ocasião em que os vendedores de aves e animais para o sacrifício o faziam no interior do Templo, Jesus os reprovou e alicerçou a sua repro­vação virando as mesas dos cambiadores. Embora a venda fosse lícita e a troca de moeda estrangeira pela nacional fosse jus­ta, o local é que não era apropriado. Os peregrinos em Jerusalém se dirigiam aos mercadores para comprar os animais e os pombos de que necessitasse para os sacrifícios; e eles tinham acesso aos combistas das moedas estrangeiras devido à taxa do Templo ser paga na moeda local e não na romana, uma vez que essa última tinha marcas pagãs.

O *Talmude amaldiçoa os sacerdotes saduceus por sua ganância. As restrições estabelecidas a respeito de fazer negócios  na área do Templo criaram lucros devido ao monopólio para os mercadores e autoridades.

Sabia­mente, nossos templos têm lugares espe­ciais para a venda de livros, discos, objetos úteis aos irmãos e cantina onde os que mo­ram mais longe e permanecem mais tem­po a serviço da Casa de Deus possam fazer lanches, sendo também essa uma forma de contribuir para a obra do Senhor, quando essas vendas não se transformam em usura e proveito próprio de quem as faz.

Referências:
A Bíblia Responde. 2ª Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1983.
PATZIA, Arthur; PETROTTA, Anthony J. Dicionário de Estudos Bíblicos: 1ª Ed. São Paulo. Editora Vida, 2003.
*Talmude. Livro sagrado dos judeus que contém o compêndio definitivo da Lei rabínica que estabelece as crenças e práticas do judaísmo.
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sábado, 15 de junho de 2013

João Batista falou em línguas?

"Porque João Batista era cheio do Espírito Santo e nunca falou em línguas?

Falar em outras línguas é um sinal exclusivo da operação do Espírito Santo durante a Dispensação da Graça, ou da Igreja. João Batista foi o último profeta vinculada à Dispensação da Lei, para a qual não havia o plano de falar em outras línguas. Apenas quando os primeiros discípulos foram cheios do Espírito Santo é que começaram a falar em outras línguas, ocorrendo, então, o fenômeno de falar em outras línguas (At. 2:1-6).

Fonte: A Bíblia Responde. 2ª Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1983.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Águias ou Abutres?

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"Como se explica a expressão 'onde es­tiver o cadáver, aí se ajuntarão os abutres', de Mateus 24.28?"

Acreditamos que o texto em epígrafe • está correlacionado com os últimos aconte­cimentos escatológicos. Trata-se, aqui, de fatos que sobrevirão, no tempo do fim, a Israel e aos gentios. Mas é preciso salientar, a título de estudo, que este versículo, embora muito breve, tem sido motivo de inú­meras interpretações, algumas das quais inteiramente equívocas. Observemos as opiniões de algumas das correntes sobre o texto:

1. Cristo seria o alimento (a carcaça), e os crentes seriam os abutres. Assim pensa­ram Teofilacto, Calvino, Colávio, e Jerônimo, que encontraram na palavra "cadáver" até mesmo uma referência à morte de Cristo. Crisóstomo também defendia essa interpretação, chamando os participantes da assembléia de santos de águias. Alguns intérpretes modernos, como Wordsworth, têm-se lançado na defesa dessa interpreta­ção. Porém a simples leitura do contexto basta para mostrar a qualquer um que no versículo não há intenção de transmitir tal idéia, porquanto o tema do texto é julga­mento.

2. Tão inocente quanto essa é a inter­pretação que diz que o cadáver significa aqueles que morrerem para si mesmos (a crucificação espiritual) e que as águias são os dons do Espírito Santo. Isso está com­pletamente fora do sentido do texto.

3. Jerusalém e os judeus seriam os ca­dáveres que teriam atraído as águias roma­nas (assim pensam Lightfood, Wolf, e De Wette).

4. O cadáver representaria os indiví­duos espiritualmente mortos, e as águias seriam os anjos vingadores enviados por Cristo, visto que, a expressão "cadáver" se deriva do verbo grego que significa "cair", e fala de um "corpo caído". O vocábulo português "cadáver", vem do vocábulo la­tino "cado" cair.

5. Que o versículo em apreço está liga­do à batalha do Armagedom, por ocasião da revelação de Jesus em glória: Ap 19:11-12.

A par de todas essas correntes que fo­ram analisadas, existem, ainda, algumas considerações a ser ponderadas sobre o texto em pauta, com vistas a um maior esclarecimento.

No que tange à expressão "abutre" no versículo em apreço, algumas traduções dizem águias - expressão grega "aethos" que significa águia. Na realidade, nesse caso as "águias" são abutres, que os anti­gos aceitavam como uma raça de águias: Jó 39:30; Os 8:1. Trata-se do abutre que ul­trapassava a águia em tamanho e poder.

A águia representa símbolos diversos: de nação, de força, de poderio, etc. Segun­do alguns, o seu masculino (aguilão) quer dizer vento do norte. Esse mesmo vocábulo quer dizer trapaceiro, tratante, covarde. Esta ave é considerada pelos zoologistas como a rainha das aves, em razão de sua força e destreza, pelo seu domínio nas mai­ores alturas. Somente se lhe iguala o condor dos Andes. A águia pode ver a presa até 3 km de distância, como atestam os cientistas. A Bíblia se refere a esta ave (Dt 28:49,50; Jó 39:30), dando-lhe uma consi­deração especial, como é o caso do versí­culo em apreço. A águia tem todas as ca­racterísticas das aves que podem levantar voo sem bater asas. É símbolo de auto-suficiência.

Alguns estudiosos creem que o versícu­lo pode referir-se a uma poderosa nação (Dt 28:49,50) que virá contra o povo de Jacó: "O Senhor levantará contra ti [Israel], uma nação de longe, da extremidade da terra, que voa como a águia, nação cuja língua não entenderás, nação feroz de ros­to, nem se apiedará do moço". Já em Ezequiel 38, se nos diz que ela (uma poderosa nação) virá com os seus aliados, "e muitos povos virão contigo", v.6.

Outros teólogos concluem que o versí­culo em pauta tem duas interpretações: a literal e a simbólica. Diz literalmente, crendo na mortalidade que haverá nas ter­ras da Palestina, segundo Ezequiel 38. Diz simbolicamente, referindo-se às nações que virão para invadir a Palestina (segundo alguns historiadores Palestina não existe e seria um termo criado para apagar Israel do mapa), com o fim de varrê-la da face da terra.

Outra forte corrente diz que na antigui­dade os países e impérios consideravam-se fortes e usavam esta ave como insígnia; hoje muitos países ainda a usam como símbolo e sinal de poderio. Os Impérios Romano, Russo, Austríaco, e da França, adotaram a águia como símbolo heráldico. Damos a seguir alguns exemplos:

1. Napoleão Bonaparte, que usou o símbolo da águia, disse ao referir-se a Is­rael: "quem ficar com essa terra governará o mundo".

2. Império Romano Redivivo, que tam­bém adotou a águia como símbolo, marchará contra Israel, a fim de destruí-lo.

3. A URSS (atual Federação Russa), que tem como insígnia esta ave, virá do Norte com o objetivo de tomar os despojos e de arrebatar a presa (Ez 30:1-12). Sabe-se que de longe a águia avista sua presa - Assim a única terra a ser contemplada é a Palestina, não só pela poderosíssima nação, mas também pelos outros povos que estão ligados a ela: "Seus filhos, chupam o sangue e onde há mortos, aí ela está", Jó 39:30; Ez 38:6.

De todas essas correntes e declarações estudadas, o mais provável e o que mais se coaduna com o contexto bíblico, é que este texto se refere a um provérbio secular, usa­do por Jesus, dando-lhe uma nova aplica­ção. Esse provérbio significa algo como "onde houver motivos para julgamento, aí haverá julgamento". A declaração, portan­to, seria uma afirmação geral, acerca da inevitabilidade do julgamento que se tor­nava necessário e imperioso. No caso da volta de Cristo, Ele (Jesus) atacará os poderes do mal neste mundo, tanto indivi­duais como das nações. Ele destruirá o Anticristo com o resplendor de sua vinda. É uma lei geral que o julgamento cai onde deve, tal como os abutres se reúnem onde jazem os cadáveres.

Fonte: A Bíblia Responde. 2ª Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1983.

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